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C. E. F. São
Paulo-Rio Grande (1908-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1994) |
FÁBIO
REGO
Município de Sengés, PR |
linha Itararé-Uruguai - km 55,966
(1936) |
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PR-0470 |
Altitude: 865 m |
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Inauguração: 30.04.1908 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua
construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho
aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se
em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava
em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo,
com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União
da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul,
divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive
o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre
1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens
de passageiros, já trens mistos, passaram na região
de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva
foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União
também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente
é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos
de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng.
Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. |
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A ESTAÇÃO:
A estação original de Fábio Rego foi aberta
em 1908 e ficava no trecho entre Jaguariaíva e Itararé.
A data oficial é a de 30 de abril desse ano. Uma notícia
veiculada no jornal O Estado de S. Paulo de 16/5/1908 informava
essa inauguração. Notícia atrasada em um mês
e meio? Nessa época, era possível que sim.
Fábio Rego foi um engenheiro da EFSPRG que trabalhou
por curto tempo como engenheiro-chefe em 1900.
Nenhuma estação desse trecho existe mais, de acordo
com Jorge Francisco Mendes, ex-ferroviário de Jaguariaíva,
e de qualquer forma boa parte ficava em locais de difícil acesso
por carro. O trecho teve os trilhos arrancados por volta de 1993.
A estação fazia parte do chamado "pior trecho
ferroviário do Brasil", cheio de curvas tortuosíssimas.
Na verdade existiram três prédios para esta estação:
o original, de madeira, destruído pelo fogo
nos anos 1940; o segundo, provisório, também de madeira,
que durou até a abertura do terceiro, de alvenaria, em 26/06/1964,
que entrou em funcionamento com a entrega da variante Jaguariaíva-Fábio
Rego nesse dia. Os três prédios ficavam no
mesmo local.
Essa variante, que durou vinte anos para ser construída, sanou
parte do antigo problema do trecho muito ruim citado acima. Próximo
a ela, um túnel, construído nos anos 1950 mas somente
entregue em 1964, segundo ferroviários, com cerca de 1 km de
comprimento; hoje, sem função, o acesso a ele é
difícil e ele está constantemente alagado, bem como
parte do antigo leito próximo a ele.
A estação? Dela e de seu pátio não sobravam
nada em 2006, quando lá estive - nela e próximo ao túnel,
aonde não consegui chegar por estar alagado.
Saiba sobre o acidente no trem da RVPSC ocorrido entre Fabio Rego
e Tucunduva em 29/12/1949 - página
1 - página 2 - (Folha
da Manhã, 30/12/1949).
ACIMA: A variante de Fabio Rego nos anos
1970, mostrando também a linha abandonada de 1908, entre Jaguariaiva
e Tucunduva, onde próxima a esta estação juntavam-se
as duas linhas (IBGE).
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AO LADO: O trem em 1914, período
da Brazil Railway, era ruim, atrasava constantemente e extraviava
mercadorias (O Estado de S. Paulo,6/3/1914
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À ESQUERDA:
Túnel de Fábio Rego ainda ativo e visto do trem
de passageiros em janeiro de 1977. Foto Adalberto Benites.
ACIMA: O mesmo túnel em 2013. Notar o automóvel
saindo dele num terreno encharcado (jipe?). Foto Edson Fernandes
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(Fontes: Adalberto Benites; Edson Fernandes;
Jorge Francisco Mendes; José Luiz Paz de Souza; Folha da Manhã,
1949; Correio dos Ferroviários, 08/1964; RVPSC: Horário
dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; IBGE: Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, 1958; O Estado de S. Paulo, 1908,
1914; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação nova de Fábio Rego na inauguração,
em 26/06/1964. Foto da revista Correio dos Ferroviários,
agosto de 1964 |
A estação nova de Fábio Rego, vista no
sentido de Itararé, em 1965. Foto José Petroski,
no Correio dos Ferroviários, julho de 1965 |
Pátio de Fábio Rego em 08/10/2006, sem absolutamente
nada mais, trilhos, estação, plataforma, nada,
visto no sentido de Jaguariaíva. Foto Ralph M. Giesbrecht |
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Atualização:
20.02.2017
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