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E. F. Rio de Ouro
(1922-1928)
E. F. Central do Brasil (1928-1975)
RFFSA (1975-1996) |
FRANCISCO
SÁ
Município de Rio de Janeiro, RJ |
E. F. Rio de Ouro (tronco) - km
0 |
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RJ-0637 |
Altitude: 2 m |
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Inauguração: 06.01.1922 |
Uso atual: em pé e abandonada (2022) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1922 |
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HISTORICO DA LINHA: A
Estrada de Ferro Rio do Ouro foi construída para construir e cuidar
dos reservatórios e do abastecimento de parte da cidade do Rio de
Janeiro e foi aberta ao tráfego de passageiros em 1883. Inicialmente
saía do Caju e mais tarde (1922) passou a ter como início a estação
de Francisco Sá. Depois dessa mudança o seu curso inicial foi alterado
e ela passou a acompanhar de muito próximo a linha Auxiliar até a
estação de Del Castilho, quando se separavam as linhas. Na estação
da Pavuna elas voltavam a se encontrar. O trecho final, até Belford
Roxo, era compartilhado com os trens metropolitanos da Auxiliar (depois
da Leopoldina) em bitola mista. Em 1970 os trens da Rio de Ouro, ainda
a vapor, embora tenham sido feito testes com locomotivas diesel, deixaram
de circular. A Rio de Ouro, encampada pela Central do Brasil nos anos
1920, tinha vários ramais e três deles sobreviveram como trens de
subúrbio até a mesma época da desativação da linha-tronco: os ramais
de Xerém, do Tinguá e de São Pedro (Jaceruba). Parte de sua linha-tronco
foi utilizada na construção da linha 2 do metrô
do Rio de Janeiro. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Francisco Sá foi aberta em 1922 pela E. F. Rio de
Ouro para substituir o ponto inicial da ferrovia que estava no
Caju desde 1883.
"A nova estação permitiu o melhor acesso ao centro da cidade,
que refletiu no aumento da ocupação dos bairros ao longo da linha
e no aumento do número de passageiros transportados, passando de 306.300
em 1921 para 1.602.500 em 1926" (Marcelo
Almirante).
Estando próxima aos pátios
de Barão de Mauá e de Alfredo Maia,
pontos de saída da Leopoldina e da Linha Auxiliar, serviu
como alternativa a elas em várias ocasiões.
Veja aqui planos para a estação nos anos 1940.
Funcionou até os anos 1970, mesmo depois da extinção
das linhas da antiga Rio de Ouro, atendendo outras linhas.
Depois de anos abandonada, ainda perto
dos trilhos, a informação que foi que teria sido demolida em março de 2013; porém, Ana Paula Menezes, que trabalha no TJRJ e está fazendo um projeto no entorno da estação, que em breve será restaurada, confirmando em janeiro de 2021 que o prédio ainda estava em pé.
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1912
À ESQUERDA:
O Ministro Francisco Sá (Revista da Semana, 18/11/1922).
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ACIMA: Desembarque
em Francisco Sá, 1934 (Foto Noite Ilustrada, 1934).
ACIMA:
Locomotiva tomba na estação em 1936 (Correio de S. Paulo, 2/5/1936).
ACIMA:
Desastre na estação em 1936 - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA LER A REPORTAGEM TODA (Correio de S. Paulo, 23/6/1936).
ACIMA: Pátio de Francisco Sá, 1982 (Foto Hugo Caramuru).
ACIMA: No meio do matagal em que se transformou
boa parte do pátio da estação de Francisco Sá,
um antigo carro de passageiros parece um fantasma tentando fazer mais
viagens (Foto Julio Cesar Silva, abril de 2009).
ACIMA: Repare que nesta imagem (que deve ser por volta de 1910) há outras informações importantes, como a estação São Francisco
Xavier original da E. F.do Norte, a parada Silva e Souza da Linha Auxiliar, a estação Jockey Clube que aparece
como um quadrado sem nome, atualmente é a estação Triagem;
e a parada Bemfica (com "m" mesmo), também da E. F. do Norte.
ACIMA: Mapa do que teria sido a Estrada de Ferro Rio De Ouro durante sua existência, do final do século XIX até por volta de 1970. A linhas-tronco original e seus ramais nunca conviveram ao mesmo tempo, o que torna obrigatório a existência com praticamente uma cor para cada linha no desenho. A cor roxa escura teria sido a linha-tronco original, ligando Caju a Jaceruba e a linha verde foi construída para mudar o ponto zero de Francisco Sá a Engenho do Mato. No final dos anos 1920, o trecho que ligava o Caju â região de Belfort Roxo foi extinto e substituído por outro percurso, numa época que, por existirem diversas fontes diferentes e conflitantes entre si (Desenho: Eduardo P. Moreira, durante os anos 2010). NOTA IMPORTANTE. As estaçõea de Capivary (que se situava no ramal de Xerém, entre Lamarão e Quilômetro 43 e o ramal de Gairão, que saía de João Pinto, embora apareca neste mapa, não foram por mim encontradas em documentação alguma.
(Fontes: Ana Paula Menezes; Daniel Gentili; Thiago Montoya; Fábio,
Rio de Janeiro; Orlando de Barros Barbosa; Marcelo Almirante; Julio
Cesar Silva; Correio da Manhã, 1951; Folha da Manhã;
Revista da Semana, 1922; Noite Ilustrada, 1934; Max Vasconcellos:
Vias Brasileiras de Comunicação, 1928) |
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A estação de Francisco Sá em reforma, 1951.
Correio da Manhã |
A estação de Francisco Sá em reforma, 1951.
Correio da Manhã |
A estação de Francisco Sá em reforma, 1951.
Correio da Manhã |
A estação abandonada, em 09/2003. Foto Fábio,
Rio de Janeiro, RJ |
A estação abandonada, em 09/2003. Foto Fábio,
Rio de Janeiro, RJ |
A estação abandonada, em 09/2003. Note a cobertura
da plataforma no alto. Foto Fábio, Rio de Janeiro, RJ
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A estação abandonada, em 09/2003. Foto Fábio,
Rio de Janeiro, RJ |
Plataformas da estação em 04/2009. Foto Julio
Cesar Silva |
Plataformas da estação em 04/2009. Foto Julio
Cesar Silva |
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Atualização:
20.05.2022
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