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Conselheiro Laurindo
Nova Lousã
Mota Paes
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ramal de Pinhal - 1935
IBGE-1956
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1999
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Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1889-1960) |
NOVA
LOUSÃ
Município de Mogi-Guaçu, SP |
Ramal de Pinhal - km 19,225 (1937) |
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SP-0190 |
Altitude: 693 m |
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Inauguração: 01.10.1889 |
Uso atual: moradia (2009) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1889 |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Pinhal foi aberto em todas a sua extensão (37 quilômetros) em 1889,
partindo da estação de Mogi-Guaçu, no tronco da Mogiana, e chegando
até a estação de Pinhal, em Espírito Santo do Pinhal, perto da divisa
com Minas Gerais. Funcionou até 31/12/1960, quando foi extinto, ficando
os primeiros quatro quilômetros e meio servindo como desvio industrial
para a Refinações de Milho Brasil, em Mogi-Guaçu. Os trilhos foram
retirados somente em 1967, menos o desvio, que continuou por alguns
anos. |
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A ESTAÇÃO: Anos antes da inauguração da ferrovia e da estação, a colônia de Nova Lousã já se utilizava da Mogiana (como visto artigo no caixa abaixo, de 1875). Supõe-se que os gêneros alimentícios fossem carregados por carroças e outros veículos do gênero até Mogi-Mirim, onde os trens se encarregavam de carregar tudo até Campinas por via férrea.
Em 1889, a ferrovia chegou a Nova Lousã, no mesmo dia da abertura do ramal todo, construído pelo empreiteiro Nicolau Rehder. Era, na época, uma estação que rivalizava em importância com a de Pinhal.
"Eu
vou dar-lhes um quadro rapido e singello da Nova Louzã, aquela notável
colônia que é um dos mais nobres titulos de orgulho para a nossa provincia
(...) É o seu proprietario (...) meu excellente e velho amigo commendador
João Elisario de Carvalho Monte-Negro (...) Realmente não se descreve
a jovial perspectiva da Nova Louzã, para quem a sauda pela primeira
vez ao dar de face com aquelas casas alvejantes, aquelle soberbo pomar,
que a cerca por todos os modos, aquelle mimoso jardim odorifero, aquelles
comodos elegantes, aqulles engenhos, aquellas plantações, aquelles
riachos e tanques onde a formosa se está a mirar como noiva desmaiada
e tremula (...)
Da estrada que passa em frente ao estabelecimento, dominam-se as pastagens
cuidadosamente tratadas, e desce-se procurando a morada além sobre
uma outra elevação encantadora, depois de atravessar-se o caudaloso
corrego, Arouca (...) Duas vezes fomos à rua dos Bambus, uma avenida
belissima. Percorremos o laranjal e todo o mais arvoredo de fructas,
chegando enfim ao delicioso lago da Saudade, onde passamos instantes
embevecidos na observação de logares tão apraziveis e que prendem
a attenção não só pela formação natural dos terrenos, como pelos ornatos
que a arte e o bom gosto têm por alli distribuido a mãos largas (...)
Os cafezaes estavam luxuriantes de seiva e de forças. Deve ser muito
consideravel a sua actual colheita e muito maior a seguinte. Planta-se
tudo alli: o trigo, a cevada, o centeio, a mamona, a hortalice, os
legumes, etc,: há completa abundancia de viveres e não só do que é
propriamente preciso para a manutenção, mas ainda do que é mais para
lisongear o paladar que o estomago, como os fructos raros e exquisitos
(...) Vimos as novas construcçòes: commodos para tudo - capella, quarteis
de casados, dormitorios de solteiros, tulhas, celleiros, macchinas
de beneficiar café, olarias, terreiros, poço, lagar, lavanderia, etc,
e tudo nas melhores dimensões e tudo aceiado, largo, respirando conforto
e aconchego (...) Campinas, Francisco Quirino dos Santos, 11 de setembro
de 1879". Assim foi descrita a colônia, fundada pelo comendador
Montenegro em 06/02/1867. O relator do artigo, publicado no
Almanach Litterario de S. Paulo, de 1880, era irmão de Bento
Quirino, mais tarde presidente da Cia. Mogiana e nome de estação.
Aliás, o relator também se tornou nome de uma, na Ituana. S
Mais tarde, construiu-se, no lugar da antiga colônia, uma usina, um engenho central (veja caixa abaixo de 1891).
Em 31/12/1960, a estação foi fechada, juntamente com o ramal de
Pinhal (*RM-1961 e OESP, 1/1/1961). Depois, a usina
foi fechada, a vila praticamente morreu.
O local em 1999 parecia uma cidade-fantasma. Somente restava a paisagem,
ainda como era há 120 anos; a única cultura que existia por aquela
região era a de cana, em terrenos que então pertenciam à
Usina São João, de Araras. A antiga estação era usada
como moradia e estava completamente descaracterizada e cercada.
(Veja mais sobre NOVA
LOUZÃ)
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1875
AO LADO: Para alcançar a ferrovia em Mogi-Mirim por transporte rodoviário? (A Provincia de S. Paulo, 23/1/1876). |
1886
AO LADO: Começavam os estudos para a linha em Nova Lousã (A Provincia de S. Paulo, 13/10/1886). |
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1890
AO LADO: A estação ganha agencia de correio (O Estado de S. Paulo, 28/6/1897). |
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1891
AO LADO: A estação de Nova Lousã, com a usina Montenegro, causa modificações no horario dos trens de passageiros e o povo reclama - CLIQUE SOBRE O ARTIGO PARA LÊ-LO TODO (O Estado de S. Paulo, 28/1/1891). |
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1893
AO LADO: Próximo a Nova Lousã, o trem atropelou um corpo na linha (O Estado de S. Paulo, 12/7/1893). |
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1902
AO LADO: A estação de Nova Lousã e cercanias (O Estado de
S. Paulo, 9/4/1902). |
1941
AO LADO: A supressão do trem misto do ramal de Pinhal prejudicou os habitantes de Mota Paes e de Nova Lousã (O Estado de S. Paulo, 11/7/1941). |
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(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Douglas Razaboni; O Estado de S. Paulo, 1961; Cia. Mogiana: relatórios
anuais, 1875-1965; José M. Lisboa: Almanach Litterario de S.
Paulo, 1879; Cia. Mogiana: Relação oficial de estações,
1937; http://proerdpinhal. com.br; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 1910. Foto extraida do site http://proerdpinhal.com.br |
Totalmente desca-racterizada, a estação ainda
em pé em 14/09/1999. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Em 14/09/1999, atrás das árvores, a estação
de Nova Lousã. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 05/2009. Foto Douglas Razaboni |
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Atualização:
22.03.2021
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