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Areais
Piassagüera
Raiz da Serra
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SPR-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2003
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São Paulo
Railway (1902-1946)
E. F. Santos-Jundiaí (1946-1975)
RFFSA (1975-1997)
MRS (1997-) |
PIASSAGÜERA
Município de Cubatão, SP |
Linha-tronco - km 18,900 (1935) |
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SP-2685 |
Altitude: 5 m |
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Inauguração: 01.01.1902 |
Uso atual: demolida em 1965 |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1898 (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A
São Paulo Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira
estrada de ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862
e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus
maiores acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou
durante muito anos - até a década de 30, quando a Sorocabana abriu
a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros
de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro
funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946,
com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União
sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado
até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à RFFSA, e,
em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla.
O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas
o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as
TUES dos trens metropolitanos. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Piassagüera foi inaugurada em 1902. É necessário
se notar que, segundo a circular nro. 24, assinada pelo sr. Antonio
Fidelis, então chefe de tráfego da SPR, de 19/4/1899,
o
nome foi dado nessa data, ainda durante a construção,
iniciada em 1898. O seu nome até então estava definido
para ser "Raiz da Serra-nova", ou "Raiz-nova".
"Como o local era em uma região de mangues, a construção
de plataformas da Estação de Piassagüera causou
uma depressão em suas fundações que somente estacionou
quando a diferença de nivelamento atingiu meio metro. Isto
foi previsto pelos engenheiros e macacos de elevação
haviam sido montados sob a plataforma especialmente para
corrigir este problema. Além disto, optou-se por construir
o prédio da estação em madeira para alívio
do peso" (SPR-Memórias de uma Ingleza, M. Lavander/P.
Mendes, 2005).
Essa sua versão original ficava na área que mais tarde
foi sacrificada para a construção do pátio da
COSIPA.
Em 1964, o prédio velho já estava abandonado e parcialmente
desfigurado, pronto para a demolição, enquanto a estação
funcionava num barraco provisório ao seu lado (*Revista
Ferrovia, julho de 1964).
Nessa época a estação já era a terminal
de um trem de suburbios da EFSJ que vinha da estação
de Santos, no Valongo.
Uma versão nova foi construída em frente à siderúrgica
e chega quase debaixo do viaduto da estrada que liga a via Anchieta
ao Guarujá. Foi construída para ser a estação
inicial na subida para a linha da "serra nova", a que tinha
os planos inclinados e que hoje está em desuso, abandonada.
Nos seus desvios havia sempre uma quantidade enorme de vagões carregados
ou mesmo abandonados. É utilizada como pátio de manobras.
O que teria justificado a demolição da estação
em 1965? Falta de passageiros? Mas a COSIPA acabava de ser inaugurar
seu trem e havia ainda trens de passageiros para lá.
Da estação sai, desde 1977, o ramal que vai para Conceiçãozinha,
em Vicente de Carvalho, no Guarujá, e também
chega, desde 1990, o ramal que vem da Mairinque-Santos, da
estação de Paraitinga.
Ou seja: todas as composições de bitola larga, como
por exemplo, as DASH-9 da Ferronorte, que vem do Mato Grosso,
descem a serra pela Mairinque-Santos, entram por Paraitinga,
chegam em Piassagüera e daqui seguem para o Porto de Santos.
O prédio foi demolido em 1965, restando apenas a plataforma.
A MRS tem ali um pequeno prédio para monitoramento de manobras.
ACIMA: Torcida do Palestra Itália
- hoje Palmeiras - posa na estação ferroviária
de Piassaguera, com a Serra do Mar ao fundo, antes de seguir viagem
até Santos, onde o time enfrentaria o Santos F. C. pelo Campeonato
Paulista daquele ano (1917). O jogo terminou em 2 a 0 para
o Palestra (A Cigarra, foto publicada na edição de 11
de outubro de 1917. Acervo Paulo Castagnet)
ACIMA: Pátio de Piassaguera em cartão
postal de 1918.
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1923
AO LADO: Atropelamento na estação
(O Estado de S. Paulo, 25/2/1923).
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ACIMA: Na estação de Piassaguera, posa o chefe
da estação sobre a plataforma e, ao fundo, um vagão
frigorífico da Peixe, provavelmente anos 1930 (acervo
Thomas Correa).
ACIMA:
Trem de passageiros em Piassaguera (Acervo Ricardo Braga, foto de
1939).
ACIMA: Patio de Piassaguera em 1950 (Autor desconhecido).
ACIMA: Estação de Piassaguera
e viajantes posando sob a placa, provavelmente anos 1950 (Acervo
Lia Carrari).
ACIMA:
A estação provavelmente nos anos 1950 (Foto Paulo
Mendes).
ACIMA: Estupidez: início da demolição
do prédio da estação em 1965 (Autor desconhecido).
Por que existem
tantas fotografias tiradas em Piassaguera, estação
no meio de lugar nenhum? Porque se aguardava pela junção
das composições pelo funicular, que se separavam
em Paranapiacaba. "Essa é uma coisa de que eu
lembro: dependendo do tamanho da composição, demorava uma enormidade,
porque a regra era descer três carros de passageiro por vez.
Se o trem era longo, a gente ficava um tempão lá em Paranapiacaba
esperando desmembrar para descer, geralmente chovia ou garoava,
então se ficava de castigo, não dava para esticar as pernas
lá fora. Aí, quando chegava na baixada (Piassaguera), era outro
tempo longo esperando para formar a composição, via de regra
era um calor abafado, próprio daquele pé de serra, e aí todo
mundo descia da composição, até porque o calor
lá dentro não era nada agradável, só refrescava mesmo quando
o trem finalmente andava. Afora isso, os trajes da época eram
uma desgraça, a esmagadora maioria dos homens de paletó, gravata
e, muitos, até com chapéu. Os vestidos das mulheres também não
eram nada à vontade, então tome calor. Só mesmo a criançada,
de calça curta, mas de meia três quartos e sapato, é que tinha
um pouco mais de conforto" (Wanderley Duck, 12/2009). |
2009
AO LADO: Recordações de Wanderley Duck,
12/2009.
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ACIMA: Velhas casas de turma no pátio de Piassaguera (Foto Rafael Asquini em 8/4/2017).
(Fontes: Lia
Carrari; Antonio A. Gorni; Cesar Sacco; Thomas Correa; Wanderley Duck;
Wilson de Santis Jr.; Marlus Cintra; Paulo Castagnet; Folha de S.
Paulo, 3/7/1963; Revista Ferrovia, julho de 1964; M.Lavander e P.
Mendes: SPR-Memórias de uma Ingleza, 2005; A Cigarra, 1917;
SPR: circular 24; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Pátio de Piassagüera em 1910. Autor desconhecido |
Passarela da estação, em 1959. Autor desconhecido |
Estação e pátio, em 1961. Autor desconhecido |
A estação original em 1952. Foto cedida por Antonio
A. Gorni |
Estação de Piassaguera, sem data. Foto César
Sacco |
Armazém de Piassagüera em 2000. Foto Wilson de Santis
Jr. |
Pátio de Piassagüera em 2000. Foto Wilson de Santis
Jr. |
Pátio da estação em 2002. Foto Marlus Cintra |
Plataforma da velha estação, em 2003. Foto Wilson
de Santis Jr. |
A estação operacional atual, em 2004. Foto A.
A. Gorni |
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Atualização:
02.06.2020
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