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E. F. Tereza Cristina
(1923?-1970) |
ARARANGUÁ
(BARRANCA)
Município de Araranguá, SC |
Linha-tronco - km 143,150 (1960) |
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SC-1766 |
Altitude: 4 m |
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Inauguração: 12.1923? |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1926? (já demolida) |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Dona
Teresa Cristina foi aberta por uma empresa inglesa em 1884 ligando
o porto de Imbituba às minas de carvão de Lauro Müller.
A ferrovia passou para o Governo da República em 1903 e foi
arrendada à E. F. São Paulo-Rio Grande em 1910. Em 1918
o arrendamento foi passado para a Cia. Brasileira Carbonífera
de Araranguá. Com a construção de um ramal a
partir de Tubarão ligando a linha a Cresciúma, em 1919,
e o prolongamento até Araranguá em 1923, aos poucos
o trecho Imbituba-Araranguá passou a ser a linha-tronco, transformando
o trecho Tubarão-Lauro Müller num ramal. Em 1940, a estrada
passou a ser administrada novamente pelo Governo Federal, que em 1957
a colocou como uma das subsidiárias da recém-criada
RFFSA. Em 1975, oficialmente, o nome Dona Teresa Cristina desaparece
e ela se transforma numa das Superintendências Regionais da
RFFSA. Em 1996, foi concessionada pelo Governo para uma empresa privada,
que hoje a administra sob o nome de Ferrovia Teresa Cristina. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Araranguá teria sido aberta em 1923 (segundo o Guia
Geral das Estradas de Ferro de 1960) como ponta de linha, que foi
considerada por algum tempo como a parte final da linha-tronco da
EFTC. Essa estação ficava, na verdade, na localidade
de nome Barranca, situada na margem esquerda do rio Araranguá
e no outro lado dele em relação ao atual município.
Porém, segundo Dorval do Nascimento, "o trecho
de Criciúma a Araranguá, com 35 quilômetros, foi iniciado em 1921
e arrastou-se até 1927,quando foi inaugurado o transporte de cargas.
O transporte de passageiros não começou antes de 1930". (veja também caixas abaixo)
Rita
de Cassia Costa afirma que este transporte começou a 18 de
janeiro de 1927. Portanto, 1923, 1927 e 1930 são dados que
conflitam entre si e que não têm uma confirmação
segura.
Não havia ponte para cruzar de Barranca até
a sede de Araranguá. A chegada da ferrovia não
mudou isso, mas ajudou a desenvolver um pouco a atrasadíssima
comunidade de Barranca. Construíram-se hoteis e o comércio
começou a crescer. Uma ponte de madeira, provisória,
para ligar a sede a Barranca chegou a ser construída.
Uma enchente a levou logo depois e nunca foi reconstruída.
Rita de Cassia Costa fala de várias datas e parece misturar
dados, não sendo muito clara nas afirmações.
Quanto à suspensão do tráfego no trecho, a RFFSA
havia conseguido a autorização para a suspensão
do tráfego em 05/04/1965 "por motivos de segurança"
e em 01/03/1968 o Ministério dos Transportes homologou
a autorização para erradicar o trecho (*Relatório
"Substituição de Linhas Férreas Antieconômicas").
Mesmo assim, a linha teria seguido operando pelo menos até
janeiro de 1970 (*Guia Levi, jan/1970).
O trecho entre Pinheirinho e Araranguá foi suprimido oficialmente em 31/10/1970
(*Revista Ferroviária, agosto 2000), mas em 1972 ela,
como toda a ferrovia, já não estava mais operando trens
de passageiros.
Segundo Alcides Goularti Filho, os trilhos
foram arrancados em 1969. Outras fontes dizem que na região
os trilhos somente foram arrancados depois da enchente de 1974. Portanto,
os dados são, de novo, conflitantes.
A estação já
foi demolida, mas existem ainda casas de turma no antigo pátio.
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1920
AO LADO: Autorização para a construção da estação
de Araranguá (O Estado de S. Paulo, 24/7/1920). |
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1922
AO LADO: O ramal para Araranguá já funcionava aos trancos e barrancos (O Estado de S. Paulo, 5/8/1922). |
ACIMA: Casas de turma da EFDTC em Araranguá,
em 2009 (www.flickr.com/photos/ historiaeconomicadesantacatarina)
(Fontes: Rita de Cassia Raupp Costa: Barranca, o "Coração"
de Araranguá, UNESC, 2005; Alcides Goularti Filho: Expandir
para Desativar, 2008; Dorval do Nascimento: As Curvas do Trem, UNESC,
2004; Revista Ferroviária, 2000; Relatório: Substituição
de Linhas Férreas Antieconômicas, anos 1960; www.flickr.com/photos/historiaeconomica
desantacatarina; Guias Levi, 1932-79; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação, anos 1950. Autor desconhecido |
Ao lado, a estação de madeira de
Araranguá, em Barranca. A foto seria de 1985, segundo
Rita de Cassia Costa, mas no mesmo trabalho um entrevistado
diz em 1985 que da estação somente restavam os
alicerces |
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Atualização:
04.07.2023
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