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E. F. Noroeste do
Brasil (1949-1975)
RFFSA (1975-1996) |
ITAUM
Município de Dourados, MS |
Ramal de P. Porã - km 225,626 (1959) |
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MS-1639 |
Altitude: 490 m |
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Inauguração: 18.05.1949 |
Uso atual: abandonada (2014) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A linha da
Noroeste que ligava Campo Grande à fronteira paraguaia - o
ramal de Ponta Porã - saía da estação
de Indubrasil, na linha-tronco e chegava a Ponta Porã, na fronteira
com o Paraguai. Demorou 9 anos para que o ramal ficasse pronto, chegando
primeiro a Maracaju em 1944, a Dourado em 1949 e somente em 1953 à
estação terminal. Sempre com pouco movimento, os trens
de passageiros foram um dos últimos a serem extintos pela RFFSA,
em junho de 1996, logo depois que a linha passou para a concessão
da Novoeste. A partir daí, a linha foi abandonada, nem cargueiros
a utilizam mais. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Itahum foi inaugurada em 1949 como ponta do ramal que então
terminava nessa estação, que, aliás, era originalmente
de madeira, como mostra a foto abaixo, de 1949.
Apenas em 1949 o ramal teve o tráfego aberto até a estação
de Ponta Porã.
Itahum fica no município de Dourados, cuja sede
não teve estação. A estação atual
é de alvenaria e está desativada pelo menos desde 1996,
quando acabou o trem de passageiros na linha.
"Em Dourados, foi estabelecida uma grande colônia agrícola
federal, criada em 1943 e implantada a partir de 1948, sendo que,
desde 1949, o referido município era servido pela estação
de Itaum, do ramal de Ponta Porã. Entretanto, o que não
é perfeitamente conhecido é a medida em que essa estação
serviu ao município de Dourados, vale dizer, a proporção
em que se podem atribuir à Noroeste os impulsos ao desenvolvimento
populacional e agrícola da região.
De antemão,
o que me sinto autorizado a afirmar é que a efetiva decolagem
da economia agríacola de Dourados prescindiu, em larga escala,
do ramal. A esse respeito, cabe desde logo assinalar a situação
relativamente desfavorável desse ramal, um tanto excêntrico
em relação ao núcleo agrícola constituído
pela CAND: essa colônia, de fato, estendeu-se a leste da cidade
de Dourados, enquanto a estação de Itaum foi estabelecida
cerca de 60 km a oeste da cidade.
De fato, pelo que se sabe, chegou
a ser encaminhada para Itaum grande parte da produção
agrícola do município de Dourados; em 1951, por exemplo,
um jornal douradense se referia aos milhares de caminhões que
trafegavam para Itaum, calculando que seriam necessárias "5000
viagens só para o escoamento da safra de algodão".
Nessas circunstâncias, não é de admirar que já
em 1954 fosse instalada em Dourados uma agência do Rodoferroviário
da Noroeste e que, em termos de rendas arrecadadas, essa agência
assumisse enorme destaque entre suas congêneres no Estado do
Mato Grosso. (...) As cargas também chegam a Dourados
pela estrada e ferro, via Itaum" (Uma ferrovia entre dois
mundos, Paulo Roberto Cimó Queiros, EDUSC, 2004).
A E. F. Sorocabana tinha um plano de atingir a cidade e o ramal da
Noroeste através do Pontal do Paranapanema, em São Paulo,
tendo construído o ramal de Dourados entre os anos de
1958 e 1965, mas atingindo apenas a cidade de Euclides da Cunha,
ainda longe da fronteira com o Mato Grosso. Dali o ramal nunca passou,
embora o nome dele tivesse sido conservado. O ramal, que partia de
Presidente Prudente, SP, foi desativado em 1988 e teve os trilhos
arrancados.
O trem de passageiros passou pela última vez em Itaum
em 01/06/1996. O último cargueiro passou em 2002 pela linha
e a estação estava abandonada em 2014, segundo Tarcio
Candiani e Paulo R. Cimó Queiroz, de Dourados, MS. |
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A estação na data de sua inauguração.
Como pode se ver pela foto, era um prédio de madeira,
diferente do atual de alvenaria. Acervo André de Bauru |
A estação, possivelmente nos anos 1960 (Acervo Paulo Mendes) |
A estação, c. 2004. Foto Paulo Portuga, cessão
Paulo Roberto Cimó |
A estação em 2014. Autor desconhecido |
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Atualização:
15.05.2018
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