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VXY Mogiana em MG
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Serra Azul
Ipaúna
Águas Virtuosas
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Saída para o ramal de Ribeirão Preto: Capeva
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SPM-tronco-1950
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2004
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E.F. São Paulo-Minas (1907-1971)
FEPASA (1971-c.1990)
IPAÚNA (antiga SERRINHA)
Município de Serra Azul, SP
Linha-tronco - km 33,412 (1960)   SP-2075
km 43,252 (de Ribeirão Preto)   Inauguração: 1907
Uso atual: demolida   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
 
 
HISTORICO DA LINHA: As origens da E.F. São Paulo-Minas remontam a 1891, quando um médico da cidade de São Simão resolveu construir uma linha (Cia. Melhoramentos São Simão) que seguisse do centro até a fazenda Santa Maria. A empresa fechou em 1895, mas foi sucedida pela V. F. São Simão, em 1897. Esta se tornou em 1902 a E.F. São Paulo-Minas, quando passou a sair da estação de Bento Quirino e não mais do centro, sendo abandonada a linha que ligava este a Santa Maria, muito mais longa. A linha atingiu seu ponto máximo em 1911, quando alcançou São Sebastião do Paraíso, em Minas. A empresa mudou de donos mais vezes, até que em 1930, em dificuldades financeiras e dois anos após implantar um ramal de Serrinha (Ipaúna) a Ribeirão Preto, foi encampada pelo Estado. Em 1968, passou a ser administrada pela Mogiana, que fechou o trecho entre São Simão e Ipaúna. Em 1971, a SPM foi uma das cinco empresas fundidas para formar a Fepasa. Trens de passageiros correram até 1976. Atualmente a linha, de Ribeirão Preto até São Sebastião do Paraízo, está abandonada em quase toda a sua extensão.
 
A ESTAÇÃO: A estação foi aberta em 1907, como Serrinha. Esta estação tinha este nome porque, embora distante mais de cinco km, atendia o distrito do mesmo nome, que pertencia a Cravinhos. O distrito teve, mais tarde, o nome alterado para Serrana, e daí passou a município. Nessa altura, já tinha sua estação (Serrana, do ramal de Cravinhos, da Mogiana).

Mais tarde, Serrinha foi incorporada ao município de Serra Azul.

Em 1928, passou a ser ponto de entroncamento com o ramal de Ribeirão Preto, inaugurado pela SPM nesse ano. Durante os anos 1940, o seu nome foi alterado para Ipaúna, mas o nome Serrinha permaneceu entre os ferroviários e os usuários por muito tempo.

Depois da desativação, em 1968, da linha que vinha de Bento Quirino, a estação foi perdendo sua importância.

Em 1986, sobrava apenas a carcaça da cobertura da plataforma, sem telhas, com o prédio, ao lado, em ruínas, como mostra a foto pequena, ruim, de 1986 (relatório de instalações fixas da Fepasa), mostra esses restos.

Alguns anos mais tarde, uma retificação da linha tirou os trilhos do local. Ipaúna fica do
lado norte da estrada que liga Ribeirão Preto a Cajuru, a uns duzentos metros do asfalto. É hoje um local abandonado, um deserto no meio de um imenso canavial, com as ruínas de uma plataforma que não lembra de forma alguma todo o movimento que um dia teve e que pode ser visto nas fotografias mais antigas.

CLIQUE AQUI PARA VER O ÍNDICE DAS ESTAÇÕES DA SPM EM VÁRIAS ÉPOCAS

ACIMA: Comboio em frente à estação de Serrinha, provavelmente anos 1930 (Acervo Museu do Café, Santos, reprodução: Caio Bourg).

ACIMA: Bifurcação de linhas em Serrinha/Ipaúna, possivelmente anos 1940/50. Ficava, pelo aspecto da foto, um pouco à frente do pátio, pois não se vêem desvios (Autor desconhecido).

ACIMA: Estação e parte do pátio de Serrinha/Ipaúna, possivelmente anos 1940/50. (Autor desconhecido).

ACIMA: Acidente no cruzamento de trens no pátio de Serrinha/Ipaúna, em 1949 (Autor desconhecido).

ACIMA: Na estação de Ipaúna - ainda Serrinha -, sem data e autor desconhecido.

ACIMA: Desolação: isso foi o que sobrou da plataforma coberta de mato, com a caixa d'água ao fundo, em 15/06/2000 (Foto Ralph M. Giesbrecht).
A reconstrução do ramal de Serrinha, fechado desde 1930, quando o Estado ficou com a SPM por causa da falência dos proprietários, foi difícil, pois foi retomado durante a guerra, quando até o transporte de madeira para a fabricação de dormentes era complicada, por falta de combustível: "A reconstrução do ramal de Serrinha-Ribeirão Preto foi, nos últimos meses, acelerada em virtude da afluência de maior número de dormentes e isto tão somente depois de um período de ingentes esforços da Diretoria no sentido de interessar os possuidores de matas a equipar pessoal, ferramentas e transportes indispensáveis à sua extração. Esses trabalhos, iniciados em 15 de julho de 1942, foram atacados nos dois sentidos: Ribeirão Preto-Serrinha e Serrinha-Ribeirão Preto. O primeiro trecho já alcançou o km 9 e o segundo o km 27. Restam, portanto, apenas 18 quilômetros dos 38 que existiam por reconstruir".
1944
AO LADO:
Extraído fr (A Vida Administrativa de São Paulo em 1943, relatório apresentado ao Pres. Getúlio Vargas pelo Interventor Federal Fernando Costa, IOESP, 1944, p. 179.
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Fernando Túbero; Caio Bourg; Acervo Museu do Café, Santos, SP; A Vida Administrativa de São Paulo em 1943, Fernando Costa, IOESP, 1944; Revista de Ferreomodelismo, Frateschi, 1990; Relatório de Instalações Fixas, Fepasa, 1986; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Ainda como Serrinha, com a locomotiva. Foto sem data. Acervo Ralph M. Giesbrecht

A estação de Serrinha com o trem manobrando, sem data. Foto de Fernando Túbero, Revista de Ferreomodelismo, Frateschi, no. 7, 1990

A estação, sem data. Foto de Fernando Túbero, Revista de Ferreomodelismo, Frateschi, no. 7, 1990

À esquerda, a desolação da plataforma coberta abandonada. Relatório de Instalações Fixas, Fepasa, 1986.
À direita, a caixa d'água, em 15/06/2000. Fotos Ralph M. Giesbrecht
     
Atualização: 23.04.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.