A B C D E
F G H I JK
L M N O P
Q R S T U
VXY Mogiana em MG
Indice de estações
...
Miguel Couto
Cava
Cachoeiras
...
Saída do ramal do Tinguá: Tinguá
...
ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
...
 
E. F. Rio de Ouro (1883-1928)
E. F. Central do Brasil (1928-1970)
CAVA (antiga JOSÉ BULHÕES)
Município de Nova Iguaçu, RJ (veja o local)
E. F. Rio de Ouro - km 38,420 (1960)   RJ-0639
Altitude: 18 m   Inauguração: 15.01.1883
Uso atual: Aguardando restauro em 2021   sem trilhos

Data de construção do prédio atual: 1883 (1886?)

 
 

HISTORICO DA LINHA:A Estrada de Ferro Rio do Ouro foi construída para montar e cuidar dos reservatórios e do abastecimento de parte da cidade do Rio de Janeiro, tendo sido aberta ao tráfego de passageiros em 1883. Inicialmente saía do Caju e mais tarde (nos anos 1920) passou a ter como início a estação de Francisco Sá. Depois dessa mudança o seu curso inicial foi totalmente alterado e ela passou a acompanhar de muito próximo a linha Auxiliar até a estação de Del Castilho (no caso da Rio de Ouro, estaestação se chamava Liberdade, quando se separavam as linhas. Na estação da Pavuna elas voltavam a se encontrar. O trecho final, até Belford Roxo, era compartilhado com os trens metropolitanos da Auxiliar (depois da Leopoldina) em bitola mista. Em 1970 os trens da Rio de Ouro, ainda a vapor, embora tenham sido feito testes com locomotivas diesel, deixaram de circular. A Rio de Ouro, encampada pela Central do Brasil nos anos 1920, tinha vários ramais e três deles sobreviveram como trens de subúrbio até o final dos anos 1960, mesma época da desativação da linha-tronco: os ramais de Xerém, do Tinguá e de São Pedro (Jaceruba). Parte do leito de sua linha-tronco foi utilizada na construção da linha 2 do metrô do Rio de Janeiro.

 

 
A ESTAÇÃO: A estação de Cava foi aberta provisoriamentecom a linha original da Rio D'Ouro em 16 de janeiro de 1883 (ver caixa abaixo com esta data), na localidade de Cava do Sapê. Há fontes que citam, para esta estação, a inauguração no ano de 1886. Poderia ter sido esta a data da estação definitiva, já que desde 1883 ela já existia, e como uma estação provisória? (Ver novamente caixa abaixo, de 16/1/1883).

O nome original, Cava, foi modificado para José Bulhões, tendo novamente voltado ao nome original no final da década de 1940.

Segundo o INEPAC, é uma "construção de dois pavimentos, em estilo missiones simplificado ou californiano, em voga nos decênios de 1930 e 1940. Esta estação difere do estilo classicizante das demais instalações do ramal. A bilheteria, em construção ao lado, tem interessante marquise levemente projetada para fora da platibanda conforme o gosto art déco".

Foi desativada em 1970. O ramal de Tinguá, que dela saía, foi desativado em 1964.

Em 2014, estava em ruínas com partes do telhado desabando, mas ainda servindo como moradia.

Em 15 de julho de 2021, a Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu realizou hoje, 15/7, a ação de apropriação e notificação de ocupantes da histórica Estação Ferroviária de Vila de Cava.
A iniciativa que contou com a participação das secretarias de Cultura, Semadetur, Semug/Turismo/Ordem Pública, Sendur e Segurança Pública (PROEIS), faz parte do projeto da prefeitura de assumir definitivamente as antigas estações ferroviárias tombadas dos ramais de Tinguá e Rio D'ouro com o intuito de restaurar e ocupar estes importantes bens culturais pertencentes à União Federal e tombados pelo Governo do Estado e pelo Município de Nova Iguaçu. Esteve também presente na ação o diretor-presidente do Instituto Estadual de Patrimônio Cultural - INEPAC, prof. Cláudio Elias e equipe. #prefeituracultural - mensagem enviada por Leonardo Ivo, da Secretaria da Cultura de Nova Iguaçu nesta data.

1883
AO LADO:
Inauguração das estações de Cava e outras 9 estações na E. F. Rio D' Ouro, as primeiras desta ferrovia (A Provincia de S. Paulo, 16/01/1883).
1883
AO LADO:
Descarrilamento na estação de Cava) (A Provincia de S. Paulo, 4/4/1883).

ACIMA: Estação de Cava (Autor e data desconhecidos).

ACIMA: A vila de Cava em 1932. Segundo a legenda da foto, "vemos o pequeno arraial de Cava, ainda no tempo da laranja, antes do surto dos loteamentos, que se acelerou depois da Segunda Guerra, em 1945. No primeiro plano vê-se a edificação sextavada marcando o entroncamento para o ramal do Tinguá" (Jornal Correio da Lavoura, sem data - provavelmente em 2007. Foto da Coleção Sebastião de Arruda Negreiros).
1940
AO LADO:
Ruiu a ponte entre as estações de Miguel Couto e de José Bulhões (Cava) (O Estado de S. Paulo, 28/1/1940).
1940
AO LADO:
Explosão de caldeira de locomotiva próxima a José Bulhões (Cava) (O Estado de S. Paulo, 11/3/1940).

ACIMA: O mapa mais confiável (sem escala e sem respeitar os pontos cardeaisnem as curvasd reais da ferrovia das linhas da E. F. Rio de Ouro. Mesmo assim, merece algumas ressalvas, que serão assinaladas quando necessário. Aqui, cosiderada como a linha-tronco a linha vertical em cor azul escuro. A posição da estação de Cava na linha-tronco, dá saída sá saída ao ramal de Tinguá traçado em vermelho (Autor: Eduardo Roberto Moreira) NOTA IMPORTANTE. As estaçõea de Capivary (que se situava no ramal de Xerém, entre Lamarão e Quilômetro 43 e o ramal de Gairão, que saía de João Pinto, embora apareca neste mapa, não foram por mim encontradas em documentação alguma.

(Fontes: Eduardo P. Moreira; Carlos Latuff; Orlando de Barros Barbosa; INEPAC; Coleção Sebastião de Arruda Negreiros; Correio da Lavoura, s/d; Ney Alberto: Um pouco da história de Iguassú a Iguaçu, Colégio Leopoldo, s/d; Guia Geral de Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-79)
     

O trem da Rio de Ouro chegando a Cava. Foto sem data, cedida por Orlando Barbosa

O trem da Rio de Ouro chegando a Cava. A estação está à esquerda na foto. Foto sem data, cedida por Orlando Barbosa

Desenho imaginário da estação de Cava com a linha. Feito por Orlando Barbosa.

A estação de Cava, em 2003. Foto Orlando MBarbosa e Marcia Barbosa

A estação já em ruínas, em 2007. Foto Carlos Latuff

A estação em 2008. Foto Alvano de Araujo Tomei
     
     
     
Atualização: 03.05.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.