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Caieiras
Franco da Rocha
Baltazar Fidélis
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SPR-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2016
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São Paulo
Railway (1888-1946)
E. F. Santos-Jundiaí (1946-1975)
RFFSA (1975-1983)
CBTU (1983-1992)
CPTM (1992-) |
FRANCO
DA ROCHA
(antiga JUQUERY)
Municípios de Guarulhos (1888-1889);
Juquery (atual Mairiporã) (1889-1938);
Franco da Rocha (1938-), SP |
Linha-tronco - km 111,260 (1935) |
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SP-0831 |
Altitude: 723,002 m |
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Inauguração: 01.02.1888 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: c.1902 (antiga); 10/5/2014 (nova) |
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HISTORICO DA LINHA: A
São Paulo Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira
estrada de ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862
e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus
maiores acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou
durante muito anos - até a década de 1930, quando a Sorocabana abriu
a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros
de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro
funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946,
com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União
sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado
até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à RFFSA, e,
em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla.
O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas
o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as
TUES dos trens metropolitanos. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Juquery foi aberta em 1888 para atender à localidade desse
nome. Segundo se conta, ali já existia, antes da construção
da estação, uma parada, de nome Parada Feijão.
Houve durante algum tempo uma ferrovia de bitola diferente da SPR, ligando a estação ao hospital (ver caixas abaixo, de 1895, 1898 e
o mapa dos anos 1950).
Em 1898, foi aberto o manicômio
de Juquery, nome que foi dado extra-oficialmente ao hospital. Quem o inaugurou foi o Dr. Franco da Rocha, médico responsável pelo funcionamento (ver caixa abaixo). Mais tarde, o seu nome passou a designar a estação e a sede do município que se tornaria mais tarde, desmembrado do município de Juquery (que, em 1944, passou a se chamar
Mairiporã).
Por muitos anos existiu uma ferrovia particular do hospital que trazia doentes e visitantes da estação para o manicômio. Não consegui maiores dados desta ferrovia.
Outra ferrovia ligava a estação a uma usina da região e que ainda funcionava nos anos 1950 (ver mapa abaixo).
Por volta de 1902, a estação ganhou um novo prédio,
com a duplicação da linha.
Em 1934, a estação teve o nome alterado para Franco
da Rocha, médico idealizador do hospital da cidade que
havia falecido em 1933.
Também em 1934 o local tornou-se um distrito do município
de Juqueri.
Em 1938, o distrito separou-se de Juqueri, que, aliás,
hoje, tem o nome de Mairiporã.
A estação atende aos trens metropolitanos da CPTM
desde 1994. Trens de passageiros de longo percurso deixaram de circular
pela linha no início de 1999.
A estação foi tombada pelo CONDEPHAAT em julho de 2010.
Em 2014 foi aberta uma nova estação, maior, moderna, muito mais feia, mas mais funcional. A antiga, ao lado, foi mantida, pois está
tombada pelo CONDEPHAAT. O que será feita dela, tombada mas
sem uso? Em 2016, estive pela última
vez na cidade, depois de muito tempo. A estação velha
estava cercada por muros e cercas de metal, sem uso algum e com acesso
proibido. A estação nova é muito grande, com
dois andares e bastante difícil de ser fotografada.
A estação ferroviária
de Franco da Rocha foi tombada pelo CONDEPHAAT em 21 de junho
de 2010, pelo ofício 1447/2010 do processo 60305/2009.
A carta de comunicação aos interessados foi emitida
em 22 de julho de 2010. O tombamento havia sido pedido por mim,
Ralph Mennucci Giesbrecht, no ano de 2006.
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TRENS
- De acordo com os guias de horários, os trens de
passageiros param nesta estação desde o ano de
1867. Veja aqui horários em --- (Guias
Levi). |
1890
AO LADO: Juquery quer mais um trem, pode até ser misto! (O Estado de S. Paulo, 30/7/1890). |
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1895
AO LADO: Esta parece ter sido a Ferrovia de ligação estação-hospital, citada em caixa logo abaixo, já funcionando em 1898 ( O Estado de S. Paulo, 14/11/1895). |
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1897
AO LADO: Ferrovia para construir o prédio do hospicio no Juqueri, que saía do pátio da estasação de Franco da Rocha para transporte de materiais (O Estado de S. Paulo, 8/7/1897). |
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1898
AO LADO: Reclamações contra o funcionamento da mala postal na estação (O Estado de S. Paulo, 22/1/1898). |
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1898
AO LADO: Abertura do manicômio próximo à estação do Juquery (O Estado de S. Paulo, 19/5/1898). |
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AO LADO: O Doutor
Franco da Rocha, foto sem data.
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1923
AO LADO: População do bairro pedia que
se prolongasse as viagens diárias dos trens de suburbio
da SPR até a estação do Juquery (O
Estado de S. Paulo, 11/5/1923)..
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ACIMA: A estação de Franco
da Rocha, ao fundo, nos anos 1950 (IBGE).
ACIMA: Mapa do município de Franco
da Rocha, nos anos 1950, quando o município também
englobava Caieiras e, ao norte, Francisco Morato (que não aparece
no mapa). Note-se saindo para a direita da estação a
E. F. do Juqueri e, para a esquerda, saindo de Caieiras, as linhas
da Companhia Melhoramentos (Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, vol. X, IBGE, p. 335, 1960).
ACIMA: O centro de Franco da Rocha, com a estação
no centro da fotografia: dela gerou-se o núcleo da futura cidade (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros,
vol. XXVIII, IBGE, p. 328, 1960).
ACIMA: A estação e a passarela típica da SPR em foto dos anos 1970 (Foto B. M. Kühl).
ACIMA: Bons tempos! O trem de passageiros
da Cia. Paulista passa por Franco da Rocha, sentido interior, nos
anos 1970, puxado por uma English Electric da Santos-Jundiaí
(Foto Alberto del Bianco).
ACIMA: Acidente em Franco da Rocha em 1977. Uma locomotiva cargueira trombou com um onibus sendo rebocado por outro sobre a linha. O cabo que os unia rompeu-se e só deu tempo de o motorista saltar do onibus, que foi arrastado pela locomotiva que não conseguiu parar (Diario Popular, 21/6/1977).
ACIMA: Saída da estação,
em 11/3/2011 (Foto Alexandre Giesbrecht).
ACIMA: A nova estação sendo construída
à direita e a velha funcionando à esquerda: para trocá-las,
havia que se mudar os trilhos ainda (Foto Carlos Roberto de Almeida,
7/9/2015).
ACIMA: Cidade, viaduto rodoviário e a nova estação, todos inundados em 2016. A estação velha, já desativada, está à direita e não aparece na fotografia (O Estado de S. Paulo, 11/3/2016).
ACIMA: Interior da estação nova de Franco
da Rocha em 2018 - 2o andar (Google Maps).
ACIMA:
A estação nova de Franco da Rocha vista de cima em 2018
(Google Maps).
ACIMA: Notícia do jornal Folha de S. Paulo de 18/04/2023 mostra alagamento das linhas da CPTM na cidade e estação de Franco da Rocha no dia anterior.
(Fontes: Ralph Giesbrecht, pesquisa local;
Alexandre Giesbrecht; Nilson Rodrigues; João Pires Barbosa
Filho; Alberto del Bianco; Paulo Mendes; IBGE:
Enciclopédia dos Municípios Brasileiros,
1960; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht)
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A estação original de Juquery, em 1889. Acervo
João Pires Barbosa Filho |
Estação de Juquery. Autor e data desconhecidos |
A estação, ao fundo. Foto cedida por Nilson Rodrigues,
sem data |
Trem a vapor deixando a estação de Franco da Rocha,
sem data. Acervo Alberto del Bianco |
A estação em 1967. Acervo Paulo Mendes |
Detalhes da plataforma da estação, 1988. Autor
desconhecido |
Estação de Franco da Rocha, sem data. Autor desconhecido |
Plataforma da estação em 11/3/2011. Foto Alexandre
Giesbrecht |
Plataforma da estação em 11/3/2011. Foto Alexandre
Giesbrecht |
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Atualização:
04.07.2023
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