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VXY Mogiana em MG
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Moema
Rancharia
Bartira
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Tronco EFS - 1935

IBGE - 1974
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Sorocabana (1916-1971)
FEPASA (1971-1998)
RANCHARIA
Município de Rancharia, SP
Linha-tronco original - km 713,851 (1924); km 700,835 (1931) (*); km 652,902 (1960) (**)   SP-2251
Altitude: 510 m   Inauguração: 10.09.1916
Uso atual: escola infantil (2023)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1945
(*) As quilometragens foram alteradas em 1928, devido às retificações feitas entre São Paulo e Iperó neste ano e em 1953, (**) devido às retificações feitas entre Conchas e Manduri neste ano.
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
 
A ESTAÇÃO: No início de 1916, trabalhadores da Sorocabana instalaram-se onde hoje é a cidade, com ranchos onde guardavam materiais e dormiam durante a noite. Os ranchos ficavam abandonados durante o dia, quando todos saíam para as obras da futura linha na região.

Finalmente, a estação foi aberta em setembro de 1916, com o nome a que se acostumaram no local: Rancharia, por motivos óbvios.

A estação deu origem ao município criado em 1935. O prédio da estação antiga foi demolido em 1948.

Um novo prédio havia sido concluído e entregue em 1945. A estação atual, depois de anos de abandono, foi reformada em 2003 para abrigar um centro de cultura e de lazer.

Em 2023 era uma escola infantil. Trens de passageiros deixaram de circular em 1999. Trens de carga acabaram por volta de 2015.

OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS: 1934 - Construção de armazém; construção de um desvio de lenha

1949
À ESQUERDA:
Mudança de horarios nos trens da Sorocabana que serviam Rancharia em 1949. O trem misto que vinha de Assis pelo jeito era uma espécie de "suburbinho" da região (Folha da Manhã, 1/1/1949).
ACIMA: Na estação de Rancharia, a jardineira que seguia para a cidade de Bastos está à espera de passageiros que desembarcariam do trem da Sorocabana (ao fundo). Provavelmente anos 1940 (Autor desconhecido).
ACIMA: Banda colegial na estação ferroviária de Rancharia, anos 1950 ou 1960 (Arquivo Rancharia/Facebook).

ACIMA: Enquanto a estação foi restaurada na cidade de Rancharia, os dois armazéns, mais antigos, em 2008 corriam o risco de desabarem, de serem "tombados" da forma equivocada. Não entendo como uma cidade pode aceitar manter um prédio destes no abandono praticamente dentro de sua zona urbana. A solução não é eliminá-lo, mas restaurá-lo: ele é provavelmente mais bonito e representativo que a maioria dos edifícios da cidade. Em 2020, recebi a triste informação de que um dos dois armazens já havia sido demolido. O que sobrou já estava sem telhado e em ruínas (Foto Rafael Simabuko, 16/12/2008).

ACIMA: Como todo o trecho entre Rubião Junior e Presidente Epitacio, em 2020 a linha está sem tráfego e abandonada em Rancharia (Foto João Francisco Cunha em 10/3/2020).

ACIMA: O armazém que sobrou está em ruínas em 2020 em Rancharia (Foto João Francisco Cunha em 10/3/2020).

ACIMA: Outro ângulo do armazém que sobrou em 2020 em Rancharia (Foto João Francisco Cunha em 10/3/2020).

ACIMA: Foto aérea em 2023 de parte da cidade (Prefeitura Municipal).

ACIMA: Ainda em 2023, a ferrovia corcoveia enquanto corta a cidade de leste a oeste. Sem o tráfego de comboios cargueiros desde 2015, os trilhos provavelmente estão em precaríssimo estado, quando não foram roubados (Google Maps).
ACIMA: A linha vermelha mostra o percurso de um ramal industrial, hoje já desativado, em vista do Google Maps de outubro de 2023. Alguns trilhos ainda estão no local.

ACIMA: Trilhos entram pela sede da Algodoeira Palmeirense S. A. (APSA) em Rancharia, sediada na rua Octaviano Heraclio Duarte, 119 (Google Maps, outubro de 2023).

ACIMA: Placa na sede da Algodoeira Palmeirense S. A. (APSA) em Rancharia (Google Maps, outubro de 2023).

TRENS - De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros - pararam nesta estação de 1916 a 1999. Ao lado, um deles no pátio de Rancharia, em 1992. Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre esses trens. Veja aqui horários em 1968: SP-Botucatu e Botucatu-Pres. Epitacio e SP-Mairinque (Guias Levi).
(Fontes: Silvio Rizzo; João Francisco Cunha, 2020; Rafael Simabuko; Alexandre Scatolon; José Carlos Daltozo; Letícia Queiroz; Arquivo Rancharia; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vol. XXX, 1958, p. 11; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais, 1916-69; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação em 2002. Foto José Carlos Daltozo

A estação em 2002. Foto José Carlos Daltozo

A estação em 2004. Foto Letícia Queiroz

A estação em 24/1/2017. Foto Silvio Rizzo

A estação em 24/1/2017. Foto Silvio Rizzo

A estação em 1/6/2023. Foto Arnaldo Bernardo
     
Atualização: 12.10.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.