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VXY Mogiana em MG
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Sertãozinho
Francisco Schmidt
Pontal
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ram. de Sertãozinho-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2002
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Cia. Mogiana de Estradas de Ferro (1906-1971)
Fepasa (1971-1998)
FRANCISCO SCHMIDT
Município de Pontal, SP
Ramal de Sertãozinho - km 33,138   SP-0837
Altitude: 514 m   Inauguração: 25.11.1906
Uso atual: moradia (2011)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1907
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Sertãozinho foi aberto em 11/08/1899, ligando a estação de Barracão, em Ribeirão Preto, no tronco da Mogiana, à cidade de Sertãozinho. Sete anos depois, em 1906, o ramal foi prolongado até a fazenda do cel. Francisco Schmidt, em Vassoural. Com isso, em 25/11/1906, foi concluído o trecho que iria até Vassoural, onde estava a usina, onde foi inaugurada uma estação com o seu nome. Em 1914, o ramal foi prolongado até a estação de Pontal, da Paulista, onde se interligaria com as suas linhas. Em 1964, o ramal passou a sair da estação de Ribeirão Preto-nova, e Barracão passou a integrar o próprio ramal. Em 1970, a Mogiana assumiu o tráfego do trecho unido ao da Paulista, Pontal-Passagem, e em 1971, com a criação da Fepasa, o acordo perdeu a razão de ser. Até 1976, correram trens de passageiros no trecho, quando foram suprimidos. Hoje o ramal está abandonado, com promessas de reativação nunca cumpridas pela atual concessionária do trecho, a Ferroban.
 
A ESTAÇÃO: Em 01/10/1906, a Mogiana lavrou um contrato com o coronel Francisco Schmidt, o Rei do Café, para a construção de um desvio para a sua usina de açúcar, com um custo de Rs. 12:000$000. Com isso, menos de dois meses depois, foi entregue o trecho até Vassoural, onde estava a usina, onde foi inaugurada uma estação com o seu nome.

Porém, a entrega definitiva das obras deu-se somente em 31/03/1907, tendo sido construído nesse período o abrigo do material rodante, casas para o pessoal e o desvio para a usina. Francisco Schmidt, que emprestou o nome à estação, era um dos maiores fazendeiros de café no Brasil.

Em 1913, foi iniciada a ligação dessa estação com a estação de Pontal, da Cia. Paulista, sendo esta uma das ligações entre as duas ferrovias feitas para cumprir o acordo de 1911 que dava fim aos problemas de invasões de zona privilegiada, por ambas as partes, e que
já vinha se arrastando havia mais de trinta anos.

Em 1914, esse trecho foi inaugurado pela Mogiana, com 7,181 km. Essa ligação era curiosa: o trem vinha de Sertãozinho, entrava na estação, recolhia e deixava passageiros e recuava para antes dela, tomando agora sim, o ramal que era a ligação para Pontal.

Em 1939, passou a correr de Pontal a Ribeirão uma litorina construída nas oficinas da Mogiana.

A estação, que na época dentro da fazenda, foi desativada nos anos 1970; em 1986, estava alugada pela Cia. Agrícola Sertãozinho, que administrava a fazenda.

Tanto as casas da fazenda quanto a estação estavam em bom estado em 2011 e podiam ser visitadas por interessados. A linha em frente à estação foi retirada, o tráfego do ramal passou a seguir direto para Pontal, sem o avanço e recuo em Francisco Schmidt. Desta estação, o trem seguia para a estação de Pontal, terminal do ramal do mesmo nome, da Cia. Paulista, para baldeação.

O prédio servia como residência particular, pois está fora dos limites da fazenda, distando de sua sede cerca de 500 metros. Um pouco à frente, onde era o final dos trilhos que iam até a estação, ficam os armazéns de açúcar e a casa do telegrafista, ainda preservados mas aparentemente fechados.

Em 2011, a estação continuava bem conservada. Aparecem pilhas de dormentes à sua frente (ver foto abaixo), por causa de uma recuperação em toda a linha do ramal feita pela FCA.

AO LADO: Francisco Schmidt, data e autor ignorados).

ACIMA: Esquema do pátio de Francisco Schmidt em novembro de 1968 (Clique sobre a figura para ter maiores informações) (Acervo Museu da Companhia Paulista, Jundiaí, SP - Reprodução Caio Bourg).

TRENS - Os trens de passageiros pararam nesta estação de 1906 a 1976. Na foto à esquerda, uma litorina está na estação de Pontal, terminal do ramal. Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre esses trens. Veja aqui horários em 1964 (Guias Levi).
Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Rodrigo Flores; Caio Bourg; Acervo Museu da Companhia Paulista, Jundiaí; Revista Fazendas, 1996; O Diário da Manhã, Ribeirão Preto, 1910; Cia. Mogiana: relatórios oficiais, 1890-1969; Cia. Mogiana: listagem oficial de estações, 1937; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação de Francisco Schmidt em 1986. Foto do relatório da Fepasa, desse ano

A estação em 1996. Foto da revista Fazendas
no. 1

A estação, em 20/02/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação, em 20/02/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação, em 20/02/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht

O armazém de café, à direita, e a casa do telégrafo, em 20/02/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 13/8/2011. Foto Rodrigo Flores
   
     
Atualização: 21.04.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.