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E. F. Dom Pedro
II (1878-1889)
E. F. Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-1997)
Supervia (1997-) |
REALENGO
Município do Rio de Janeiro, RJ |
Ramal de Mangaratiba - km 27,395 (1928) |
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RJ-1467 |
Altitude: 32 m |
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Inauguração: 02.12.1878 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1937 |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Angra, posteriormente chamado de ramal de Mangaratiba, foi inaugurado
em 1878, partindo da estação de Sapopemba (Deodoro) até o distante
subúrbio de Santa Cruz. Somente foi prolongado em 1911 até Itaguaí,
e em 1914 chegou a Mangaratiba, de onde deveria ser prolongado até
alcançar Angra dos Reis, onde, em 1928, a E. F. Oeste de Minas havia
atingido com sua linha vinda de Barra Mansa. Tal nunca aconteceu,
e o ramal, com trechos belíssimos ao longo da praia, muito próximo
ao mar, transportou passageiros em toda a sua extensão até por volta
de 1982, quando foi desativado. Antes disso, em 1973, uma variante
construída pela RFFSA e que partia de um ponto próximo à estação de
Japeri, na Linha do Centro, permitia que trens com minério alcançassem
o porto de Guaíba, próximo a Mangaratiba, encontrando o velho ramal
na altura da parada Brisamar. A variante, entretanto, deixava de coincidir
com o ramal na altura da ponta de Santo Antonio, onde desviava para
o porto; com isso, em 30/06/1983, o trecho original entre esse local
e Mangaratiba foi erradicado e os trens passaram a circular somente
entre Deodoro e Santa Cruz, de onde voltavam. Hoje, esse trecho ainda
é usado pelos trens de subúrbio, o trecho entre Santa Cruz e Brisamar
está abandonado e o restante, Brisamar-porto, é utilizado pelos trens
de minério apenas. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Realengo foi aberta em 1878. O nome já existia, ao
contrário do que certas fontes contam, ou seja, de que a palavra
teria vindo do Real Engenho, existente no local, abreviado na estação
ferroviária ou mais tarde nos bondes da região, como
Real Engo.
A história seria plausível se houvessem engenhos
por ali, o que não era verdade. A verdade é que
"Comprovadamente as denominadas Terras Realengas têm sua origem,
segundo alguns historiadores, pela Carta Régia de 27 de Junho de 1814, através
do qual D. João ainda príncipe concedeu em sesmaria ao Senado da Câmara
do Rio de Janeiro os terrenos situados em Campo Grande, chamados de
realengos, porque advindos da conquista territorial pela descoberta
do país se encontravam incompletos ao patrimônio real" (História
de Realengo, autor não citado).
Em 1913, próxima
à estação, foi criada a Escola Militar do
Realengo, fechada em 1941 e transferida para a Escola Militar
de Resende, hoje a Academia Militar das Agulhas Negras.
Hoje, a atual estação é operada pela Supervia.
O prédio atual teria sido construído em 1937. Pelo viaduto,
as pessoas passam pela bilheteria e descem a escada e chegam às plataformas.
Nela está escrito EFCB 1937.
ACIMA: Transcrevendo da revista que a publicou em 1911:
"Photographia tirada na estação do Realengo, quando
já se achavam no carro reservado do trem especial da Estrada
de Ferro Central do Brasil o Sr. Marechal Hermes e sua casa militar,
Drs. Paulo de Frontin e Sá Freire e alguns representantes da
imprensa" (Revista da Semana, 15/1/1922).
1926
AO LADO: Choque de locomotivas na estação (Correio Paulistano, 15/4/1926).
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(Fontes: Rafael Asquini; Marco Giffoni; Anderson_;
Acervo CBTU; _: História de Realengo, data n/s; Revista da
Semana, 1903 e 1911; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação,
1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Realengo em 1903. Revista da Semana,
15/11/1903 |
A estação original do Realengo, em 1908. Foto
cedida por Marco Giffoni |
A estação, provavelmente anos 1980. Vê-se
que o prédio atual já é outro, provavelmente
dos anos 1940. Foto do site da CBTU |
A estação em 1950. Jornal Ultima Hora |
TUE coreano parado na estação de Realengo, em
03/2007. Foto Anderson |
A estação em 03/2007. Foto Anderson |
A estação em 4/2011. Foto Rafael Asquini |
A estação em 09/2018. Foto Victor Pedretti |
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Atualização:
27.09.2019
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