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Taguaúna
Passos
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ramal de Passos - 1950
Guia Levi - 1941
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2006
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Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1921-1971)
Fepasa (1971-1998) |
PASSOS
Município de Passos, MG |
Ramal de Passos - km 173,782 (1938) |
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MG-2500 |
Altitude: 728 m |
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Inauguração: 11.12.1921 |
Uso atual: centro de memória (2014) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1921 |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Passos foi inaugurado em seu primeiro trecho de 15 quilômetros
ligando Guaxupé a Guaranésia, em 1912. Foi sendo prolongado
aos poucos, chegando a Passos, onde terminava, somente em 1921. Em
fevereiro de 1977, o tráfego de passageiros foi eliminado,
sobrando os cargueiros, que, com o tempo, passaram a atender somente
ao carregamento de cimento da fábrica de Itaú de Minas,
e vindo não por Guaxupé, mas por São Sebastião
do Paraíso, ali chegando pela antiga linha da São Paulo-Minas.
Com isso, o trecho entre Guaxupé e S. S. Paraíso foi
abandonado, e teve os trilhos retirados por volta de 1990. O trecho
entre Paraíso e Itaú de Minas ainda tem seus trilhos,
mas as cargas de cimento deixaram de circular já há
anos e o abandono da linha é total. O trecho final até
Passos teve também os trilhos retirados. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Passos foi inaugurada como estação terminal
do ramal que leva seu nome, em 1921. Foi ativa pelo menos até
1977, quando cessaram de correr os trens de passageiros do ramal.
"Creio que não contarei nenhuma novidade a você, mas esta
fotografia dos anos 1920 me entusiasma pelo seu potencial documental
da tipologia arquitetônica das estações da Mogiana. Não sei se o tipo
ou padrão arquitetônico desta estação poderia ser o segundo, terceiro
ou quarto padrão adotado pela Mogiana, mas note que: A) é exatamente
o mesmo padrão (desenho, dimensões, detalhes ornamentais, etc. de
inúmeras outras estações da Mogiana, como por exemplo as estações
do trecho Campinas-Jaguariuna da ABPF, construídas após retificações
da linha, substituindo outras de padrão mais antigo, de alvenaria
de tijolos à vista (Carlos Gomes-velha, por exemplo, e Desembargador
Furtado-velha), evidenciando a importância que a arquitetura dos seus
prédios tinha para a própria empresa; B) o mais importante: apresenta
muito bem o padrão de modulação desse padrão ou tipo de estação, com
um corpo central que abriga as acomodações básicas (provavelmente
sala do chefe, saguão, etc.) e que pode ser acrescido de extensões
conforme necessário em cada localidade; este caso parece exemplar
justamente porque mostra muito bem o núcleo ou módulo central, mais
elevado que o resto, e um acréscimo (não necessariamente feito depois,
pode ter sido edificado na mesma época do núcleo) de um dos lados,
porém sem um equivalente simétrico do outro. Por ai vê-se claramente
a previsão de que o prédio inicial pudesse ser aumentado; C) o formato
e decoração das janelas, a decoração dos panos das fachadas, enfim,
toda a 'cara' das fachadas foi intensamente copiado na arquitetura
civil, exemplificando a influência que a arquitetura ferroviária exerceu
sobre o 'gosto', a referência estética que criou para toda a população.
Isto é apenas mais um dos muitos aspectos em que a ferrovia definiu
muito do caráter da nossa cultura, e esta foto permite percebê-lo
muito bem" (Júlio Moraes, 09/2007).
Consta que a linha de Passos
seria prolongada até a cidade de Piumhy e que há
cortes nos morros até hoje feitos sem que os trilhos jamais
tenham sido colocados. Há mapas da época que mostram o percurso planejado que ligaria as duas cidades.
Em 1986, estava já "fechada e em mau estado",
segundo o relatório da Fepasa, "mas com todas portas
e janelas ainda lá", como se isso fosse uma grande
virtude.
A situação havia mudado em 2001: "Tanto o prédio
da estação quanto o do antigo armazém estão
em muito bom estado, e uma placa de inauguração indica
que eles funcionam como centro de memória da cidade, o que
não pudemos verificar, pois devido ao feriado estava tudo fechado.
Os trilhos realmente já foram retirados" (Rossana
Romualdo, 07/2001).
No finalzinho de 2006, eu finalmente visitei o local com a minha esposa Ana Maria,
que ia fotografando enquanto eu olhava tudo aquilo. Um enorme pátio,
digamos, gramado, e do outro lado algumas casas de turma. Nem sombra
de trilhos; alguns restos de guias originais de ruas do centro (granito?)
jogadas por ali. A estação, mais ou menos: era usada
como uma espécie de centro de memória, ainda, mas há
madeiras em mau estado. O prédio era muito bonito, bem estilo
Mogiana anos 1920-40. Ficava meio afastado da cidade, aquilo certamente
era o limite da zona urbana em 1921 quando o trem chegou. Um belo
lugar, mas então já cercado de área urbana. Ao
longe, no final do pátio, casas que pertenceram a uma usina
que ficava fora da cidade. Um ou outro depósito. Os postes
da estação eram de ferro fundido, havia diversos, mas
estavam sem as esferas de vidro para iluminação. Fazia
falta um trem chegando ali, como era até 1977, buzinando com
as diesel e mais antigamente, apitando com o som das vaporosas que
certamente ecoava ao longe.
Em 2014, o prédio ainda era um centro de memória, mas bastante abandonado
em sua conservação: "O espaço foi inaugurado
em 1994 e desde então, nenhuma reforma ou manutenção foi feita no
prédio. Rachaduras, umidade nas paredes, fiações expostas, lâmpadas
queimadas e com mau contato, computadores que não funcionam e o mais
preocupante: todo o acervo está se deteriorando. 'Tudo que você precisa
saber de Passos precisa consultar aqui, mas não tem nada para preservar,
fotos, documentos, tudo está sendo consumido por carunchos', diz um
frequentador" (G1 Sul de Minas, 24/4/2014).
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1917
AO LADO: O que estava dificultando a continuação do ramal até Passos parece ter sido destravado. O que teria havido, realmente? Quanto à estação, foi apenas erigida em 1922, cinco anos após a reportagem previa (O Estado de S. Paulo, 6/1/1917).. |
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1917
AO LADO: Será que agora o prolongamento sairia? (O Estado de S. Paulo, 23/1/1917).. |
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1920
AO LADO: Passos queria muito a continuação do ramal até a cidade. Também nunca saiu (Folha de S. Paulo, 24/2/1920). |
1922
AO LADO: Mapa da Mogiana em 1922, mostrando o ramal Pratapolis-Santa Rita de Cassia, projeto dos anos 1910-20. Quanto ao ramal Passos-Piumhy, da mesma época, já não aparece. A cidade de Piumhy está no canto direito superior do mapa. |
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1929
AO LADO: Queria-se unir a Mogiana a Garças,
na EFOM. Nunca saiu (Folha de S. Paulo, 18/4/1929).
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1938
AO LADO: A fábrica de cimento, que realmente utilizou
o ramal para transporte do material até a capital paulista,
ainda funciona nos dias de hoje. O transporte, no entanto,
acabou nos anos 1980. Quanto à estrada de ferro sugerida
pelo prefeito, no mesmo artigo, esta jamais foi construída
(O Estado de S. Paulo, 10/9/1938).
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1939
AO LADO: O cimento saía pela Mogiana e seguia para Belo Horizonte em algum entroncamento com a RMV. Seria em Guaxupé, depois via Tuiuti (Jureia) e Tres Corações?
(O Estado de S. Paulo, 22/4/1939). |
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ACIMA: Construções da ferrovia no pátio de Passos em 1986 (FEPASA: Relatório de Instalações Fixas, 1986).
ACIMA: Esquema do patio de Passos com as construções existentes em 1986 (E - estação, C - casa, CS - casa de serviço (?) e CD - caixa d'água) (FEPASA: Relatório de Instalações Fixas, 1986).
ACIMA: A estação, ao fundo, e
a caixa d'água em 2/2014 (Foto Tales Oliveira Campos
Cardoso).
(Fontes: Ralph Giesbrecht, pesquisa local;
Tales Oliveira Campos Cardoso; Ana Maria Linhares Giesbrecht; Gustavo
Torres; Rossana Romualdo; Alita Soares Polachini; Julio Moraes; Folha
da Manhã, 1929; G1 Sul de Minas, 2014; Cia. Mogiana: Relação
oficial de estações, 1937; Guia Levi, 1941; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Passos, anos 1920. Acervo Alita Soares
Polachini |
A estação em 07/2001. Foto Rossana Romualdo |
A estação em 07/2001. Foto Rossana Romualdo |
A estação em 27/12/2006. Foto Ana Maria Giesbrecht
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A estação em 27/12/2006. Foto Ana Maria Giesbrecht
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A estação em 27/12/2006. Foto Ana Maria Giesbrecht |
A estação em 2/2014. Foto Tales Oliveira Campos
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A estação em 2/2014. Foto Tales Oliveira Campos
Cardoso |
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Atualização:
08.07.2023
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