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E. F. Noroeste do
Brasil (1912-1975)
RFFSA (1975-1996) |
PORTO
ESPERANÇA
Município de Corumbá, MS |
Ramal de Porto Esperança - km 4,362
(1959) |
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MS-1648 |
Altitude: 80 m |
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Inauguração: 31.12.1912 |
Uso atual: desconhecido (2016) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Itapura
a Corumbá foi aberta a partir de 1912, entrte Jupiá
e Agua Clara e entre Pedro Celestino e Porto Esperança, deixando
um trecho de mais de 200 km entre as duas linhas esperando para ser
terminado, o que ocorreu somente em outubro de 1914. A partir daí,
a linha estava completa até o rio Paraguai, ao sul de Corumbá,
em Porto Esperança; somente em 1952 a cidade de Corumbá
seria alcançada pelos trilhos. Logo depois da entrega da linha,
em 1917, a ferrovia foi fundida com a Noroeste do Brasil, que fazia
o trecho inicial no Estado de São Paulo, entre Bauru e Itapura.
E em 1975, incorporada como uma divisão da RFFSA, foi finalmente
privatizada sendo entregue em concessão para a Novoeste, em
1996. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Porto Esperança foi inaugurada em 1912.
Era e foi por muitos anos o ponto final da linha-tronco da E. F. Noroeste
do Brasil. De Carandazal a Porto Esperança eram,
sem estações intermediárias, cerca de 38 km,
e na estação se tomava o vapor para subir o rio Paraguai
para se chegar a Corumbá e a Cuiabá, esta
muito mais longe. Até Corumbá era uma distância
de 78 km e um tempo de percurso por barco de 12 horas.
Em 1947, o barco que fazia essa ligação era o Fernando
Vieira, velha canhoneira da Guerra do Paraguai que foi adaptada
para o transporte de passageiros.
Também nessa época, o jornal O Estado de S. Paulo
descrevia Porto Esperança como "nada mais do
que um simples aglomerado de cabanas sobre estacas, não permitindo
o terreno trabalhos de urbanização. Perderá essa
cidade toda a sua atual significação quando se concluir,
em 1950, o prolongamento da Noroeste do Brasil até Corumbá".
Até 1952, dois anos mais tarde do que previa a reportagem,
quando foi aberta a linha entre Carandazal e Corumbá,
a situação não se alterou. A partir desse ano,
para se chegar a Porto Esperança, passou a ter de se
pegar um outro trem, numa linha de pouco mais de 4 km, que saía
da estação de Agente Inocencio, no tronco. Este
trem, pelo menos até os anos 1980, ainda existia.
A perspectiva de reativação do Trem do Pantanal entre
Campo Grande e Corumbá, a partir de 2005, pelo
Governo do MT e da Brasil Ferrovias/Novoeste, fez com que o jornal
O Estado de S. Paulo de 10/10/2004 publicasse uma reportagem
sobre a futura volta do trem. Ali fala sobre a situação
neste ano da vila de Porto Esperança: "Em Porto
Esperança vivem 72 famílias. Só três delas
têm casa de alvenaria. Em uma das outras, de madeira, moram
Francisco Inácio, de 44 anos, mulher e cinco filhos. Francisco
aluga barco para turista pescar. "Sobrevivo dos peixinhos do
rio". O fim do trem, em 1995, esvaziou o lugar (nota do autor
do site: o fim do trem de passageiros foi em 1992) "Muita gente
foi embora". Restou o rio, opara ir à cidade grande, Corumbá.
Subimos 8 km de barco para pegar o ônibus". Porto Esperança
não tem um posto de saúde. Não tem padaria, faz-se
pão em casa. Só uma escola primária e dois mercadinhos.
A luz chegou em 2001. Agora, só falta o trem. Corumbá
está a 78 km".
Porém, os cargueiros ainda chegam lá atravessando a
velha ponte de madeira, com minério de Corumbá.
Este é embarcado em navios que descem até Porto Barranqueira,
na Argentina, e de lá saem para o Japão.
A vida em Porto Esperança em 1945 (Folha da Manhã, 11/3/1945).
ACIMA: Pátio de Porto Esperança
em 1914. A pequena locomotiva puxa vagões no pátio (Acervo
Ralph M. Giesbrecht). ACIMA: A localidade de Porto Esperança,
às margens do rio Paraguai e à esquerda na foto de 1947 (Foto jornal "O Estado de S. Paulo", de 8/10/1947).
ACIMA: A localidade de Porto Esperança,
às margens do rio Paraguai e à esquerda na foto de 1947 (Foto jornal "O Estado de S. Paulo", de 8/10/1947).
ACIMA: Inundação no pátio
de Porto Esperança. Anos 1970 (Autor desconhecido).
ACIMA: Porto Esperança em 1929 (Alois Feichtenberger -. Acervo AF
MIS-GO)
(Fontes: Daniel Gentili; Ricardo Frontera; José
H. Bellorio; Acervo Ralph Mennucci Giesbrecht; Alois Feichtenberger
- Acervo AF MIS-GOO Estado de S. Paulo, 1947-2004; Museu Municipal
de Avaí; IBGE, 1959) |
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Pátio de Porto Esperança à beira do rio
Paraguai em 1913, em final de construção. Acervo
Ralph Mennucci Giesbrecht |
Estação de Porto Esperança em mais um dia
de inundação, em 1929. Acervo Museu Municipal
de Avaí |
A estação em 1940. Cessão Ricardo Frontera
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Estação de Porto Esperança, em 10/09/1976.
Foto José H. Bellorio
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Estação de Porto Esperança, em 10/09/1976.
Foto José H. Bellorio |
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Atualização:
25.12.2021
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