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Barueri
Jardim Belval
Jardim Silveira
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Tronco EFS-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2011
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E. F. Sorocabana
(anos 1960?-1971)
FEPASA (1971-1994)
CPTM (1994-) |
JARDIM
BELVAL
Município de Barueri, SP |
Linha-tronco - km 29 |
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SP-2175 |
Altitude: - |
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Inauguração: anos
1960? |
Uso atual: estação de trens metropolitanos |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1983 |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana
foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875,
até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu
Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS
construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em
1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência.
Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo
paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival
Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas
pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa
da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando
a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho
inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno,
desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio.
Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado
por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco
até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban,
sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: A data de inauguração
da estação do Jardim Belval é um mistério;
ela nunca apareceu, por exemplo, nos relatórios oficiais da
Sorocabana, o que me levou a crer que ela teria sido implantada somente
nos anos 1970, já sob a Fepasa, que, aliás, colocava-a
no km 29.
Porém, o relato de Narciso de Queiroz, em
julho de 2003, mostra outra história: "Minha avó morou
no Belval por mais 40 anos e eu todas as semanas ia para lá. Quando
minha mãe se casou em 1966 a recepção foi em casa de minha avó. Os
convidados embarcaram no trem-unidade japonesa, no último carro
na Júlio Prestes. Na parada de Belval cabiam somente 4 carros
e meio na plataforma e certamente este trem estava com 9 carros, pois
me lembro de minha tia comentando até há pouco tempo - ela
faleceu há pouco tempo - que pulou na passagem de nível. Somente
comando de 3 unidades dos Toshibas ocupavam a passagem de nível ao
estacionar na estação.
Minha mãe sempre desceu no Belval para visitar
minha avó e eu me lembro desde muito pequeno dos finais de
semana que passava por lá. Antes dos trens japoneses, somente os 'paus-de-arara'
passavam de Barueri. A unidade americana, 'Carmem Miranda', chegava
somente a Barueri, segundo minha mãe. Meu pai foi chefe de trem na
Sorocabana e Fepasa e sempre comentou sobre o Jardim Belval pedestres.
Era muito pequeno para precisar o ano, mas era na transição Sorocabana/Fepasa.
Em 1984 ingressei na Fepasa (CFT) onde permaneci até 1995. Trabalhava
em estação de cargas e nos livros da estação (G1) constava a parada
Belval de longa data".
A estação de Jardim Belval
fica em frente ao quartel de suprimentos do exército. Bem próxima
à estação, uma casa dos anos 1920, muito bonita,
foi a sede da Cerâmica e Olaria Belo Vale, daí o nome
do bairro.
Hoje a casa é o museu da cidade de Barueri. Quanto à
estação, uma mais moderna foi entregue em 11/03/1983 e serve hoje
aos trens urbanos da CPTM.
CLIQUE
AQUI PARA VISUALIZAR A ESTAÇÃO VISTA DO SATELITE
ACIMA: Bar do Alziro, na Vila Nova, em 1954, depois
Jardim Belval (Autor desconhecido).
A situação
do bairro e de sua estação em 1976 era relatado
nos jornais da época: "O completo estado de abandono
a que ficou relegada a estação ferroviária
do quilômetro 29, Jardim Belval, em Barueri, SP vem recebendo
críticas e reclamações dos usuários
dos trens de subúrbio da FEPASA. A plataforma de embarque,
não raro a sujeira reinante, vive às escuras.
Os 6 mil trabalhadores que dela se utilizam nos períodos
da noite e madrugada, correm sérios riscos de acidentes
e principalmente assaltos. Nem mesmo os estudantes viajam de
trem, porque temem acontecimentos dessa natureza. Não
há telefone público no local. O que existe sim,
é mais um problema: o da passagem de veículos
sobre os trilhos da estrada de ferro. Frequentemente os carros
ficam danificados em consequência da precariedade da passagem.
As ruas que demandam à estação, entretanto,
não são asfaltadas e tampouco iluminadas, com
exceção da via principal. Nos dias de chuva, os
ônibus não conseguem trafegar, o que agrava ainda
mais o sofrimento dos moradores do esquecido bairro do Jardim
Belval, em Barueri"
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1976
AO LADO: Como era o bairro
(Folha de S. Paulo, 14/12/1976).
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ACIMA: Atrás da estação,
próxima a ela, o antigo prédio da olaria Belo
Vale, em 27/03/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht
AO LADO: A difícil situação da estação
em 1976, antes da construção da atual (Folha
de S. Paulo, 14/12/1976).
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(Fontes: Ralph
M. Giesbrecht, pesquisa local; Narciso de Queiroz; Folha de S.
Paulo, 1976; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1900-69;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Fachada da estação, em 21/05/1998. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
Plataforma da estação, anos 1990. Foto cedida
por William Gimenez
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Atualização:
20.01.2019
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