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C. E. F. São
Paulo-Rio Grande (1910-1930)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1930-1941)
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CAÇADOR
(antiga RIO CAÇADOR)
Município de Caçador, SC |
linha Itararé-Uruguai - km 644,119
(1935) |
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SC-0449 |
Altitude: 887,628 m |
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Inauguração: 01.05.1910 |
Uso atual: museu (na réplica) (2002) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1910 (demolido e depois reconstruído
como réplica) |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua
construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho
aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se
em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava
em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo,
com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União
da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul,
divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive
o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre
1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens
de passageiros, já trens mistos, passaram na região
de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva
foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União
também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente
é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos
de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng.
Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. |
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A ESTAÇÃO:
A estação foi inaugurada em 1910, com o nome de Rio Caçador,
alterado em 1934 para simplesmente Caçador,
quando da criação do município.
A estação
antiga, de madeira, foi substituída por uma nova de
alvenaria em 1946. Destruído por um incêndio
em 1941, o antigo prédio incendiado foi reconstruído,
em local diferente e fora da linha, para abrigar hoje um museu.
Durante o período entre o incêndio e a nova estação
de 1946, supõe-se ter existido uma estação
provisória no pátio. (veja também CAÇADOR-NOVA)
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1914
AO LADO: "As forças do governo na Guerra do Contestado estavam nesta data aquarteladas na estação de Rio Caçador (O Estado de S. Paulo, 19/01/1914).. |
ACIMA: A estação antiga, de madeira, de Caçador, sem data - foto Arthur Wischral
ACIMA: A estação antiga, de madeira, de Caçador foi queimada por um incêndio nos anos 1940 e depois reconstruída como uma réplica, mas em local diferente do pátio (Foto Mario Pailo em 2014).
No
prédio em madeira cinza, a inscrição Rio
Caçador. Localizado na avenida Getúlio
Vargas, centro de Caçador, o imóvel
acolhe o Museu do Contestado. Inaugurado em 23 de outubro
de 1986 e oferecido pela RFFSA, guarda objetos, documentos e
mapas que contam a história do conflito que, entre os
anos de 1912 e 1916, estremeceu
a região. Ali também está mantida a memória
da ferrovia, dos índios, do povoamento e da colonização
do município localisado às margens do Rio do Peixe.
O Museu Histórico e Antropológico do Contestado
procura seguir os detalhes da primeira estação,
construída em 1910. Do lado de fora do prédio,
uma locomotiva a vapor e dois carros. No alto, o sino como símbolo
do movimento de cargas e de passageiros que no passado caracterizou
a estação. O trecho está desativado desde
1996. Alguns metros adiante encontram-se outros prédios
pertencentes à RFFSA. Ao longe, a majestosa caixa d'água
que servia ao abastecimento das Marias-Fumaça. Agora,
grafada com o nome "bombeiros". Numa das casas de
madeira ao longo da linha férrea de Caçador
mora a família de Adão Batista, 46 anos.
Funcionário da RFFSA por 13 anos, Batista trabalhou na
manutenção dos trilhos no trecho Caçador-Calmon
e de Videira a Tangará. "Troquei
muitos dormentes, pois se tratava de uma questão de segurança
à vida das pessoas e à movimentação
de cargas. Certos dias passavam por aqui até 12 trens
de carga. Foi uma pena a desativação".
Batista tem duas filhas. Hoje, ele costuma passear pelos
trilhos com o neto André Lucas.
(Texto do Diário Catarinense, 24/07/2002) |
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TRENS - De acordo
com os guias de horários e fontes diversas, trens de
passageiros pararam nesta estação de 1910 a 1942.
Veja aqui horários em 1940 (Guias
Levi). |
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Nilson
Rodrigues; Artur Wischral; Joeli Laba; RVPSC: Horário dos Trens
de Passageiros e Cargas, 1936; RVPSC: Relatórios anuais, 1920-60;
IBGE, 1957; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Atualização:
29.04.2023
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