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E. F. Leopoldina
(1911?-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CAMPOS-CARGAS
Município de Campos de Goitacazes,
RJ |
Linha do Litoral - km 318,000 (1960) |
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RJ-4501 |
Altitude: 14 m |
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Inauguração: 1911? |
Uso atual: abandonada (2014) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1911 |
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HISTORICO DA LINHA: O
que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas
companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas
pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho,
Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril
Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E.
F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos,
por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos
entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,foi
construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa
foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida
à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E.
F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907,
a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo
os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje
para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos
80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói
e Rio de Janeiro a Vitória. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Campos-Cargas foi inaugurada possivelmente em 1911 já
pela Leopoldina. A data aparece no dístico do velho prédio.
Em 1887, a Leopoldina havia adquirido a E. F. Macaé a Campos.
A linha, então, não cruzava o rio Paraíba:
somente em 1905 a ferrovia foi autorizada a estabelecer a ligação
da antiga linha de Carangola, que se iniciava na estação
Campos-Carangola, ao norte do rio, com a linha que estava ao
sul do rio. A autorização
exigia a construção de uma nova estação
para atender à linha e todos os ramais que dali saíam.
A ponte de ligação foi aberta ao tráfego em fins de 1907.
A
estação de Campos-Cargas tinha a função de auxiliar o movimento de cargas, muito
grande por causa da enorme quantidade de usinas de açúcar
e álcool em volta da cidade. Ela atendia também a trens
de passageiros e ficava ao sul do rio, quase à sua margem.
"Chamou-me a atenção uma construção, com a data de 1911 no
dístico, bem ao lado da ponte. Fiquei muito curioso, pois é muito
parecida com uma estação em sua construção, e fiz algumas fotografias
através do portão de ferro que dá para a rua (a área encontra-se cercada
por muros e pela rampa que dá acesso à ponte). Não satisfeito, contornei
o terreno e subi em um monte de entulho, para ter acesso aos trilhos
na rampa. Fiquei surpreso, pois vi um pátio com umas 3 ou 4 linha
totalmente tomados de mato, um vagão abandonado e a estação"
(Eduardo Moreira, 27/9/2010).
ACIMA: Mapa do município de Campos em 1955.
Município imenso, que até hoje permanece praticamente
com o mesmo tamanho, e na época cortado pela Leopoldina e por
diversos ramais particulares de usinas de açúcar, hoje
não mais existentes. ESTE MAPA PODE SER VISTO EM VERSÃO
AMPLIADA CLICANDO-SE SOBRE ELE. Reparar na linha do litoral, de sul
a norte, no ramal de São Fidelis e Miracema, para noroeste,
seguindo pela margem sul do rio Paraíba, no ramal de Carangola,
passando por Cardoso Moreira, nos ramais ao sul do Paraíba
que se dirigiam ao litoral, como os de Santo Amaro de Campos e de
São João da Barra e mais linhas de inúmeras usinas
particulares ao sul do Paraíba, a leste de Travessão
e na região entre o rio Muriaé e o Paraíba (Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, vol. VI, IBGE, 1958, p. 148).
ACIMA:
Pátio e estação, tudo tomado de mato, com um
velho vagão abandonado (Foto Eduardo Moreira em setembro de
2010).
ACIMA: A linha seguindo para a estação
de Campos-passageiros e, depois, Rio de Janeiro; a ponte sobre o rio
Paraíba está ao fundo. A estação de cargas
está à direita. ABAIXO: A ponte sobre o Paraíba
do Sul (Fotos Eduardo Moreira em setembro de 2010).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; Eduardo P. Moreira; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico
da Leopoldina Railway, 1938; Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, vol. VI, IBGE, 1958; Guia Geral das Estradas de Ferro
do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 9/2010. Foto Eduardo Moreira |
A estação em 9/2010. Foto Eduardo Moreira |
O dístico com a data de 1911, na estação,
em 9/2010. Foto Eduardo Moreira |
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Atualização:
16.08.2019
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