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E. F. Itabapoana
(1917-1947) |
APIACÁ
(antiga ANTONIO CAETANO)
Município de Apiacá, ES |
Ramal de Itabapoana - km 16 (1945) |
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ES-0036 |
Altitude: - |
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Inauguração: 06.1916 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA:A
E. F. Itabapoana começou a operar em 1916, ligando a estação
de Itabapoana (Ponte de Itabapoana), na Linha do Litoral, a Bom Jesus
de Itabapoana (Bom Jesus do Norte), costeando o rio do mesmo nome,
na divisa do Espírito Santo com o Rio de Janeiro. Embora nunca
tenha sido incorporado pela Leopoldina, era praticamente um ramal
desta. Foi extintaem 1947, e os trilhos, arrancados. |
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A ESTAÇÃO: O nome primitivo
da estação era Antonio Caetano, mas o nome da
cidade era diferente: Boa Vista. Era este o nome da fazenda
que recebeu os trilhos da E. F. Itabapoana em 1916, que partiam da
estação de Ponte do Itabapoana, no que mais tarde
viria a ser a linha do Litoral da E. F. Leopoldina.
Por sua
vez, Antonio Caetano foi o doador das terras para a construção
da estação e para a capela de Sant'Ana. Logo
no ano seguinte, o vilarejo, que cresceu rapidamente em volta da estação,
já era distrito. Todo o café da região, que até
então seguia para a estação de Santo Eduardo,
que existia desde 1879 perto do rio Itabapoana,
mas em território fluminense, passou a ser embarcado na estação
de Antonio Caetano.
A partir dos anos 1940 tanto a cidade quanto
a estação passaram a se chamar Apiacá.
Em 1951, a cidade se emancipou como município.
Havia
um grande armazém de café na ferrovia em Apiacá,
restos do tempo em que a produção de café por
ali, razão da existência da ferrovia, era grande. "Morei
vários anos em Apiacá, uma estação antes de Jose Carlos, que na época
chamavam de Iuru. Aliás, Apiacá se chamava Boa Vista. Quando era garoto
com meus 7 anos por volta de 1961 ainda havia quase tudo da E. F.
Itabapoana, exceto os trens. Até os postes e fios do telégrafo ainda
havia, e eram de ferro e não de cobre. Os dormentes já estavam
podres e brinquei muito de arrancar os grampos dos trilhos, que na
época eram pregados, não aparafusados. Apiacá tinha uma estação bonita,
de paredes grossas de pedra, parecida com essa, que um prefeito idiota
como costumam ser os coronéis do interior, demoliu para levar o material
para sua fazenda e construir um chafariz azulejado de extremo mau
gosto no lugar. Trágico. Minha familia usou muito essa linha,
que recebia os passageiros baldeados da Leopoldina em Ponte do Itabapoana
e os levava até Bom Jesus do Norte passando por Boa Vista e Iuru,
sempre em território do E. Santo. Acho que pouco depois de Iuru havia
um ramal que atravessava o rio Itabapoana e ia até a usina de açucar
de Santa Izabel. Bons tempos. Essa foi uma das primeiras estradas
a morrer, por volta de 1955, num prenúncio do que se seguiria."
(Eliezer P. Magliano, 10/2003)
A estação foi desativada em 1947, junto com
a ferrovia (cf. IBGE: Enciclopedia dos Municipios Brasileiros, vol. XXII, 1959, p. 204).
Moradores mais antigos
da cidade dizem que na C. E. F. Itabapoana circulavam trens mistos
pela manhã e à noite, além de um trem noturno às quartas-feiras,
além dos trens de carga com café, gado e madeira.
ACIMA: Um bilhete de passageiro de segunda classe
no trecho Itabapoana-Apiacá, provavelmente anos 1940.
(Fontes: Eliezer Magliano). |
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O distrito em 1917. A estação está à
esquerda. Foto do livro "Apiacá - A história de um povo e
sua terra capixaba" de Pedro Teixeira, cedida por Eliezer
Magliano |
A estação de Antonio Caetano, provavelmente anos
1930. Foto do livro "Apiacá - A história de um povo e sua
terra capixaba" de Pedro Teixeira, cedida por Eliezer Magliano |
Ponte da estrada de ferro, ainda existente próxima a
Apiacá. Foto Eliezer Magliano |
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Atualização:
28.11.2022
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