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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Cornélio Alves
Vermelho Velho
Flor de Minas
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Leopoldina (1930-1975)
RFFSA (1975-1994)
VERMELHO VELHO
Município de Raul Soares, MG
Linha de Caratinga - km 555,188 (1960)   MG-1810
Altitude: 421 m   Inauguração: 14.12.1930
Uso atual: pesque-pague   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1931?
 
 
HISTORICO DA LINHA: Este trecho da Leopoldina na verdade era uma junção de várias linhas isoladas originalmente, construídas em épocas diferentes. O trecho entre Entre Rios (Três Rios e Silveira Lobo foi aberto em 1903 e 1904; o seguinte, até a estação de Guarani, ficou pronto em 1883 e havia sido construído e operado pela Cia. União Mineira, até a entrega à Leopoldina, em 1884; o trecho entre esse ponto e Ligação ficou pronto em 1886, enquanto daí para a frente, até Ponte Nova, foi entregue entre os anos de 1879 e 1886. Entre 1912 e 1926, entregou-se a linha até Matipoó (Raul Soares) e finalmente, em 1931, a linha chegou a Caratinga, de onde não passou. Havia um trem de Barão de Mauá, no centro do Rio de Janeiro, para Caratinga, via Petrópolis, todos os dias, desde que a linha completa foi entregue, em 1931. Sem trens de passageiros desde os anos 1980 (em 1980 ainda existiam trtens mistos fazendo o serviço de passageiros entre Ubá e Caratinga, vindo de Recreio, na antiga linha-tronco da EFL), a linha foi erradicada em 1994 nos trechos Três Rios-Ligação e Ponte Nova-Caratinga; o trecho intermediário consta até hoje como tendo "tráfego suspenso".
 
A ESTAÇÃO: A data oficial de inauguração da estação de Vermelho Velho seria em dezembro de 1930, segundo o Guia Geral de 1960. Porém, a Leopoldina considera-o como tendo sido em 1931: "A estação denominada Vermelho Velho, inaugurada em 1931, serve também à povoação de Vermelho Novo, distante 15 quilômetros aproximadamente do eixo da linha, e com mais de 1500 habitantes; e à de Óculo dos Pintos, situada a uma distância aproximada de 18 quilômetros, com uma população, mais ou menos, de 800 habitantes." (descrição da própria E. F. Leopoldina sobre a estação, na época da inauguração da estação) Pelo menos até 1980 ainda trafegavam por ali trens mistos, trazendo

ACIMA: O conjunto da estação, fora da cidade e À beira da rodovia. Vêem-se a caixa d'água, a estação e o armazém. O lago que hoje existe junto a elas não pode ser visto por causa de onde foi tomada a fotografia (Foto Amadeu Miguel Gomes, em janeiro de 2008). ABAIXO: Mapa da linha mostrando a cidade e a estação de Vermelho Velho (Arquivo Publico Mineiro, 1949).
passageiros para a estação. A Câmara Municipal de Raul Soares descrevia a situação da estação em outubro de 2001 como: "A Estação Ferroviária de Vermelho Velho é distante de Raul Soares 25 km. Foi grande centro de comércio e servia como ponto de abastecimento da região. Possui uma nascente de água, que já serviu como abastecimento para máquinas a vapor. Em 1990 passou por ampla reforma, instalando nas suas dependências o centro de Ensino e Fomento da aqüicultura de Raul Soares. Atualmente ele serve como centro de desenvolvimento da piscicultura. Atualmente o local encontra-se desocupado. Não foram encontrados documentos referentes ao imóvel. Típico exemplar da arquitetura ferroviária mineira. A antiga estação de ferro é composta por dois blocos similares, dispostos paralelos um ao outro. Estão implantados em terreno de pequeno aclive recuados em relação à estrada. O embasamento em alvenaria de pedra conforma as plataformas. Estas são cobertas pela extensão dos beirais, que são sustentados por mãos-francesas em madeira. Os telhados, estruturados em madeira e cobertos com telha francesa, possuem duas águas. O bloco correspondente à antiga estação propriamente dita, ou seja, onde os passageiros embarcavam e desembarcavam, hoje serve de alojamento para funcionários. O prédio possui 144 m² de área construída em paredes de tijolo maciço, revestidas com argamassa pintadas na cor bege. O chapisco pintado na cor cinza e as pedras almofadadas compõem o barrado que contorna o edifício. As esquadrias em madeira são pintadas na cor verde oliva, sendo as janelas compostas por duas folhas divididas em veneziana e vidro; as portas, uma folha com bandeira fixa em vidro; e, o portão, uma folha de correr. A edificação é dividida em nove cômodos, são eles: três quartos, dois banheiros, cozinha, área de serviço, depósito e bilheteria. Esta possui piso em ladrilho. dependências, em cimentado, todos possuem teto em tabuado. Em ambas empenas há em alto-relevo o nome da estação, Vermelho Velho. O armazém, que corresponde ao outro bloco, possui as mesmas características da estação, porém abrange uma área menor, com 100 m², e possui piso em lajeado e teto em telha vã. Localizada em um vale, a estação predomina em relação ao conjunto de
construções do povoado. Este é composto por edificações de tipologia neocolonial, em estado regular de conservação e encontram-se implantadas no alinhamento da estrada de terra, a qual é paralela à estrada de asfalto que liga Raul Soares e Caratinga. O entorno é cercado por montanhas ricas em quartzo branco. A estação encontra-se em bom estado de conservação, apresentando ressecamento das madeiras das esquadrias e poucas telhas quebradas. Além do telhado, algumas esquadrias também sofrem com a ação dos cupins
. (Cintia Honorato, Câmara Municipal de Raul Soares, 2001). "A estação de Vermelho Velho situa-se numa fazenda onde há um pesque-e-pague. Note os lagos entre os prédios da estação (foto abaixo)" (Pedro Paulo Resende, 05/2006). Em outra casa ali no antigo pátio, ainda mora (12/2006) o aposentado José Gomes, antigo responsável pela conservação da via permanente, e lê-se claramente no letreiro, em vermelho, EFLDVP, ou Estrada de Ferro Leopoldina - Departamento de Via Permanente. Esta casa fica proximo à estação, na saída da cidade, onde à esquerda você vai para Raul Soares e à direita, para Bom Jesus do Galho.
(Fontes: Pedro Leal Dutra; Pedro Paulo Rezende; Amadeu Miguel Gomes; Cintia Honorato, Câmara Municipal de Raul Soares; Arquivo Publico Mineiro; dados da E. F. Leopoldina, 1931; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-80)
     

A estação em 2006. Acervo Pedro Paulo Resende

A estação em 2006. Acervo Pedro Paulo Resende

A estação em 19/12/2006. Foto Amadeu Miguel Gomes

A estação em 19/12/2006. Foto Amadeu Miguel Gomes

Estação de Vermelho Velho em 31/12/2001. Foto Pedro Leal Dutra
 
     
Atualização: 04.03.2014
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.