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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Eng. Homero Flori
Barbosas
Siqueira Campos
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IBGE - 1957
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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C. E. F. São Paulo-Rio Grande (1919-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1996)
BARBOSAS
Município de Siqueira Campos, PR
Ramal do Paranapanema - km 89,727 (1936)   PR-4348
Altitude: 766,600 m   Inauguração: 15.08.1919
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
 
HISTORICO DA LINHA: A linha do Paranapanema, construída para evitar o "perigo paulista", ou seja, a exportação de mercadorias do Norte Velho do Paraná via E. F. Sorocabana pelo porto de Santos, teve o primeiro trecho inaugurado em 1915, ligando Jaguariaíva, na Itararé-Uruguai, a São José, atual Calógeras. Seu prolongamento acabou se arrastando até 1937, quando alcançou a já existente E. F. São Paulo-Paraná e por ela alcançou por tráfego mútuo a cidade de Ourinhos, em São Paulo. Depois da abertura da linha Apucaranas-Uvaranas, em 1975, o ramal entrou em decadência por ter uma linha obsoleta e cheia de curvas. O último trem de passageiros (Trem do Norte, mais tarde "Trem da Miséria", rodou em junho de 1979. Em 2001, o tráfego de cargueiros foi suspenso pela ALL e hoje apenas esporádicos autos de linha passam pela linha, praticamente abandonada em toda a sua extensão.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Barbosas foi inaugurada em 1919.

"A estação de Barbosas foi totalmente demolida, restando apenas a plataforma. O porão da estação foi cercado e transformado em chiqueiro. A vilazinha parece estar mergulhado num sono dos tempos, estando tudo parado e com muitas casas fechadas e abandonadas. Por Barbosas passa a antiga estrada de terra Siqueira Campos-Wenceslau Braz. Havia antigamente muito movimento, e meu pai relatou ter passado por ali inúmeras vezes, na década de 1960, de caminhão. Quando o asfalto chegou, passou longe da vila, condenando-a ao esquecimento. Em seguida, o trem também não parava mais, e agora nem anda mais por ali. Mais um dos lugares esquecidos deste Brasil" (Douglas Razzaboni, 01/2003).

"Sou natural do bairro de Barbosas, município de Siqueira Campos. Eu conheci a estação, foi uma pena que no início da década de 1980 ela tenha sido
desmanchada pela Rede. A estação de Barbosas era muito bonita e grande, e conta o meu pai, que antigamente, o trem era o único meio de transporte da época naquela região, além dos cavalos e carroças, é claro. Era de madeira e era muito parecida com a de Joaquim Távora. Meu pai conta que antigamente a região contava com várias colônias de moradores nas fazendas de café e o número de pessoas que moravam no bairro era muito grande, o que fazia a estação de Barbosas ter um grande movimento. Hoje, o café foi substituido pelas invernadas, e o que se vê é bois espalhados por todos os lados, onde era as casas das fazendas, existe somente marcas daquilo que já foi um dia (Reinaldo Aparecido Leite, 02/2008).

"Eu e minha familia moramos na estação entre 1976 e 1979 pois meu pai era funcionário da Rede. Seu nome era Nelson Hugo Leonardo (já falecido) e numa das fotos que está no site (abaixo) aparece um pinheiro alto que foi plantado por ele quando lá morávamos" (Cinira, 02/2005).

1933
AO LADO:
Choque de trens próximo a Barbosas (O Estado de S. Paulo, 17/8/1933).
"O Sr. Antonio Galvão, funcionário em Siqueira Campos de 1960 a 1990, também trabalhou na estação de Barbosas, fazendo substituição como telegrafista e conta que essa estação era de madeira, com uma construção igual da estação original de Siqueira Campos e também da estação da Wenceslau Braz. Barbosas tinha três linhas; uma principal e dois secundárias. Ela não tinha armazém ou triângulo como em Siqueira Campos, mas na época era mais movimentada em cargas do que a de Siqueira Campos, por causa dos transportes de carvão. Ali existiam duas minas de carvão"
AO LADO: Relato de Steen Larsen, 2/2/2009.
(Fontes: Douglas Razzaboni; Steen Larsen; Antonio Galvão Bruniera; Cinira --; Reinaldo Aparecido Leite, 2008; RVPSC: Horário dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; RVPSC: Relatórios oficiais, 1920-60; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; IBGE, 1957)
     

Chiqueiro na plataforma da estação desaparecida, em 01/2003. Foto Douglas Razzaboni

Plataforma da estação desaparecida, em 01/2003. Foto Douglas Razzaboni
 
     
     
Atualização: 16.05.2018
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.