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E. F. Central do
Brasil (1890-1937) |
DONA
CLARA (CAMPINHO)
Município de Rio de Janeiro, RJ |
Ramal Circular - km 17,184 (1928) |
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RJ-1365 |
Altitude: - |
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Inauguração: 15.06.1890 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolida) |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra do Piraí havia o "Barrinha", até 1996,
e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul os trens de passageiros
sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia.
Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Dona Clara foi inaugurada em 1890. Ficava num curto ramal
que tinha a forma de um círculo, retornando à linha
principal (Linha do Centro) percorrendo cerca de um quilômetro
apenas.
"A inauguração da estação de Madureira foi no dia 15 de junho de
1890. (...) Até esta data os trens só iam até Cascadura e voltavam
para a estação do Campo de Sant'Anna, numa operação giratória vagão
por vagão. Mais tarde, no final do século XIX, foi inaugurada a estação
de Dona Clara, que acabou com o sistema giratório, pois a linha férrea
saia da sua rota normal, para fazer uma grande curva em torno dessa
estação, que ficava onde hoje é a Praça Patriarca, em Madureira. Essa
estação foi construída na antiga chácara de Dona Clara Simões. Todas
as terras de Madureira, do Campinho até a Estrada da Portela, pertenciam
a Dona Rosa Maria dos Santos, era a Fazenda do Campinho. Dona Rosa
faleceu em 1846. Ainda em vida, dividiu parte da sua propriedade a
parentes e pessoas amigas. Uns que receberam lotes foram o inventariante
Domingos Lopes Cunha e o amigo de Dona Rosa, Vitorino Simões. Mais
tarde, Domingos Lopes casou-se com a filha do Vitorino, Dona Clara
Simões. Em 1937, com a eletrificação da E. F. Central do Brasil, a
estação de Da. Clara foi desativada, já que os trens elétricos não
precisavam dar a volta" (www.wsc.jor.br/jacarepagua/1.htm).
Em 1933, a estação ainda se chamava Dona Clara (Segundo o Guia Levi de 1933). Em 1934, teve o nome alterado para o de
Campinho, que era uma base do corpo de bombeiros carioca e que ficava na mesma região. Por que teria sido o nome alterado? Estranho, numa estação que já estava com seu destino selado. Três anos mais tarde e ela seria desativada.
Foi depois demolida (em 1948 já não existia mais, segundo informação da revista Brasil Constrói, de 1948).
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1898
AO LADO: Explosão no deposito de Campinho, ao lado da estação de Dona Clara - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER A REPORTAGEM INTEIRA (O Estado de S. Paulo,
6/6/1898) |
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1900
AO LADO: Acidente na estação de Dona Clara - então ainda chamada de Campinho (O Estado de S. Paulo,
22/1/1900) |
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1925
AO LADO: Acidente na estação (O Estado de S. Paulo,
12/5/1925)
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1928
AO LADO: Acidente no pátio de manobras da estação
de Dona Clara (Folha da Manhã, 20/5/1928)
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1932
AO LADO: Acidente em Dona Clara (Folha da Manhã, 27/3/1932) |
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1934
AO LADO: Mudança de nome da estação (Jornal do Brasil, 1/9/1934) |
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1934
AO LADO: Acidente em Dona Clara (Jornal do Brasil, 6/12/1934) |
ACIMA: O ramal de Dona Clara, nos anos 1930.
ACIMA: Na estação de Dona Clara, a locomotiva Baronesa (Publicada na revista Brasil Constrói, de 1948 - a data da foto não é conhecida e a revista informava que neste ano a estação já havia sido demolida).
ACIMA:
O ramal de Dona Clara fazia o percurso em azul mostrado acima.
A linha em vermelho é a linha do centro e a parte verde-escuro
é o tamanho real da estação de Madureira, de
onde saía o ramal de Dona Clara.
ACIMA:
(esquerda): trilhos ainda do ramal sob o asfalto. sobrevivem até
hoje. À direita, uma das ruas por onde passavam os trilhos
(Fotos Anderson, 03/2007).
(Fontes: Marco Giffoni; Anderson -; O Estado
de S. Paulo, 1925; Folha da Manhã, 1928) |
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A estação em 1908. Foto cedida por Marco Giffoni |
A estação em 1910. Jornal do Brasil |
A estação - foto sem data |
Provável local da antiga estação, na atual
Praça do Patriarca, no Rio de Janeiro. Foto Anderson,
03/2007 |
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Atualização:
21.10.2021
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