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VXY Mogiana em MG
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Inúbia
Lucélia
Adamantina
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Tronco oeste CP-1970

IBGE-1973
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 1977
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Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1950-1971)
FEPASA (1971-1998)
LUCÉLIA
Município de Lucélia, SP
Linha-tronco oeste - km 605,304 (1958)   SP-2277
Altitude: 444,140 m   Inauguração: 20.04.1950
Uso atual: Centro cultural (2022)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1950
 
 
HISTORICO DA LINHA: O chamado tronco oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até o rio Paraná, foi constituído em 1941 a partir da retificação das linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú (originalmente construído pela Cia. Rio-clarense e depois por pouco tempo de propriedade da Rio Claro Railway, comprada pela Paulista em 1892), de Agudos e de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã, foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná, onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976, já com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado, suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998 operados pela Ferroban, seguiram trafegando pela linha precariamente até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Lucélia foi aberta em 1950 pela Cia. Paulista de Estradas de Ferro. A cidade já existia desde 1939, sendo que cinco anos depois já era município autônomo (Ver caixa abaixo, de 1942).

A estação, uma construção de madeira, estava em 2001 totalmente abandonada, sem portas e janelas, servindo de moradia para andarilhos (Fábio Vasconcelos, 12/10/2001).

"A estação de Lucélia foi muito movimentada algum tempo atrás. Lembro-me que há mais de 25 anos atrás, quando eu ia visitar minha avó e tios, que a estação estava sempre cheia. Quando o trem chegava, tinha sempre taxistas, charreteiros e até õnibus, para pegar os passageiros. Na bilheteria, funcionavam às vezes dois guichês de uma vez. A sineta funcionava perfeitamente ,quando o trem partia de Osvaldo Cruz ou de Adamantina, logo ela disparava; pronto, nós já sabíamos, o trem estava a caminho. Tudo isso foi decaindo, os funcionários diminuindo, até que a estação fechou, só sobraram os quadros no saguão de espera com os horários e preços de passagens, depois nem isso, os desvios foram sendo retirados, o grande armazém foi o primeiro que sumiu e o mais temível: os trens passaram pela última vez e não voltaram mais. Em abril de 2006, fui até lá para ver como estava. Os trilhos com bastante ferrugem quase já não se viam, pois o mato estava muito alto, a estação nem se fala, não pude nem me aproximar pois estava cheia de mendigos e bastante danificada, uma tristeza só" (Artur F. da Silva, 2006).

A estação, cujo prédio é acoplado com o ex-armazém ferroviário, foi muito bem restaurada e entregue em julho de 2008 pela Prefeitura de Lucélia, sendo utilizada como centro cultural.

Em julho de 2022 a estação estava sendo palco de aulas de música (ver caixa abaixo, de 2022).

1942
AO LADO:
O que se esperava para a cidade de Lucelia em 1942 - CLIQUE SOBRE O ARTIGO PARA VÊ-LO INTEIRO (Correio Paulistano, 11/3/1942).
ACIMA: A ALCO da antiga Paulista, então FEPASA, em 22/3/1975 (Foto José R. Pascon). ACIMA: A estação, finalmente restaurada, entregue em julho de 2008 (Foto do álbum Também Amo Lucélia, Orkut).

ACIMA: A estação, finalmente restaurada, entregue em julho de 2008 (Foto do álbum Também Amo Lucélia, Orkut).

ACIMA: O prédio da estação parecia sem uso, porém nesse dia estava acontecendo uma aula de música ali, onde tem a porta aberta (Foto João Antonio Mantovani em julho de 2022).

ACIMA: O prédio da estação parecia sem uso, porém nesse dia estava acontecendo uma aula de música ali, onde tem a porta aberta (Foto João Antonio Mantovani em julho de 2022).

(Fontes: Tadeu Larsen; Douglas F. Hidalgo; Artur F. da Silva; Silvio Rizzo; José R. Pascon; Nelson Silva; Hermes Y. Hinuy; Fábio Vasconcelos; Adriano Martins; Rafael Correa; Orkut: Também Amo Lucélia, 2008; Cia. Paulista: Relatórios anuais, 1950-69; IBGE, 1973; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação de Lucelia (esquerda) em 1953. Acervo Tadeu Larsen e Douglas F. Hidalgo

Fachada da estação de Lucélia em 1989, "no horário que passava o saudoso trem PP-8 pra São Paulo". Foto e comentário Artur Silva

A estação de Lucélia nos anos 1990. Foto Artur F. da Silva

A estação de Lucélia nos anos 1990. O trem PP8 está partindo para São Paulo. Foto Artur F. da Silva

A estação em 21/12/1993. Foto Hermes Y. Hinuy

A estação abandonada, em 12/10/2001. Foto Fábio Vasconcelos

A estação abandonada, em 12/10/2001. Foto Fábio Vasconcelos

A estação em 20/12/2001. Foto Hermes Y. Hinuy

A estação em 20/12/2001. Foto Hermes Y. Hinuy

Estação de Lucélia, em 02/2004. Foto Adriano Martins


A estação em 11/2008. Foto Rafael Correa


Estação em 1/2011. Foto Nelson Silva

A estação em 29/7/2016. Foto Silvio Rizzo

A estação de Luceli ainda bem conservada em julho de 2022. Foto João A. Mantovani
   
     
Atualização: 19.08.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.