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VXY Mogiana em MG
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Iacri
Parapuã
Oswaldo Cruz
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Tronco oeste CP-1970

IBGE-1973 - ced. Elly Jr.
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 1977
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Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1949-1971)
FEPASA (1971-1998)
PARAPUÃ
Município de Parapuã, SP
tronco oeste - km 577,617 (1957)   SP-2652
    Inauguração: 01.04.1949
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1949
 
 
HISTORICO DA LINHA: O chamado tronco oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até o rio Paraná, foi constituído em 1941 a partir da retificação das linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú (originalmente construído pela Cia. Rio-clarense e depois por pouco tempo de propriedade da Rio Claro Railway, comprada pela Paulista em 1892), de Agudos e de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã, foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná, onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976, já com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado, suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998 operados pela Ferroban, seguiram trafegando pela linha precariamente até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Parapuã, de madeira, foi inaugurada em 1949. Em 1986, estava em condição "regular", segundo o Relatório

ACIMA: 2011. A cobertura de plataforma, antes repleta de gente para ver os trens da Paulista, está perto de cair (Foto Denilson Credendio).

"Morei em Parapuã, meu pai era ferroviário. Morava exatamente nas casas da colônia ferroviária. Na época eu brincava constantemente na área da estação com outras crianças. Aí passei parte de minha infância e início de minha adolescência. Próximo ao pátio da estação havia um enorme gramado onde jogávamos futebol. Em frente às casas da colônia, havia um pomar com mangueiras, laranjeiras e outras árvores frutíferas. Muitas vezes ia até essa caixa d'água. Meu pai era portador e lembro-me bem de quando a estação fechou. Primeiro, fechou à noite; depois de um tempo, acho que no final de 1977, ela fechou definitivamente. Vivi aí por doze anos, é difícil esquecer. A estação ficava cheia de gente para ver o trem passar, tudo vinha por ele, dos malotes do correio até os rolos dos filmes para as sessões de cinema do Cine Parapuã. Até para ver os trens boiadeiros com suas gaiolas de gado as pessoas iam à estação. É muito triste ver todo esse abandono. Infelizmente é a identidade da gente sendo destruída" (Luiz, Araraquara, SP, 14/1/2012).

de Instalações Fixas da Fepasa, e ainda aberta. Em 2008 estava sendo ocupada por uma família e em mau estado de conservação. Em agosto de 2009, a estação de Parapuã estava já demolida: afastada da cidade, isso talvez tenha contribuído pra que ela se acabasse. Nota-se que parte foi demolida e parte foi incendiada, sendo que a velha placa insistia ainda em mostrar alguma coisa.
(Fontes: Denilson Credendio; Artur Silva; Luiz __; Hermes Y. Hinuy; Fabio Vasconcelos; Claudinei Cimiton; Rafael Correa; Museu da Cia. Paulista, Jundiaí; Cia. Paulista: relatórios anuais, 1930-69; FEPASA: Relatório de Instalações Fixas, 1986; IBGE, 1973; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação de Parapuã, ainda em construção, em 1949. Acervo Museu de Jundiaí

A estação, já mal conservada, mas ainda aberta e ativa, em 1986. Relatório de Instalações Fixas da Fepasa

A estação, ainda ativa, em 1986. Relatório de Instalações Fixas da Fepasa

Estação abandonada de Parapuã, em 30/08/2001. Foto Hermes Y. Hinuy

A estação em 12/10/2001. Foto Fabio Vasconcelos

A estação em 12/10/2001. Foto Fabio Vasconcelos

Plataforma da estação de Parapuã, em maio de 2002. Foto Claudinei Cimiton

A estação em 11/2008. Foto Rafael Correa

Após a demolição, sobrou apenas a plataforma e sua cobertura. Foto Artur Silva em 14/8/2009
     
Atualização: 22.01.2012
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.