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E. F. Central do
Brasil (1911-1975)
RFFSA (1975-1996) |
COROA
GRANDE
Município de Itaguaí,
RJ |
Ramal de Mangaratiba - km 75,679
(1928) |
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RJ-1477 |
Altitude: 2 m |
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Inauguração: 17.11.1911 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Angra, posteriormente chamado de ramal de Mangaratiba, foi
inaugurado em 1878, partindo da estação de Sapopemba (Deodoro) até
o distante subúrbio de Santa Cruz. Somente foi prolongado em 1911
até Itaguaí, e em 1914 chegou a Mangaratiba, de onde deveria ser prolongado
até alcançar Angra dos Reis, onde, em 1928, a E. F. Oeste de Minas
havia atingido com sua linha vinda de Barra Mansa. Tal nunca aconteceu,
e o ramal, com trechos belíssimos ao longo da praia, muito próximo
ao mar, transportou passageiros em toda a sua extensão até por volta
de 1982, quando foi desativado. Antes disso, em 1973, uma variante
construída pela RFFSA e que partia de um ponto próximo à estação de
Japeri, na Linha do Centro, permitia que trens com minério alcançassem
o porto de Guaíba, próximo a Mangaratiba, encontrando o velho ramal
na altura da parada Brisamar. A variante, entretanto, deixava de coincidir
com o ramal na altura da ponta de Santo Antonio, onde desviava para
o porto; com isso, em 30/06/1983, o trecho original entre esse local
e Mangaratiba foi erradicado e os trens passaram a circular somente
entre Deodoro e Santa Cruz, de onde voltavam. Hoje, esse trecho ainda
é usado pelos trens de subúrbio, o trecho entre Santa Cruz e Brisamar
está abandonado e o restante, Brisamar-porto, é utilizado pelos trens
de minério apenas. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Coroa Grande foi inaugurada em 1911.
Em 1946, Coroa Grande era um vilarejo "composto de
lavradores e pescadores" e também local de turismo,
com "numerosas residências novas e dois hotéis"
(Diario de Noticias, maio de 1946). Nessa época, a estação
não tinha eletricidade nem uma plataforma grande o suficiente
para seu movimento, segundo a mesma reportagem.
Em 1950, a população do distrito de Coroa Grande possuía 1.861 habitantes.
A estação está desativada pelo menos desde os
anos 1980, quando o trem de passageiros deixou de passar no trecho
entre Santa Cruz e Mangaratiba. A estação
já foi demolida.
"A estação propriamente dita ficava cerca de 300 m mais para
trás do comboio (ver fotos abaixo) e era composta de linha
dupla, sendo a linha principal com plataforma rebaixada e a linha
secundaria com plataforma alta. Sua estrutura era de madeira pintada
de cinza e azul marinho e tinha também um pequeno bar, sendo as duas
plataformas cobertas. Infelizmente, na última vez em que passei por
lá em 1990, a estação havia sido demolida e havia uma composição de
serviço composta por um TUE série 100 que aparentava estar abandonada.
É lamentável naquele ramal ter sido erradicado os serviços de passageiros,
pois a população chegava até a controlar as horas do dia pela hora
em que o trem chegava" (Milton Ribeiro, 02/2004).
Em 2016 ainda passavam por ali os trens que transportavam minérios
para o porto de Guaíba que vinham pela variante desde
Japeri.
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1911
AO LADO: A notícia da inauguração
da estação, chamando-a de "Curva Grande"
e não Coroa Grande (A Imprensa, 2/2/1911).
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1923
AO LADO: Incêndio em dois vagões em 1939
em Coroa Grande (O Estado de S. Paulo, 23/2/1939).
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1939
AO LADO: Incêndio em dois vagões em 1939
em Coroa Grande (O Estado de S. Paulo, 23/2/1939).
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ACIMA: A estação da Coroa Grande
e uma locomotiva diesel da Central à sua frente (Diário
de Notícias, maio de 1946).
ACIMA: Mesmas estação e locomotiva da fotografia anterior, agora já nos anos 1950, provavelmente (IBGE).
(Fontes: Milton Ribeiro; Hugo Caramuru; O
Estado de S. Paulo, 1939; A Imprensa, 1911; Diario de Noticias, 1946;
Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação,
1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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As duas
fotos ao lado foram tiradas na Coroa Grande em 1974 por Milton
Ribeiro. O prédio é uma mercearia. A estação
ficava uns 300 metros para a direita. |
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À esquerda, a plataforma, ou seus restos, da estação
já demolida, em 2004. À direita, os trilhos, e
a plataforma atrás da cerca. Fotos Milton Ribeiro |
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Atualização:
07.12.2022
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