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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
...
Piragibu
Inhaíba
Brigadeiro Tobias
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Tronco EFS-1935

IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1998
...
 
E. F. Sorocabana (1926-1971)
FEPASA (1971-1998)
INHAÍBA
Município de Sorocaba, SP
Linha-tronco - km 89,776 (1931)   SP-0404
Altitude: 666 m   Inauguração: c.1927
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1927 (já demolido)
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
 
A ESTAÇÃO: Inaugurada em 1927, com a retificação e duplicação da linha da Sorocabana, e substituindo a antiga estação de
Inhaíba, colocada a cerca de 500 metros da nova, fora da linha.

"Da lavra de calcário à linha da Sorocabana havia uma linha de bitola de 60 cm em Inhaíba. Essa bitolinha chegava uns 6 m acima da linha da Sorocabana, onde suponho era para aproveitar o desnível e passar a carga para vagões da Sorocabana por gravidade - existe até hoje o muro de pedra. Na última vez que lá estive pude ver as poucas marcas deixadas por essa linha; dava para identificar um corte de terra em curva, um tanto estreito, típico para trens de 60 cm de bitola. E só" (Stênio Gimenez,
2006
).

O prédio da estação já foi demolido, antes de 1986, sobrando apenas a sua plataforma. O local em 2009 era constantemente usado como pátio de estacionamento de vagões e locomotivas da ferrovia, pelo fato de ainda existirem ali os desvios.

Em 2016, a linha foi abandonada.

(veja também Inhaíba-velha)

OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS: 1934 - Construção de reservatório


ACIMA: O famoso e saudoso Ouro Branco, parado na plataforma de Inhaiba em 1959. Esta também foi a única foto da estação que consegui (Foto da Revista Nossa Estrada, acervo Thomas Correa). Segundo Marcos Luiz da Silva, em 2014: "Eu estou nesta foto, o primeiro menino de calças curtas e camisa branca da esquerda para a direita sou eu aos 9 anos de idade, ao lado do meu Tio, Antonio de Deus Pires (já falecido), que na época tinha um bar e empório em frente à estação, além de minha prima Terezinha de Deus Pires, última da foto à direita. Esse trem era muito usado pelos poucos moradores do vilarejo para se deslocar para Sorocaba e principalmente pelas pessoas que trabalhavam na cidade de Aluminio na Cia Brasileira de Aluminio (Grupo Votorantim), percurso que fiz várias vezes também para estudar e trabalhar naquela cidade anos depois, quando passei a morar com minha familia em Inhayba de 1960 a 1971. Essa foto foi tirada pelo meu irmão mais velho, que era fotógrafo, a pedido do meu tio Antonio, devido a despedida da Professora que lecionava em Inhayba e morava em Sorocaba e era muito querida pelos pais de alunos que frequentavam a Escola Mista de Vila Nova. A Professora era Diva Gataz Matiello (na foto ao lado do meu tio de terno branco), lembro-me do nome dela como se fosse hoje apesar de não ter sido aluno dela, mas simplesmente pelo fato de minha prima falar muito dela por ser aluna e gostar demais dela. Era o fim do ano letivo de 1959. Em relação à estação, demolida em 1998, lembro-me com saudades dos Guichês onde se comprava as "passagens", feito de madeira imbuia negra, bem como o aparelho de telégrafo da mesma madeira. O banco no saguão de espera era um banco de madeira pintado de verde escuro fixado em estrutura de ferro fundido, como um banco de jardim. Onde na foto está o trem e as pessoas, bem ao lado no meio da plataforma de embarque, havia um bar e lanchonete e quando os trens paravam na estação, os passageiros desciam do trem para comprar lanches, doces e refrigerantes (sem gelo, porque não havia energia elétrica). A noite, a estação era iluminada por lampiões de querosene".

ACIMA: Em 2021, passagem de nivel da estrada que dava acesso à estação de Inhayba (Foto Luiz Fernando de Andrade Figueiredo em 5/6/2021).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Marcos Luiz da Silva; Eric Mantuan de Carvalho; Adriano Martins; Lourenço Paz; Stênio Gimenez; Thomas Correa; Nossa Estrada, 1959; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1900-69; IBGE, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A plataforma e placa da demolida estação de Inhaíba, em 20/7/1998. Acervo Lourenço Paz

O mesmo local, em 9/2001. Foto Adriano Martins

Plataforma, placa da estação e poste de eletrificação, tudo sem uso e resistindo ao tempo em 8/2009. Foto Eric Mantuan de Carvalho
     
     
Atualização: 17.06.2021
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.