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E. F. Campista (c.1900-1902)
E. F. Leopoldina (1902-1962) |
SÃO
JOÃO DA BARRA
Município de São João
da Barra, RJ (c.1900-) |
Ramal de Campista - km 355,267 (1960) |
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RJ-1862 |
Altitude: 11 m |
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Inauguração: c.1900 |
Uso atual: centro cultural (2008) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA:
A E. F. Campista foi constituída em 16/10/1894, e inaugurou a linha
entre Campos e Atafona em 3/9/1897. Foi vendida à Leopoldina em 1902,
passando a se chamar ramal de Campista.
Os trens de passageiros rodaram
até cerca de 1962.
A linha, ainda parcialmente assentada em diversos trechos em 1996,
nunca foi oficialmente suprimida. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de São João da Barra foi a última a ser
inaugurada no ramal, entregue até Atafona em 1897, e
passou a ser sua estação terminal.
Já existia
em 1906, mas não consegui achar sua data de abertura. Neste
ano, a imprensa registrava de forma irônica a precariedade do prédio então
existente: "Olhai bem a plataforma esburacada, cheia de altos
e baixos, a cobertura de zinco furado, sob que figura a sineta, provavelmente
rachada. Admirai a elegante varanda de balaústres a machado,
as severas linhas architectonicas periclitando, cai não cai,
sobre a estacaria podre. Por fim, pensae nisto: trata-se da importante
cidade de São João da Barra e de uma estação
que todos os dias tem não pequeno movimento de passageiros...
Quanto à Leopoldina, dá gordos dividendos aos seus accionistas
de Londres" (O Malho, 1/12/1906).
O prédio atual, embora pouco maior do que o
inicial de madeira, criticado em 1906, foi construído mais
tarde em alvenaria, mas também não consegui ter uma
data para esta construção.
Em 1962, nos domingos,
o trem partia da estação de Campos às
5:45 da manhã e chegava a São João da Barra às 7:29.
A estação fica
dentro da cidade de São João da Barra, servindo
em 1996 como delegacia de polícia.
Em 2008, havia sido
restaurado e transformado na "Estação das Artes",
um centro cultural.
ACIMA: A primitiva estação de São
João da Barra, em 1906. A revista que publicou esta foto falava
jocosamente do prédio, ironicamente criticando a sua fragilidade
- era, ao que tudo indica, um casebre de madeira: "Que pensam
os leitores que é isto? Uma casa de seringueiro no Acre? (...)
Pois não é nada disso: é pura e simplesmente
a estação de São João da Barra, da Leopoldina
Railway Company" (O Malho, 01/12/1906).
ACIMA: A vila de São
João da Barra por volta de 1915. É possível (mas
não é conclusivo) que a estação seja o
prédio que aparece do lado esquerdo, quase em frente ao caminho
de terra que aparece também à esquerda, mais abaixo,
na fotografia, indo debaixo para cima na mesma (A Careta, edição
não identificada, certamente por volta de 1915).
ACIMA: Rodovia Campos-Atafona em fotografia de 1928. Note-se ao lado esquerdo a linha que deve ser do ramal de Campos (a outra possibilidade, pouco provável, é que seja de um dos ramais de usinas particulares que existiam por ali) (Ilustração Brasileira, janeiro de 1928).
ACIMA: Mapa dos anos 1950, mostrando parte do município
de São João da Barra, com a estação no
centro e muito próxima à foz do rio Paraíba do
Sul. Reparar que a linha, no mapa, não segue até Atafona
(falha do mapa, na época). Também pode-se notar um ramal
com ramificações partindo da estação de
Barcelos (IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros,
vol. VI, 1958).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 1996;
André Pinto; O Malho, 1906; A Careta, c. 1915; Guia Geral das
Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-1979; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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Estação de São João da Barra em
1906. Foto da revista O Malho, de 1/12/1906 |
A estação de São João da Barra,
em 14/12/1996. Foto Ralph Mennucci Giesbrecht |
A estação em 2/12/2008. Foto André Pinto |
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Atualização:
07.12.2022
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