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Cia. E. F. Valenciana
(1880-1910)
E. F. Central do Brasil (1910-1970) |
ALBERTO
FURTADO
(antiga SANTA DELPHINA)
Município de Valença, RJ |
Ramal de Jacutinga - km 208,923 (1928) |
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RJ-1360 |
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Inauguração: 09.07.1880
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Uso atual: fechada |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1913 |
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HISTORICO DA LINHA: O Ramal de
Jacutinga teve a sua origem na Cia. E. F. União Valenciana,
aberta em 1871 e que ligava Valença a Desengano (Juparanã).
Em 1880, foi prolongada até Rio Preto. Somente em 1910, com
a criação da Rede Viação Fluminense, da
Linha Auxiliar encampada pela EFCB, foi que se abriu um ramal unindo
Governador Portella a Barão de Vassouras e daí se fez
a bitola mista, pela linha do Centro, até Desengano, unindo-se
Portella a Rio Preto, ao mesmo tempo em que se prolongava a linha
até Santa Rita do Jacutinga, na Rede Sul-Mineira, onde a ela
se ligou em 1918. Para que tudo isso se concretizasse foi necessário
também a redução de bitola da antiga Valenciana
de 1m10 para métrica. Por volta de 1965, o trecho entre Portella
e Barão de Vassouras foi entregue à Leopoldina, enquanto
o trecho restante continuou com a Central. Mas de 1971 a 1973 os dois
trechos foram extintos e os trilhos retirados. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Santa Delphina foi aberta em 1880. O nome provinha de um
córrego próximo, afluente do rio Preto. A linha corria
nesse trecho na margem sul do rio Preto, que divide os Estados do
Rio de Janeiro e Minas Gerais. Provavelmente ainda nos tempos da E.
F. Valenciana (antes de 1910) o nome foi alterado para Alberto
Furtado, que era um dos engenheiros e diretores da ferrovia -
como relatam Max Vasconcellos e também o jornal O
Estado de S. Paulo de 7/8/1910. "Meu bisavô se chamou
José Martinho da Silva Barreto e era chefe desta estacao até o dia
20 de Agosto 1911. Este dia foi a morte dele, porque morreu numa explosão
que aconteceu na estação. Como minha avó me contou,
explodiu um trem completo cheio de dinamite e morreram muitas
ACIMA: A estação de Alberto Furtado (Autor
e data desconhecidos).
pessoas" (Martin Buck, 07/01/2007). "A antiga
estação de Santa Delfina, no tempo da 'União Valenciana', foi pelos
ares em 10 de julho de 1912 quando da explosão de um vagão de 5.000
kg, carregado de inflamáveis, que ali sofria descarga e conduzia grande
quantidade de dinamite destinado à construção e prolongamento da linha
férrea entre Rio Preto e Santa Rita do Jacutinga, no início. O estampido
da explosão foi ouvido num raio de mais de 10 km. Pereceram no acidente
o guarda-chaves e dois auxiliares, sendo um destes, o próprio filho
do infeliz serventuário da estrada. Contam as testemunhas do desastre
que, com a explosão, só ficaram de pé as paredes das cabeceiras do
edifício, desprendendo-se, porém, todo o emboço das mesmas, exceto
nos pontos em que, em ambas, havia a inscrição do nome da estação,
o que foi atribuido a um milagre da santa do mesmo nome, enquanto
que, os técnicos e os gnósticos atribuíram a efeitos da tinta a óleo"
(Leoni Iorio - http://br.geocities.com/leoni_iorio).
Em
ACIMA: A estação ainda era Santa Delphina,
com ph, quando a fotografia foi tomada, provavelmente nos anos 1910
(http://br.geocities.com/leoni_iorio).
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TRENS
- De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros
- pararam nesta estação somente de 1880 a 1970.
Ao lado, um destes trens na estação de Santa Rita
do Jacutinga, por volta de 1969. Clique sobre a foto para ver
mais detalhes sobre esses trens. Veja aqui horários
em janeiro de 1964 (Guias Levi). |
1913, um novo prédio foi aberto
para a estação exatamente para substituir o antigo,
destruído pela explosão. Em 1928, na estação,
"estava instalado um posto fluminense de vigia fiscal",
visto que em frente a ela havia uma ponte interestadual metálica,
sobre o rio Preto. A estação atendia à
fazenda Bolívia, distante dela 18 km, em território
mineiro e que possuía uma indústria de laticínios.
Em 1970, o trecho foi extinto e a estação, desativada.
A estação ainda está lá, e até
que bem cuidada. Os tijolos que aparecem nas fotos mais recentes,
segundo o pessoal dali, estavam apenas ali depositados - não
eram um muro, como parece. A ponte citada em 1918 não existe
mais, substituída por uma em concreto anos mais tarde. Desta
estação em diante, sentido Parapeúna-Pentagna,
o leito da ferrovia se afasta do rio Preto.
(Fontes: Ralph Giesbrecht, pesquisa local; Ana
Maria Giesbrecht; Jorge A. Ferreira Jr.; Martin Buck; O Estado de
S. Paulo, 1910; Leoni Iorio: http://br.geocities.com/leoni_iorio;
Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A antiga estação, em 06/2006. Foto Jorge A. Ferreira
Jr. |
A antiga estação, em 06/2006. Foto Jorge A. Ferreira
Jr. |
A antiga estação, em 06/2006. Foto Jorge A. Ferreira
Jr. |
Dístico e ano de construção da antiga estação,
em 06/2006. Foto Jorge A. Ferreira Jr. |
A estação e, em primeiro plano, a caixa d'água,
em 22/11/2008. Foto Ana Maria Giesbrecht |
A estação em 22/11/2008. Foto Ana Maria Giesbrecht
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Atualização:
22.02.2013
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