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E. F. Paraná
(1883-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1996) |
ALEXANDRA
Município de Paranaguá, PR |
linha Curitiba-Paranaguá - km 16,800
(1936) |
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PR-2430 |
Altitude: 11,660 m |
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Inauguração: 17.11.1883 |
Uso atual: fechada (2005) |
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com trilhos |
Data de abertura do prédio atual:
1885 |
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HISTORICO DA LINHA:
A linha unindo Curitiba a Paranaguá, a mais
antiga do Estado, foi aberta pela E. F. Paraná de Paranaguá
a Morretes em 1883, chegando a Curitiba em fevereiro ded 1885. Durante
seus 120 anos de existência ela pouco mudou, apenas dentro de
Curitiba e na mudança de um ou outro túnel na serra.
É considerada um dos marcos da engenharia ferroviária
nacional, projetada por André Rebouças e construída
por Teixeira Soares, depois de firmas estrangeiras recusarem a obra
devido à dificuldade do trecho da serra, entre Morretes e Roça
Nova. É também uma das poucas linhas que continua ter
trens de passageiros, embora de forma turística apenas, desde
os anos 1990, hoje explorado por uma concessionária privada,
a Serra Verde. Em 1942, a E. F. Paraná foi englobada pela R.
V. Paraná-Santa Catarina, e esta, em 1975, transformada em
uma divisão da RFFSA. Em 1996, o trecho passou a ser operado
pela ALL, que obteve a concessão da antiga RVPSC. |
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A ESTAÇÃO:
A estação de Alexandra foi inaugurada em 1883.
Teve outro nome também, Jacarehy. Em 1930, ainda tinha este nome.
"O topônimo Alessandra que virou em Alexandra prende-se mais ao
estabelecimento colonial dos italianos no
Paraná, e foi homenagem que o fundador e proprietário da colônia quis
prestar à sua irmã. Houve desde 1870 muitos acontecimentos de caráter
político, contudo a colônia Alexandra cumpriu seu papel de precursora
da colonização italiana no Paraná e serviu de exemplo e origem
à segunda e mais bem sucedida tentativa, realizada
na colônia Nova Itália, em terras dos municípios de Morretes, Porto
de Cima (nesse tempo independente) e Antonina. Desde os primeiros
projetos de Pedro Aloys Scherer, Alexandra aparecia como estação intermediária
obrigatória para uma estrada de ferro. Lamenha Lins ressaltara esse
ponto em seu primeiro relatório presidencial em 1875. Situada a pouco
mais de 15 quilômetros de Paranaguá, tinha condições de parada técnica
para trens e ao mesmo tempo proporcionava aos colonos um meio rápido
de comunicação com os centros consumidores. Desde o princípio se chamou
"a estação da colônia Alexandra". O edifício, conservado quase intacto
até os dias de hoje, relembra a figura de Savino Tripoti. Compreende
uma área construída de 145 metros quadrados, com dois pavimentos,
no km 16 + 180 metros e cota 11,66 m, para quem vem de Paranaguá ao
lado direito da linha. No pavimento superior, como era adotado nos
locais carentes de acomodação, de pessoal fora da estação, ficava
a residência do agente. Alguém disse que suas linhas seriam de estilo
francês, mas, como o herói de Mário de Andrade, os prédios também
podem ser de nenhum caráter ou nacionalidade, guardando apenas um
sentido de utilidade mais imediata. Assim deve ser o caso da estação
de Alexandra. Não é mais coberta por telhas francesas como quando
foi construída, substituídas agora por telhas comuns. A importância
de sua preservação, além da representação histórica, deriva dos padrões
que apresenta para um edifício de seu tempo, como as medidas da plataforma,
idênticas às demais do mesmo período. No primeiro semestre de 1882,
já correndo trens de serviço entre Morretes e Paranaguá, encontrava-se
concluído, com exceção da plataforma. É o único prédio da linha ainda
conservado em suas linhas originais!" (Ao Apito do Trem, de
Edilberto Trevisan, 1986)
É hoje a única estação que conserva
seu aspecto original em toda a linha, não tendo sido reformada
entre os anos 1930 e 1950 do século XX.
Estava fechada em 2005.
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1913
AO LADO: Modificações nos
pátios das estações da linha
(O Estado de S. Paulo, 8/6/1913).
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ACIMA: Foto sem data. O trem de passageiros parado
à frente da plataforma da estação de Alexandra
(Foto sem data - possivelmente de Arthur Wischral).
(Fontes: Jairton Vidal Canhola; Dirceu Cavalcanti;
Ricardo Pinto da Rocha; ABPF-Paraná; Mario Celso; Edilberto
Trevisan: Ao Apito do Trem, 1986; O Estado de S. Paulo, 1913; Revista
Ferrovia, 1985; RVPSC: Relatórios anuais, 1920-60; IBGE, 1960)
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Estação de Alexandre em 1985. Revista Ferrovia,
ago-set 1985 |
A estação em 1982. Foto Mario Celso |
Estação de Alexandra, em 1985. Foto do acervo
da ABPF-Paraná |
A estação, sem data. Foto Ricardo Pinto da Rocha |
A estação em 2005. Foto Jairton Vidal Canhola
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A estação em 2005. Foto Jairton Vidal Canhola |
A estação em 2015. Foto RFFSA |
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Atualização:
01.05.2023
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