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Ramal Férreo
da Capital do Est. de Minas Gerais (1895-1900)
E. F. Central do Brasil (1900-1975) |
SANTA IFIGÊNIA
(antiga ARRUDAS e CARDOSO)
Município de Belo Horizonte, MG |
Ramal de Belo Horizonte - km 643,399 (1928) |
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MG-1288 |
Altitude: 825 m |
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Inauguração: 07.09.1895 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A linha do
Paraopeba, assim chamada porque durante boa parte de sua extensão
acompanha o rio do mesmo nome, foi construída em bitola larga,
provavelmente para aliviar o tráfego de trens entre o Rio de
Janeiro e Belo Horizonte que até sua abertura tinha de passar
pela zona de mineração da Linha do Centro, até
General Carneiro, onde saía a linha para a capital mineira.
Além disso, até então havia baldeação
para bitola métrica em Burnier, o que dificultava as operações
principalmente dos trens de passageiros entre as duas capitais. A
linha do Paraopeba, saindo da estação de Joaquim Murtinho,
foi aberta até a estação de João Ribeiro
em 1914 e até Belo Horizonte em 1917. Dali a General Carneiro
foi mantida a bitola de métrica no trecho já existente.
Com isso se estabelecia a ligação direta sem baldeações
entre o Rio e Belo Horizonte. O trem de passageiros trafegou por ali
até 1979, quando, depois de uma ou duas tentativas rápidas
de reativação, foi extinto. O movimento de cargueiros
continua intenso até hoje, com a concessionária MRS,
até a estação do Barreiro, próxima a BH,
e depois com a FCA até General Carneiro, agora sim com bitola
mista, métrica e larga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Cardoso foi inaugurada em 1895. Ela é citada por
Abílio Barreto em sua obra sobre a fundação
de Belo Horizonte já com este nome.
O nome passou a ser Arrudas,
mais tarde.
Já o nome Cardoso passou para uma parada
num ponto próximo (ver Parada do Cardoso).
Na inauguração do ramal, em 7/9/1895, "...o
comboio coleava triunfalmente aclamado com entusiasmo por grupos de
populares que se postavam no cimo dos morros, nas esplanadas e nos
campos marginais, em toda a extensão da linha, por onde florejavam
as frondes de ouro dos ipês. Em Marzagão, em Freitas,
em Cardoso, tais manifestações de regozijo subiram de
vulto" (p. 379). Cardoso já estava relacionada como estação
no termo de cessão ali citado (Memória Histórica
da EFCB, 1908, p. 489-490).
De General Carneiro à
Estação Minas, os trens eram operados pelo chamado
Ramal Férreo da Capital do Estado de Minas Gerais, vendido
à União no final de 1899 e incorporado à Central do Brasil em 1/1/1900.
Max Vasconcellos, em 1928,
e o Guia Geral de 1960 citam a estação já com
o nome de Arrudas, mas inaugurada em 12/10/1914. Seria esta
data uma elevação da parada a estação
com a construção de um novo prédio? Não
pude confirmar, mas é uma possibilidade.
Segundo Max Vasconcellos, em 1928, "Arrudas é uma estação
de arrabalde, movimentada e alegre, e serve ao matadouro da cidade".
Por volta de 1939, a estação passou (ou voltou a ) a se chamar Santa Ifigênia.
A estação foi demolida nos anos
1970 e em seu lugar, ou muito próximo dela, anos mais tarde,
foi construída uma estação com o mesmo nome para
o metrô da cidade, o Demetrô.
A partir dos anos 1970 ,
seu nome já não constava mais como parada dos trens
nos guias. Hoje o trecho em que ela esteve tem bitola mista para ligar
a estação de Belo Horizonte à do Horto
Florestal e a linha do Demetrô corre junto a ela.
ACIMA: Acidente que começou na estação de Santa Efigenia em 1936 e que terminou na estação de General Carneiro sem maiores problemas ou vítimas (Correio de S. Paulo, 11/9/1936).
ACIMA: O mesmo acidente de 1936 relatado de outra forma no mesmo jornal e no mesmo dia (Correio de S. Paulo, 11/9/1936).
ACIMA: Localização da estação
de Santa Ifigênia (centro-esquerda, no mapa), em 1936, próxima
à Parada do Cardoso (Mapa de Belo Horizonte, 1936 - cortesia
Alexandre Gurgel Martins).
(Fontes: Alexandre Gurgel Martins; Max Vasconcellos:
Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; Luiz Góes: Bairro
de Santa Tereza, sem data; Memória Histórica da EFCB,
1908; Abílio Barreto: Belo Horizonte, Memória Histórica
e Descritiva - História Média, 2a edição
revista, 1996; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias
Levi, 1909-81) |
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Atualização:
15.08.2023
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