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E. F. Central do
Brasil (1929-1965)
E. F. Leopoldina (1965-1975)
RFFSA (1975-1997)
Supervias (1997-) |
VILA
ROSALI
Município de São João
de Meriti, RJ |
E. F. Rio do Ouro - km 23,454 (1960), |
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RJ-1306 |
Altitude: 22 m |
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Inauguração: 14.07.1929 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A Estrada
de Ferro Rio do Ouro foi construída para construir e cuidar dos reservatórios
e do abastecimento de parte da cidade do Rio de Janeiro e foi aberta
ao tráfego de passageiros em 1883. Inicialmente saía do Caju e mais
tarde passou a ter como início a estação de Francisco Sá. Depois dessa
mudança o seu curso inicial foi alterado e ela passou a acompanhar
de muito próximo a linha Auxiliar até a estação de Del Castilho, quando
se separavam as linhas. Na estação da Pavuna elas voltavam a se encontrar.
O trecho final, até Belford Roxo, era compartilhado com os trens metropolitanos
da Auxiliar (depois da Leopoldina) em bitola mista. Em meados dos
anos 1960 os trens da Rio de Ouro, ainda a vapor, embora tenham sido
feito testes com locomotivas diesel, deixaram de circular. A Rio de
Ouro, encampada pela Central do Brasil nos anos 1920, tinha vários
ramais e três deles sobreviveram como trens de subúrbio até a mesma
época da desativação da linha-tronco: os ramais de Xerém, do Tinguá
e de São Pedro (Jaceruba). Parte de sua linha-tronco foi utilizada
na construção da linha 2 do metrô do Rio de Janeiro.
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A ESTAÇÃO: A estação
da Vila Rosali já nasceu na Rio de Ouro, em 1929. Outras
fontes dizem que ela já existia na linha original da Rio de
Ouro e que se chamava anteriormente Vila Alcântara, e
seu novo nome - Rosali - homenageava a esposa do sr. Rubens
Farrula, que loteou as terras junto à estação.
Realmente, a estação foi construída pela firma
Farrulla & Cia., e seria na época de sua abertura
"a mais ampla e confortável estação da
E. F. Rio de
Ouro".
O Guia Geral de 1960 afirma que o nome inicial da estação
foi mesmo Alcântara (não Vila Alcântara),
mas confirma a inauguração em 1929. A revista O Malho
noticia a abertura da estação em 1929 já
como Vila Rosali. Se ela se chamou Alcântara,
deve ter sido por muito pouco tempo - talvez no projeto ainda. Ela
foi construída numa variante, na época apelidada de
"variante Farrulla", em terras também doadas pela
família.
Se em 1929 era a melhor estação da ferrovia, em 1975
a situação mudou totalmente: "Na acanhada e
tristemente suja estação de Vila Rosali, cerca de 300
pessoas esperavam na madrugada fria de terça-feira passada,
num num rigoroso e desusado inverno carioca, o trem das 5h30. Como
sempre, ele chegou com atraso e, também, inteiramente lotado.
O resultado, a exemplo do que já acontecera nas semanas anteriores,
foi o habitual: os passageiros voltaram a atirar pedras nos vagões
e depredar a estação, até que, 15 minutos depois,
um contingente da Polícia Militar restabeleceu a ordem na plataforma"
(VEJA, 30 de julho de 1975).
A reportagem e o fato mostram o estado dos trens de subúrbio
da velha linha Auxiliar nos anos 1970 no Rio de Janeiro.
"Acesso à estação de Vila Rosali, beco
entre dois cemitérios é motivo de queixa de moradores
de Meriti - De um lado, o muro do Cemitério Municipal. De outro,
o do Cemitério Israelita. Entre os dois, um longo corredor
de menos de dois metros de largura, mal iluminado e cheio de lixo,
que dá acesso à estação ferroviária
de Vila Rosali, em São João de Meriti. Pichações
com referências a facções criminosas completam
o cenário de abandono do beco por onde, superando o medo, passageiros
têm que atravessar para conseguir ir até o trem"
(O Dia, 5/6/2005).
ACIMA: A estação de Vila Rosali
na sua inauguração em julho de 1929. Ao lado, o bairro
do mesmo nome - CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR.
ABAIXO: Mesmo dia, mesma festa (Fotos O Malho, 27/7/1929).
(Fontes: Carlos Latuff; O Dia, 2005; O Malho, 1929;
VEJA, 1975; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa
- acervo R. M. Giesbrecht)
ACIMA: Mapa do que teria sido a Estrada de Ferro Rio De Ouro durante sua existência, do final do século XIX até por volta de 1970. A linhas-tronco original e seus ramais nunca conviveram ao mesmo tempo, o que torna obrigatório a existência com praticamente uma cor para cada linha no desenho. A cor roxa escura teria sido a linha-tronco original, ligando Caju a Jaceruba e a linha verde foi construída para mudar o ponto zero de Francisco Sá a Engenho do Mato. No final dos anos 1920, o trecho que ligava o Caju â região de Belfort Roxo foi extinto e substituído por outro percurso, numa época que, por existirem diversas fontes diferentes e conflitantes entre si (Desenho: Eduardo P. Moreira, durante os anos 2010). NOTA IMPORTANTE. As estaçõea de Capivary (que se situava no ramal de Xerém, entre Lamarão e Quilômetro 43 e o ramal de Gairão, que saía de João Pinto, embora apareca neste mapa, não foram por mim encontradas em documentação alguma. |
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O trem da Supervia passa próximo à estação de
Vila Rosali em 2002. Foto Carlos Latuff |
A estação de Vila Rosali em 07/2003, na Supervia. Foto Carlos
Latuff |
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Atualização:
09.05.2022
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