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Rincão
Guatapará
Guarani (até 1930)
Guarani-nova (após 1930)
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Saída para o ramal de Monteiros (CM):
Guatapará-CM
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Tronco CP-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2005
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Cia. Paulista de
Estradas de Ferro (1901-1971)
FEPASA (1971-1998) |
GUATAPARÁ
Município de Guatapará, SP |
Ramal do Mogi-Guaçu - km
Linha-tronco - km 296,997 (1958) |
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SP-1973 |
Altitude: 506 m |
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Inauguração: 30.12.1901 |
Uso atual: abandonada (2017) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1968 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha-tronco da Cia. Paulista foi aberta com seu primeiro trecho,
Jundiaí-Campinas, em 1872. A partir daí, foi prolongada até Rio Claro,
em 1876, e depois continuou com a aquisição da E. F. Rio-Clarense,
em 1892. Prosseguiu por sua linha, depois de expandi-la para bitola
larga, até São Carlos (1922) e Rincão (1928). Com a compra da seção
leste da São Paulo-Goiaz (1927), expandiu a bitola larga por suas
linhas, atravessando o rio Mogi-Guaçu até Passagem, e cruzando-o de
volta até Bebedouro (1929), chegando finalmente a Colômbia, no rio
Grande (1930), onde estacionou. Em 1971, a FEPASA passou a controlar
a linha. Trens de passageiros trafegaram pela linha até março
de 2001, nos últimos anos apenas no trecho Campinas-Araraquara. |
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A ESTAÇÃO: A vila
de Guatapará existe desde 1865, originada em terrenos da fazenda
do mesmo nome, nome de um cervo manchado da região, hoje extinto.
Em 22 de setembro de 1886, a Paulista inaugurou uma "estação", um
porto em sua linha de navegação fluvial recém-aberta, também chamada
de Guatapará, aparentemente bem próximo da futura estação de
trem.
Esta, por sua vez, foi inaugurada em 1901, com a chegada dos trilhos
que eram parte do ramal do Mogi-Guaçu, que saía de Rincão
e mais tarde seria chamado de ramal de Pontal, ao mesmo tempo
em que se desativava o porto.
Em 1913, a estação foi escolhida para servir como um
dos três pontos de entroncamento com a Mogiana. Por isto, nesse
ano, esta última inaugurou a sua própria estação, ao lado da da Paulista. Guatapará passou a estar unida com Ribeirão Preto e
São Simão, na linha-tronco da Mogiana, pelo ramal de Monteiros.
A partir de 1929, com a definição do tronco novo da Paulista, de bitola
larga e do lado direito do rio Mogi-Guaçu, a estação passou
a fazer parte da linha-tronco, que se utilizou de parte do ramal
de Pontal.
Neste mesmo ano, a antiga ponte sobre o rio Mogi, de ferro, construída
em 1901 (ver na figura mais acima a discussão sobre esta data),
foi trocada por uma nova, rio abaixo e de cimento armado, como se
dizia naquela ocasião. A ponte velha, entretanto, permanece lá até
hoje.
A segunda ponte, com problemas na estrutura, foi substituída por uma
terceira, em 1968, e passou a atender somente automóveis, que passam
um de cada vez sobre ela.
Com a mudança da ponte, a linha, deslocada mais ainda rio abaixo,
foi deslocada de seu local original, para não ter de fazer uma curva
muito fechada; a Paulista, já estatal, construiu então uma nova estação,
pequena e feia, no novo leito, a cerca de 50 metros para trás da antiga.
A estação velha permaneceu ali, desativada, até cerca de 1984, quando,
já sem trilhos, foi derrubada, depois da negativa de se ceder o prédio
para a instalação de um centro cultural, a pedido dos moradores do
então bairro de Guatapará. Sem a antiga cobertura metálica
- esta, mandada para a estação de Tupã,
na Alta Paulista, quando da desativação da estação
original de Guatapará em 1968 - o prédio era
muito pequeno e estava servindo de abrigo sem as mínimas condições
de higiene para os mendigos que também vinham pela ferrovia.
A estação que lá estava lá pelo menos até 2005 é aquela
de 1968 e é um prediozinho horrível, que, em 1998, mantinha uma placa
com os dizeres: "Estação Ferroviária de Guatapará - mantida pela
Prefeitura Municipal". Em 2003, nem isto - o trem de passageiros
não passava lá desde março de 1998, e ele estava habitado por uma
família. Em 2017 estava abandonada.
O entroncamento com a Mogiana já não existia desde 1976, quando o
ramal de Monteiros - então já parte do ramal
de Guatapará - foi extinto, mas o velho prédio da Mogiana ainda sobrevivia, igualzinho ao que era oitenta anos atrás, também
então uma moradia. Além dele, à sua frente, havia um armazém
abandonado e uma casinha de fiscalização.
No local da estação, demolida desde 1984, existia então um espaço
vazio, ocupado para estacionamento de uns poucos caminhões que existiam
por lá, entre a praça principal e a estaçãozinha nova.
"O que fizeram com a estação original de Guatapará foi um
crime. Na verdade, um dos muitos contra as nossas ferrovias. Naquela
época, as pessoas se referiam à atual cidade de Guatapará como "o
Porto", pois ali mesmo, nas proximidades da ponte havia um atracadouro
por onde chegavam as mercadorias, trazidas por embarcações a vapor.
Era comum as pessoas dizerem: "Vou dar um pulo lá no Porto, ao invés
de falar Guatapará" (Coryntho Silva Filho, 08/2003).
Guatapará foi distrito de Ribeirão Preto até 1989, quando
emancipou-se, tornando-se município.
(Veja também GUATAPARÁ-MOGIANA
e FAZENDA GUATAPARÁ)
ACIMA: A provavel origem da cidade de Guatapará. Digo provável, pois não consegui ainda a confirmação que tel fato realmente tenha ocorrido, e na data citada (1885) (A Provincia de S. Paulo, 31/10/1885).
ACIMA: Locomotiva da Paulista chega por balsa
a Guatapará em setembro/outubro de 1901. Pode-se ver que não
havia ponte. A ponte, afinal, foi aberta em 1901 ou em 1903? (Revista
da Semana, 13/10/1901).
ACIMA: Os reis da Belgica (rei Alberto e esposa) desembarcam na frente da casa da fazenda Guatapará para ali permanecer por três dias em 1920. Gloria máxima para a Companhia Paulista e para a família Prado, Foram de trem especial na bitola métrica (tudo ali em volta ainda era bitola métrica nesta época) - CLIQUE SOBRE A FIGURA ACIMA PARA VER OS DETALHES DA VIAGEM E DA CHEGADA A GUATAPARÁ (O Estado de S. Paulo, 9/10/1920).
ACIMA: A ponte original da Paulista em Guatapará,
provavelmente por volta de 1920. Magnífica, ainda existe, embora
sem uma das cabeceiras e sem trilhos desde 1930 (Autor desconhecido).
ACIMA: Estradas de rodagem ligando Ribeirão Preto a cidades vizinhas, que também já tinham estações de trem, recebem melhorias feitas pela prefeitura (Correio Paulistano, 28/01/1928, página 12).
ACIMA: Trem da Mogiana na linha de bitola métrica junto
à estação de Guatapará, por volta de 1930.
À esquerda, vagões na linha da Paulista, que pode ou
não ser métrica, dependendo do ano da foto, pois a bitola
ali foi alterada para larga no início de 1930. A linha é
de bitola métrica (Acervo Museu do Café, Santos, SP,
reprodução Caio Bourg e Vitor Hugo Mori).
ACIMA: Da Folha da Manhã de 17/1/1953.
ACIMA: Mapa da parte urbana da cidade de Guatapará no encontro do ramal de Guatapará da Mogiana (leste-oeste) com o tronco da Paulista (esta estação aparece com o nome "Est" e a da Mogiana um pouco abaixo no encontro das linhas. O rio que aparece no canto ingerior esquerdo é o rio Mogi- Guaçu - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER MAIOR (IBGE, 1971)
ACIMA: Na estação de Guatapará, anos 1950 ou 60 (Foto atribuída a Camerini; foto colorizada).
ACIMA: Vista aérea das três pontes de Guatapará
em 2016: À esquerda, a ponte da linha atual, construida em
1968; a do meio, a ponte de 1930 e, à direita, a ponte de 1903,
abandonada (Google Maps, dezembro de 2016).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Coryntho Silva
Filho; Filemon Peres; Mario Sandrini; Rafael Correa; Caio Bourg; Vitor
Hugo Mori; Folha da Manhã, 1953; Acervo Museu do Café,
Santos; Cia. Paulista: Relatórios anuais, 1872-1969; Mapa -
acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 1916. A enorme cobertura da plataforma
foi mais tarde transferida para a estação de Tupã
e lá está até hoje. Foto Filemon Peres |
A estação em 1962. |
A horrível estação atual de Guatapará,
já sendo usada como moradia, e construída em 1968
para substituir a anterior, fora da linha por causa da mudança
de posição da ponte sobre o Mogi (17/11/1998).
Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 11/2003. Foto Mario Sandrini |
A estação em 12/2008. Foto Rafael Correa |
Estação em 29/7/2016. Autor desconhecido |
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Atualização:
12.04.2023
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