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Dorizon
Paulo de Frontin
Vargem Grande
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IBGE - 1957
Itararé-Uruguai, PR- 1965
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 2008
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C. E. F. São
Paulo-Rio Grande (1904-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1996) |
PAULO
DE FRONTIN
Município de Paulo de Frontin, PR |
linha Itararé-Uruguai -
km 466,319 (1936) |
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PR-0493 |
Altitude: 777 m |
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Inauguração: 20.04.1904 |
Uso atual: moradia (2010) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: anos 1940 |
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HISTORICO DA
LINHA: A linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC,
teve a sua construção iniciada em 1896 e o seu primeiro
trecho aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças,
entroncando-se em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909
já se entroncava em Itararé, seu quilômetro zero,
em São Paulo, com o ramal de Itararé, da Sorocabana.
Ao sul, atingiu União da Vitória em 1905 e Marcelino
Ramos, no Rio Grande do Sul, divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens
de passageiros, inclusive o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo,
este entre 1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos
trens de passageiros, já trens mistos, passaram na região
de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva
foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União
também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente
é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos
de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng.
Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. |
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A ESTAÇÃO: A cidade
de Paulo de Frontin tem uma estação de alvenaria que fica num
canto da cidade. A primitiva estação de madeira for
inaugurada em 1904 no então distrito de Vera Guarani,
no município de Mallet.
O povoado em volta da estação foi renomeado como Paulo
de Frontin, engenheiro e diretor da Central do Brasil nas primeiras décadas do século XX.
Por algum tempo, nos anos 1930, a estação teve o nome alterado para
João Francisco. Em 1933 (ver caixa abaixo), o nome original foi restaurado.
Como município, o local existe desde 1952.
O prédio atual é dos anos 1940 e foi construído
após a destruição da estação anterior
pela explosão de um vagão com explosivos - ver quadro
abaixo. Chama a atenção a quantidade de casas da vila
ferroviária, o que faz pensar na importância que a ferrovia deve ter
tido para o lugar.
O próprio isolamento dessa cidadezinha e existência de moradores próximos
à estação fez com que a mesma ainda estivesse em melhores condições.
"Minha mãe, que nos acompanhou na excursão, já estava totalmente
à vontade, no maior papo com os moradores de uma das casas, tomando
chimarrão e tudo mais. Enquanto eu removia uma miríade de carrapichos
das calças, ficamos sabendo que a prefeitura da cidade estava negociando
a compra das casas e estação junto à RFFSA para transformá-las em
moradia para pessoas mais carentes. Os
moradores da casa ganhariam
as casas em troca de garantir sua conservação. Numa rua no centro
de Paulo de Frontin encontramos um belo carro de passageiros de aço
bem conservado e com a pintura da RFFSA (porém sem inscrições). Trata-se
de um dos 2 carros fabricados pela MAM da Alemanha em 1937 para a
RVPSC, ou do QC7961-0L ou o QC7962-8L. Não sei qual é seu uso atual,
pois era domingo e estava difícil achar alguém pra perguntar. Mas
o que importa é que estava lá como um último testemunho da passagem
da ferrovia por ali, e, o mais importante, bem conservado! Aliás,
no quesito preservação, Paulo Frontin foi uma grata surpresa"
(Luciano Pavloski, 08/2000).
A estação foi restaurada em 2011.
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1933
AO LADO: A estação, depois de algum tempo como João Francisco, volta ao nome original (O Estado de S. Paulo, 17/8/1933). |
Foi no dia 29 de setembro
de 1943, aproximadamente às 7h, que a tragédia ocorreu. Um trem
de carga vindo de Ponta Grossa com destino a União da Vitória.
Percebendo fumaça num dos vagões o trem parou na caixa de água
da nossa estação, para tentar apagar o fogo, foi impossível,
pois a água era pouca. O que realmente chamou a atenção da população
frontinense foram os três apitos, sinal que significava uma
chamada de emergência. Com ele, reuniram-se os turneiros - operários
da RVPSC que estavam de plantão -, mas também muitos curiosos.
Ao confirmarem que havia explosivos num dos vagões, este foi
conduzido para o triângulo, espaço de manobras da linha para
que ficasse mais distante da estação. Constatando o grande perigo,
os turneiros pediam que as pessoas se afastassem do local. Nem
todas atenderam. Quando aconteceu a explosão a maioria das pessoas
estava a aproximadamente 500 metros do local em que fora estacionado
o vagão. Com o impacto, elas caíram no chão. No lugar em que
estava o vagão o trilho fez um "S", cavando um buraco de 15
metros de largura e 10 metros de profundidade. A estação e um
armazém foram destruídos. A 200 metros do local havia uma loja:
o choque foi tão forte que caiu tudo das prateleiras. Pessoas
que se encontravam muito próximo do vagão isolado morreram.
Calcula-se um total de 23, destas poucas foram reconhecidas,
pois os estilhaços foram violentos |
1943
AO LADO:
Extraído de http://www.a2.jor.br.
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(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Vitor Hugo Zapani Langaro; Vilson Zvir; Flavio Cavalcanti; Luciano
Pavloski; http://www.a2.jor.br; RVPSC: Horário dos Trens de
Passageiros e Cargas, 1936; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil,
1960; Guias Levi, 1909-80; IBGE, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação original de madeira, provavelmente anos
1930. Autor desconhecido, acervo Flavio Cavalcanti |
A estação, já de alvenaria, em 1960. Autor
desconhecido, acervo Luciano Pavloski |
A estação em 6/8/2000. |
Fachada da estação em 6/8/2000. |
Casa do chefe da estação em 6/8/2000. |
Uma das casas da vila em 6/8/2000. |
A caixa d'água, em 6/8/2000 |
A estação em 6/8/2000. Todas as fotos coloridas
foram tiradas por Luciano Pavloski. |
A estação em 2010. Autor desconhecido |
A estação restaurada em 11/2011. Foto Vilson Zvir |
A estação em 2015. Foto Vitor Hugo Zapani Langaro |
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Atualização:
16.08.2022
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