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E. F. Macaé
a Campos (1875-1887)
E. F. Leopoldina (1887-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CAMPOS
Município de Campos de Goitacazes,
RJ |
Linha do Litoral - km 315,775 (1960) |
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RJ-0624 |
Altitude: 14 m |
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Inauguração: 13.07.1875 |
Uso atual: museu ferroviário (2017) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: anos 1940 |
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HISTORICO DA LINHA: O
que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas
companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas
pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho,
Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril
Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E.
F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos,
por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos
entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,foi
construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa
foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida
à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E.
F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907,
a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo
os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje
para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos
80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói
e Rio de Janeiro a Vitória. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Campos foi inaugurada em 1875 pela E. F. Macaé
a Campos. Em 1887, a Leopoldina adquiriu a ferrovia.
A linha, então, ainda não cruzava o rio Paraíba:
somente em 1905 a Leopoldina foi autorizada a estabelecer a ligação
da antiga linha de Carangola, que se iniciava na estação
Campos-Carangola, ao norte do rio, com a linha que estava ao
sul do rio. A autorização exigia a construção
de uma nova estação para atender à linha e a todos
os ramais que dali saíam.
A ponte de ligação foi aberta ao tráfego em fins de 1907. A
estação, então, passou a ser mais conhecida como estação
do Sacco - ver ao pé desta página.
A estação foi demolida
quando, nos anos 1940, foi construída a estação
atual, que, hoje, desativada desde os anos 1980, atendia em 2008 a
uma escola; parte do prédio atendia também à
sede de uma igreja. Em 2017, era ocupada por um museu ferroviário.
A cidade de Campos chegou a ter por algum tempo diversas linhas de bondes (eletrificadas) e de ônibus elétricos. Os trilhos dos ramais ferroviários de Campos estendiam-se por toda a cidade, bem como as linhas de bondes, mas os da Leopoldina não tinham eletrificação.
1875
AO LADO: O início das obrasinauguração da estação do Sacco em 1875, mas o texto foi publicado em 1939
(O Estado de S. Paulo, 14/6/1939). |
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1877
AO LADO: A estação de Campos já funcionava em 1877 (A Provincia de S. Paulo, 04/12/1877). |
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1906
AO LADO: O trem voltava a circular do Rio a Campos, mas a chuva ainda causava destruição na linha da Leopoldina (A Provincia de S. Paulo, 04/12/1877). |
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ACIMA: Estação do Sacco em
1918 (Fon-fon, 8/6/1918).
ACIMA: Mapa do município de Campos
em 1922. Alguns nomes podem ser diferentes do mapa de 32 anos mais
tarde, que pode ser visto logo abaixo. ESTE MAPA PODE SER VISTO
EM VERSÃO AMPLIADA CLICANDO-SE SOBRE ELE (Autor e origem
desconhecida).
ACIMA: Mapa do município de Campos em
1955. Município imenso, que até hoje permanece praticamente
com o mesmo tamanho, e na época cortado pela Leopoldina e por
diversos ramais particulares de usinas de açúcar, hoje
não mais existentes. ESTE MAPA PODE SER VISTO EM VERSÃO
AMPLIADA CLICANDO-SE SOBRE ELE. Reparar na linha do litoral, de
sul a norte, no ramal de São Fidelis e Miracema, para noroeste,
seguindo pela margem sul do rio Paraíba, no ramal de Carangola,
passando por Cardoso Moreira, nos ramais ao sul do Paraíba
que se dirigiam ao litoral, como os de Santo Amaro de Campos e de
São João da Barra e mais linhas de inúmeras usinas
particulares ao sul do Paraíba, a leste de Travessão
e na região entre o rio Muriaé e o Paraíba (Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, vol. VI, IBGE, 1958, p. 148).
ACIMA: Interior
da estação nos anos 1950 (Foto Tibor Jablonsky).
ACIMA: Os trilhos da Leopoldina, o rio Paraíba do Sul e a ponte ferroviária sobnre o rio em foto tomada por volta de 1955 (IBGE: Enciclopedia dos Municipios Brasileiros, vol. XXII, 1959, p. 225).
ACIMA: Trem de passageiros em Campos,
em 1982, partindo para Recreio (Foto Hugo Caramuru).
ACIMA: Em 1990, nova estação,
novo pátio, mas já perto do "final dos tempos"
para ela. Ao fundo a estação de Campos-carga. Mais ao
fundo, no centro da foto, a ponte sobre o rio Paraíba do Sul
(Foto Hugo Caramuru, 1990).
ACIMA: Antiga saída do (desativado há muitos anos) ramal de
Campista. A estação está no extremo direito da
fotografia e o asfalto da rua já cobriu os trilhos (Foto Guilherme
M. Silva, 28/12/2008).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Hugo Caramuru;
Tibor Jablonsky; Guilherme M. Silva; Fon-fon, 1918; Impressões
do Brasil no Século XX, 1913; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico
da Leopoldina Railway, 1938; Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, vol. VI, IBGE, 1958; Guia Geral das Estradas de Ferro
do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 1917. Era também chamada de "estação
do Sacco". Foto do livro Impressões do Brasil
no Século XX |
Pátio de Campos, 1982. Foto Hugo Caramuru |
A estação de Campos, em 14/12/1996. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
Abrigo de locomotivas na estação de Campos, em
14/12/1996. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Saída da linha para Vitória, em 14/12/1996. Foto
Ralph M. Giesbrecht |
A estação de Campos, em 14/12/1996. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
A estação de Campos, em 14/12/1996. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
Entrada da estação em 28/12/2008. Foto Guilherme
M. Silva |
Parte do pátio da estação em 28/12/2008.
Foto Guilherme M. Silva |
A estação de Campos em 20/11/2015. Foto Fernando Marietan |
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Atualização:
30.08.2023
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