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Paranaguá
Porto Dom Pedro II
Alexandra
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(A partir de 1986):
Paranaguá
Porto Dom Pedro II
Quilômetro 5
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IBGE - 1960
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Paraná (1883-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1996)
PORTO DOM PEDRO II
Município de Paranaguá, PR
Linha Curitiba-Paranaguá - km 2,300 (1936)   PR-2428
Altitude: 5,190 m   Inauguração: 17.11.1883
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de abertura do prédio atual: 1883 (já demolida)
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha unindo Curitiba a Paranaguá, a mais antiga do Estado, foi aberta pela E. F. Paraná de Paranaguá a Morretes em 1883, chegando a Curitiba em fevereiro ded 1885. Durante seus 120 anos de existência ela pouco mudou, apenas dentro de Curitiba e na mudança de um ou outro túnel na serra. É considerada um dos marcos da engenharia ferroviária nacional, projetada por André Rebouças e construída por Teixeira Soares, depois de firmas estrangeiras recusarem a obra devido à dificuldade do trecho da serra, entre Morretes e Roça Nova. É também uma das poucas linhas que continua ter trens de passageiros, embora de forma turística apenas, desde os anos 1990, hoje explorado por uma concessionária privada, a Serra Verde. Em 1942, a E. F. Paraná foi englobada pela R. V. Paraná-Santa Catarina, e esta, em 1975, transformada em uma divisão da RFFSA. Em 1996, o trecho passou a ser operado pela ALL, que obteve a concessão da antiga RVPSC.
 
HISTÓRICO DA ESTAÇÃO: A estação de Porto Dom Pedro II foi inaugurada em 1883.

"Quando a gente de Paranaguá, em 1873, precipitou os acontecimentos ou, como se diz hoje, fazendo-os acontecer, inaugurou os inícios de sua estrada de ferro no porto que passou desde então a chamar-se de porto de D. Pedro II. Nessa ocasião, Scherer fez abrir o leito desde o porto até a cidade, numa grande reta, mas não chegou a desapropriar terrenos para quaisquer instalações na cidade. A partir do porto, lançava-se a linha para a cidade, atravessando o arroio do porto d'água, os terrenos da chácara Marques, o arroio dos Marques, o sítio do Padre Machado, o arroio da Fonte Nova, deixando a localização da estação apenas como uma questão de distância e preferência no desenvolvimento desta reta. O Porto de Dom Pedro II nasceu com o primeiro acontecimento, histórico e ferroviário do Paraná. Muito antigamente como Ponta ou Enseada do Gato, depois, e ainda hoje por alguns conservandistas, como Porto D'água. Num velho croquis encontramos o arroio d'água, que parece apenas pleonasmo mas é vero e que teria passado o nome ao antigo ancoradouro. O envolvimento do Porto de Dom Pedro II com o movimento marítimo não é propriamente de um casamento à primeira vista. Correu primeiro o namoro, longo namoro, num tempo em que os barcos não podendo fundear no assoreado estuário do Itiberê, procuravam refúgio na Ponta da Cotinga, vis-a-vis com a costa em que seria construído o porto. Nessa realidade histórica, pouco sentido tinham as ironias de André Rebouças, quando frisava a seqüência onomástica de Ponta do Gato em Enseada do Gato e depois em Porto Dom Pedro II. Ali Scherer começara em 1873 os trabalhos de construção de seu traçado ferroviário, melhor garantido com uma prévia opção no estabelecimento de um porto como ponto de partida da ferrovia. Ferrucci, em 1880 quando iniciou a construção definitiva, tratou logo de obter os terrenos necessários, não só na cidade mas também no porto, onde numa superfície inicial de 55.263,44 metros quadrados, deveriam ser construídos os armazéns , depósitos, oficinas etc. Mais tarde foi acrescida uma outra faixa de terrenos de marinha com o comprimento de 180 metros por 30 de largura destinada a receber o trapiche de atracação da companhia. Foram esses os dois primeiros terrenos adquiridos pela Chemins de Fer no Porto de D. Pedro II. Pois foram nessas áreas pré determinadas por Ferrucci que se deu início da construção da estação propriamente dita, do armazém de mercadorias em anexo e do depósito de locomotivas, destinado a abrigar quatro unidades, bem assim como de outras complementares, como fossas de limpeza e do reservatório de água, com capacidade de 48 metros cúbicos. No começo de 1882, quando Ferrucci entregou a chefia de construção à Teixeira Soares, todos esses edifícios encontravam-se em fase de acabamento. Na estação, colocavam-se as esquadrias das portas e janelas, pintura e trabalhava-se na plataforma. A estação D. Pedro II possuía duas plataformas paralelas entre si, com três linhas intercaladas, cobertas pelo alpendre, na extensão de 50 metros, sustentado por colunas ocas de ferro fundido, sendo o vigamento também de ferro pelo sistema Polonceau, coberto de telhas francesas. Uma das plataformas correspondia ao edifício dos viajantes, e a outra para mercadorias (Dirceu Cavalcanti)".

O prédio original hoje não existe mais. Ainda assim, o pátio de manobras com os desvios portuários da estação Dom Pedro II era enorme, com pelo menos 32 linhas.

1913
AO LADO: Modificações nos pátios das estações da linha (O Estado de S. Paulo, 8/6/1913).

ACIMA: Localização do Porto D. Pedro II em 1923, a nordeste de Paranaguá (mapa (Relatório do Governo do Paraná para 1923).

(Fontes: J. C. Kuester; Dirceu Cavalcanti; Acervo Biblioteca Nacional; RVPSC: Horário dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; O Estado de S. Paulo, 1913; Guias Levi, 1932-1980; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1958)
     

A estação na época da inauguração. Biblioteca Nacional

A estação, quando ainda existia, no início do século 20. Cessão J. C. Kuester
 
     
     
     
Atualização: 13.03.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.