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E. F. Araraquara
(1952?-1971)
FEPASA (1971-1998)
Ferroban/ALL (1998-2012) |
RIO
PRETO PAULISTA
(antigo POSTO SÃO JOSÉ)
Município de São José
do Rio Preto, SP |
Linha-tronco - km 204,007 (1960) |
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SP-2257 |
Altitude: 483 m |
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Inauguração: anos
1950 |
Uso atual: ALL (2013) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A Estrada
de Ferro de Araraquara (EFA) foi fundada em 1896, tendo sido o primeiro
trecho aberto ao tráfego em 1898. Em 1912, já com problemas financeiros,
a linha-tronco chegou a São José do Rio Preto. Somente em 1933, depois
de ter sido estatizada em 1919, a linha foi prolongada até Mirassol,
e em 1941 começou a avançar mais rapidamente, chegando a Presidente
Vargas em 1952, seu ponto final à beira do rio Paraná. Em 1955, completou-se
a ampliação da bitola do tronco para 1,60m, totalmente pronta no início
dos anos 60. Em 1971 a empresa foi englobada pela Fepasa. Trens de
passageiros, nos últimos anos somente até São
José do Rio Preto, circularam até março de 2001, quando
foram suprimidos. |
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A ESTAÇÃO: O Posto telegráfico
de São José foi o precursor da estação
atual de Rio Preto Paulista. Embora o Guia Geral de Estradas
de Ferro do Brasil, de 1960, afirme que o posto tenha sido inaugurado
em 1912, ou seja, junto com a estação principal da cidade,
é pouco provável que esse posto tenha sido o ponto final
da EFA métrica durante os 21 anos seguintes, quase 5 quilômetros
à frente da estação central e longe da cidade,
quando foi aberta a estação de Mirassol no prolongamento
da linha.
Não se encontram referências a esse posto antes
de 1949, e muito menos antes de 1933. O mais provável é
que o posto tenha sido inaugurado depois disso.
De fato, "entre
1949 e 1951, o cidadão Antonio Lopes dos Santos doou sete alqueires na mesma
região para que a EFA construísse a estação "Rio Preto Paulista".
Ele via nessa construção um chamariz para que as indústrias se instalassem
no futuro loteamento que lançaria em 1952: o Parque Industrial. Acreditava na expansão ferroviária" (www.diarioweb. com.br, 12/12/2005).
Uma reportagem da revista Noite Ilustrada sobre a E. F. Araraquara,
edição de 19 de maio de 1949, colocava: "PÁTIOS
DE MANOBRA (Ampliação do de S. José do Rio Preto):
Com o prolongamento da linha além de Mirassol, até Votuporanga,
intensificou-se extraordinariamente o movimento da estação
de São José do Rio Preto, para o qual converge apreciável
parte do transporte da nova zona. Em consequência, acha-se congestionado
o pátio de manobras daquela estação. Para solucionar
o problema, a estrada já adquiriu na saída da cidade
dois terrenos com a área total aproximada de 84 mil metros
quadrados. Serão vultosas as despesas a serem feitas com a
terraplanagem e adaptação dos terrenos, mas sem esse
melhoramento não será possível desafogar a situação
angustiosa da falta de desvios e o volume de tráfego cada vez
maior, à medida que os trilhos avançam (...) Esse melhoramento
representa uma válvula necessária para o escoamento
do tráfego, que fatalmente se avolumará cada vez mais
com o
prolongamento".
Uma outra notícia publicada
na Folha da Manhã de 12/3/1950 confirma a doação
de Antonio Lopes dos Santos à Fazenda do Estado de um
terreno para a construção do posto.
Em 1960, o Guia
Geral já cita a estação com o nome atual, mas
afirmando que ela "somente despacha mercadorias e animais".
A atual estação de passageiros (que não está mais ativa) de Rio Preto
Paulista é pequena, sendo uma plataforma com uma pequena
casinha e cobertura; ela é parte de um pátio ferroviário
que teria sido ampliado pela Cia. Paulista para ser o pátio
de obras de São José do Rio Preto fora da cidade
e com galpões para lavagem de vagões. A Cia. Paulista, em 1968, havia passado a administrar a E. F. Araraquara, por
isso ter sido a CP a ampliar o antigo pátio do postinho. Quando
teria sido isso? Em 1968, 1969, época em que a CP tomou a admistração
da EFA nas mãos?
A estaçãozinha inativa ficava em 2013
no meio de um belo pátio. Alguns dos produtos são carregados nos terminais
aqui situados, como cimento, açúcar cristal, alem, é claro, do que
o é nos três terminais de petróleo. Também se fazia aqui
o carregamento de brita para manutenção da linha. A estação estava intacta
por fora, tendo ainda hoje o logotipo da Ferroban, mas por dentro
estava tudo jogado às traças. Pelo jeito, mendigos procuram o lugar
para passar a noite e se aquecerem. O escritório do funciona ao lado
do galpão - da época do café, uma bela construção, principalmente
a estrutura do telhado - usado para o carregamento de cimento e açúcar.
No pátio também ha uma oficina de vagões e um virador, mas tudo foi
desativado no final de 2002, sendo a oficina transferida para Rio
Claro. Duas locomotivas modelo G-12 faziam, pelo menos, o serviço de manobras
(até 2002 era uma Lew). Um carro Pulmann todo depredado ficava estacionado
no pátio para servir aos operários da linha. é desolador ver um carro
que tanto serviu ao povo - tem 3,5 km de extensão e cerca de
150 m de largura - estar jogado às traças.
ACIMA: Anúncio do Parque Industrial, mostrando
a linha e os loteamentos. Notar que o local do posto (clique sobre
a imagem para ve-la em maior tamanho) está mostrado no canto
direito do último lote à direita no desenho (Anísio
Moreira: Centenário de São José do Rio Preto,
1852-1952, 1952).
ACIMA: O mesmo local em 2015, no centro do mapa,
mostrando o pátio ferroviário do antigo posto. Reparar
a curva da linha na direita, sentido São Paulo, e o pátio
da estação de São José do Rio Preto no
canto direito inferior do mapa (Google Maps, 2015).
ACIMA: O sr. Antonio Lopes dos Santos posa na plataforma
da estação para a qual doou terras para sua construção
pela E. F. Araraquara (sem data - extraído em 2005 de www.diarioweb.
com.br, 12/12/2005).
(Fontes: Rafael Nogueira de Morais; Hermes Y. Hinuy;
Christian Steagall-Condé, 2002; Kelso Medici; Rafael Corrêa;
Folha da Manhã, 1950; Anísio
Moreira: Centenário de São José do Rio Preto,
1852-1952, 1952; www.diarioweb. com.br; Guia Geral de
Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Relatório de Instalações
Fixas, Fepasa, 1986; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Plataforma de embarque de passageiros de Rio Preto Paulista,
em 1986. Relatório de Instalações Fixas,
Fepasa, 1986 |
Pátio de Rio Preto Paulista, em 1986. Relatório
de Instalações Fixas, Fepasa, 1986 |
A estação de Rio Preto Paulista, em 15/11/1995.
Foto Kelso Medici |
Estação de Rio Preto, em 02/05/2002. Foto Hermes
Y. Hinuy |
Estação de Rio Preto, em 02/05/2002. Foto Hermes
Y. Hinuy |
Pátio da estação de Rio Preto, em 02/05/2002.
Foto Hermes Y. Hinuy |
O antigo virador de trens da estação, hoje sem
uso e abandonado, em 08/2002. Foto Christian Steagall-Condé
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A estação em 1/3/2009. Foto Rafael Corrêa |
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Atualização:
30.05.2023
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