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E. F. Macaé
a Campos (1873-c.1890)
E. F. Leopoldina (c.1890-1975)
RFFSA (1975-1996) |
IMBETIBA
Município de Macaé, RJ |
Ramal de Imbetiba - km 224,050 (1960) |
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RJ-4477 |
Altitude: 7 m |
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Inauguração: 13.06.1873 |
Uso atual: desconhecido (2014) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA:
O ramal de Imbetiba tinha apenas
dois quilômetros e originalmente não era um ramal, mas
o trecho inicial da E. F. Macahé a Campos. Tornou-se ramal
quando a linha do Litoral, que incorporou a antiga ferrovia, foi retificada.
Partia da estação de Macaé. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Imbetiba foi inaugurada com a ferrovia em 1873. Era ela
a estação (km 0) da E. F. Macahé a Campos.
O ramal de Imbetiba, que passou a existir como
resto da linha original, depois das retificações da
linha principal (linha do Litoral) entre a estação (no Centro)
e a base da Petrobras (onde está o porto) está desativado desde o
fim do transporte de diesel entre a REDUC (Refinaria de Duque de Caxias,
RJ) e o porto de Imbetiba desde pelo menos o ano de 2005.
Sabe-se que em 1917 o ramal já existia e a estação
de Imbetiba já não atendia mais a trens de passageiros
(Guia Levi, 1917).
"A área de Imbetiba, incluindo o pequeno porto, foi
o ponto inicial da E. F. Macaé a Campos, e as oficinas acabaram sendo
expandidas no tempo da Leopoldina Railway para reparação geral, inclusive
de locomotivas a vapor. Quando a reparação de locomotivas a vapor
foi desativada em meados dos anos 1950, substituída pela nova oficina
de Campos, restou a reparação de vagões, cada vez mais precária, até
o final dos anos 1960. A área da oficina, já valorizada, acabou sendo
negociada com a Petrobras após a descoberta de petróleo na bacia de
Campos no inicio da década de 1970. Sei por colegas mais antigos que
após a transferência da propriedade do terreno, a Petrobras ainda
levou alguns anos na justiça para garantir a desocupação da "casa
do engenheiro" no alto do morro" (Eduardo Coelho, 3/2012).
A oficina de Imbetiba chegou a ser uma das principais da E.
F. Leopoldina para reparação de locomotivas a vapor,
mas entrou em decadência em meados dos anos 1950 com a inauguração
das oficinas de Campos, para locomotivas a vapor e diesel,
ficando a de Imbetiba apenas com a reparação de vagões. Ela
foi fechada pela RFFSA, sendo toda a área vendida para a Petrobras
construir a base de onde começaram suas operações "offshore" na Bacia
de Campos a partir de 1976-77.
Em Imbetiba estão o porto, oficinas e escritórios da Petrobras,
construídos na área das antigas oficinas de locomotivas a vapor da
EFL (até inicio dos anos 1950 +/-), e que depois passou a reparar
carros e vagões até ser gradualmente desativada pela RFFSA. Segundo
Sidney Correa em julho de 2014, o ramal de Imbetiba
realmente foi, definitivamente, condenado. Segundo informações havia
anos a Petrobras não o usava mais para transportar diesel e a prefeitura
de Macaé "enterrou" uma grande parte dele e a sua chegada na
Petrobrás, foi retirada para a construção de uma praça exatamente
no seu leito.
"Acompanho desde o início de obras que a Petrobras desenvolveu,
arrancando mais de 200 metros de estrutura ferroviária, desde o portão
de suas instalações empresarias até um pouco depois do viaduto sob
o qual fiz a foto. Uma ação totalmente irregular, pois apropriou-se
de um bem do patrimônio da união, concedido à Ferrovia Centro-Atlântica
- FCA, sem qualquer autorização. Tenho a consulta-denúncia à ANTT,
tenho a resposta da ANTT, tenho a notificação da FCA à Petrobras que,
lamentavelmente, deu em nada. Aquela empresa continuou com as obras,
que até ficaram bonitas e úteis, mas irregulares. Como integrante
da Associação dos Ferroviários de Macaé e coordenado do Movimento
Ferrovia Viva propus e manifestamo-nos junto ao Ministério Público
Federal, reivindicando acionamento à Petrobras, ANTT e FCA e propondo
um TAC, culminando por ressarcimento ante a dano a patrimônio reivindicado
como histórico, para o qual alguns projetos vinham sendo construídos,
inclusive para uso dos quase 2 km do "Ramal" para mobilidade urbana
e manifestações culturais. Hoje a linha "morre" onde se vê na foto
(mais abaixo) (Alex Medeiros, 2014)".
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1877
AO LADO: A estação de Imbetiba já existia em 1877 (A Provincia de S. Paulo, 04/12/1877). |
ACIMA: Neste mapa de 1892, a estação de Imbetiba,
à direita, junto a Macahé (Fonte desconhecida).
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1936
AO LADO: O Sr. Benedito Ribeiro Venancio, por coincidencia, era trisavô de minha esposa Ana Maria. Ele morava em Campos. (Um jornal não identificado de Campos, RJ, 1936). |
ACIMA:
A fotografia mostra a entrada do pátio da então oficina de Imbetiba.
Toda esta área foi reurbanizada em meados dos anos 1970 e faz parte
atualmente da Unidade de Operação Bacia de Campos, da Petrobras, em
Macaé, ainda com acesso ferroviário até o pátio da estação (Foto:
autor desconhecido - cessão João Silva. Texto: Eduardo
Coelho. Sem data).
ACIMA: Pátio de Imbetiba com a oficina em
1940. Reparem que havia uma pera dando a volta no morro e no alto
deste ficava a casa do engenheiro-chefe com uma bela vista, sem dúvida
(Acervo Ricardo Quintero de Matos).
ACIMA: Restos do ramal de Imbetiba - ao fundo da praça; como citado,
ele era parte da linha-tronco original da E. F. Macahé a Campos
(Foto Alex Medeiros, em 2014).
ACIMA:
Trechos outrora ocupados pelo ramal de Imbetiba, alguns com os trilhos
ainda aparentes (Fotos Alex Medeiros em abril de 2017).
(Fontes: Eduardo Coelho; Alex Medeiros;
Sydney Corrêa; Ricardo Quintero de Matos; João Silva; Edmundo
Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina Railway, 1938; Guia
Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Atualização:
29.11.2022
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