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E. F. Araraquara
(1912-1971)
FEPASA (1971-1998) |
SÃO
JOSÉ DO RIO PRETO
Município de São José
do Rio Preto, SP |
Linha-tronco - km 199,451 (1960) |
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SP-2851 |
Altitude: 468 m |
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Inauguração: 09.06.1912 |
Uso atual: estação da ALL (2022) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1941 |
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HISTORICO DA LINHA: A
Estrada de Ferro de Araraquara (EFA) foi fundada em 1896, tendo sido
o primeiro trecho aberto ao tráfego em 1898. Em 1912, já com problemas
financeiros, a linha-tronco chegou a São José do Rio Preto. Somente
em 1933, depois de ter sido estatizada em 1919, a linha foi prolongada
até Mirassol, e em 1941 começou a avançar mais rapidamente, chegando
a Presidente Vargas em 1952, seu ponto final à beira do rio Paraná.
Em 1955, completou-se a ampliação da bitola do tronco para 1,60m,
totalmente pronta no início dos anos 60. Em 1971 a empresa foi englobada
pela Fepasa. Trens de passageiros, nos últimos anos somente
até São José do Rio Preto, circularam até março
de 2001, quando foram suprimidos. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Rio Preto foi inaugurada em 1912, numa cidade que já existia
desde 1894 como município e na época uma das mais ocidentais do Estado.
Consta que o primeiro trem chegou à cidade em 26/02/2012, às
quatro da tarde, pouco mais de três meses antes da inauguração
oficial da estação, com quatro gôndolas repletas
de engenheiros, empreiteiros e trabalhadores da ferrovia.
A data da inauguração da estação é
citada pelos relatórios da EFA como sendo 9 de junho de 1912
e alguns historiadores como tendo sido no dia 8.
A ferrovia trouxe o progresso e o crescimento ao redor de uma grande
estação que permaneceu como ponta da linha
até 1933, quando o primeiro trem partiu dali para as duas estações
recém-inauguradas no prolongamento da linha, Gonzaga de
Campos e Mirassol.
A ferrovia trouxe o progresso e o crescimento ao redor de uma grande
estação que permaneceu como ponta da linha até 1933.
Em 04/05/1941
(a Folha da Manhã (de 11/5/41) e o Estado de S. Paulo (de 4/5/1941) dão a data de 27
de abril para essa mesma inauguração), antes portanto
da retificação da EFA e do alargamento da bitola, feito entre 1950
e 1955 até essa cidade, foi aberto o novo prédio da estação,
que ali permanece até hoje.
Nos anos 1940, foi restabelecido o antigo nome da estação e
da cidade, de São José do Rio Preto.
De 1955 a 1958, quando foi aberto o alargamento de bitola até Votuporanga,
a estação servira como ponto de baldeação de trens de bitola
mista para métrica.
Em 15/03/2001, partiu da estação o último trem de passageiros da Ferroban,
com destino a Itirapina. A estação foi sufocada
pela imensa rodoviária vizinha. Em sua frente, havia muitos
táxis, que agora serviam a rodoviária. Para o trem sair
da estação, havia a necessidade de fechar o trânsito
com uma espécie de porteira. A população observava.
Era engraçado, o trem atravessava (e ainda atravessa em 2017)
a cidade inteira, tem estação grande, mas hoje não
dá nenhum retorno ou benefício à cidade.
Até 07/2002 uma seção de alistamento militar funcionava em uma de
suas salas, mas já em 2003 estava fechada. A antiga casa
do chefe da estação ao lado da cancela era uma estamparia. Parte do
prédio ainda era uma estação, pois nela funcionavam um escritório
e um alojamento para os trabalhadores da Brasil Ferrovias. A estação
contava então com apenas duas linhas para o cruzamento de composições.
Também funcionava uma oficina de arte no seu antigo depósito de cargas.
A cidade mantém um dos maiores índices de descarrilamentos
do Brasil. Para se ter uma idéia, em 10/2002 houve seis, sendo a maioria
no centro da cidade, agravando assim o trânsito e acarretando
prejuízos.
Em 12/2002 um trem de passageiros funcionou até Engenheiro Schmidt
para levar visitantes a uma exposição de arte nesta cidade.
O local foi tombado em 2007, como patrimônio cultural ferroviário pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Em 2022 o prédio estava em boas condições e parte dele ainda constava como sendo ocupado pela concessionária VLI.
1927
AO LADO: Reforma na estação (O Estado de
S. Paulo, 1/3/1927).
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Quando pela vez primeira, pisei o milagroso
solo da Alta Araraquarense, embora com outro destino, foi
em São José do Rio Preto, onde me pus em contato
com o dinâmico povo desta região. Saltando na
gare da EFA, confesso lealmente, não me impressionou
bem o seu aspecto naquela manhã chuvosa de dezembro
de 1928. É que, vindo como vim, de terra distante,
trazia entretanto já formado o meu juízo a respeito
dessa magnífica cidade, cujo progresso e dinamismo
conhecia através de de comentários de conterrâneos
e amigos. O pátio da velha estaçãozinha
ferroviária, igualmente lamacento e esburacado, contribuía
para que pior fosse a minha impressão e dos que ali
aportavam" (...).
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1928
AO LADO: Impressões de Rio Preto em 1928 (Extraído
por Jezualdo d'Oliveira, de: Anísio Moreira: Centenário
de São José do Rio Preto - 1852-1952, 1952).
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1939
AO LADO: A demolição da estação
(O Estado de S. Paulo, 17/5/1939).
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1941
AO LADO: A nova estação já estava pronta em fevereiro, mas somente seria aberta quando o interventor viesse inaugurar
(O Estado de S. Paulo, 13/2/1941). |
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ACIMA: A estação de São
José do Rio Preto, possivelmente nos anos 1950, com
uma fila de taxis estacionada à sua frente (Cessão Nelson
Ozanic de Araujo).
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1957
AO LADO: Proposta
ligação ferroviária da estação
com Ituiutaba, MG (O Estado de S. Paulo, 10/2/1957)
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ACIMA: Segundo Alberto A. Ravagnani, este postal de 1978 mostra uma locomotiva GP de primeira versão da pintura FEPASA, com carros de aço da Mafersa e ar condicionado, com carros Pulmann e retaurante, um de primeira e dois de segunda classe e ainda um carro de primeira classe da ex-Paulista (Cessão Alberto Ravagnani em 2023).
ACIMA: Plataforma da estação, vazia em outubro de 2000. Mas o trem de passageiros ainda parava ali (Foto Benny Oliva).
ACIMA: Vista de parte da plataforma da estação de São José do Rio Preto com a placa identifidora em foto de 29/10/2018 (Foto Edi Cleiton Sampaio Olivio).
(Fontes: Pesquisa
local - Ralph M. Giesbrecht; Nelson Ozanic de Araujo;
Rafael Nogueira de Morais; Amarildo Cristiano Neri; Edmilson R. Marques;
José H. Bellorio; Hermes Y. Hinuy; Paulo Cury; Rodrigo Cabredo;
Anísio Moreira: Centenário de São
José do Rio Preto, 1852-1952, 1952; O Estado de S. Paulo, 1939
e 1957; Folha da Manhã, 1941; Centenário de São
José do Rio Preto, 1852-1952; Mapas - acervo Ralph M. Giesbrecht) |
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A estação de São José do Rio Preto, em 1912. Foto do livro
"Centenário de São José do Rio
Preto, 1852-1952" |
A estação de São José do Rio Preto, em 1927. Foto do livro
"Centenário de São José do Rio
Preto, 1852-1952" |
A estação de São José do Rio Preto, já atual, em 1952. Foto do livro
"Centenário de São José do Rio
Preto, 1852-1952" |
A estação, lado da plataforma, sem data. Autor
desconhecido |
A estação em 08/1999. Foto José H. Bellorio |
A estação em 12/04/2001. Foto Hermes Y. Hinuy |
Trem de passageiros na plataforma da estação,
em 1988. Foto Paulo Cury |
A estação em 26/09/2001. Foto Rodrigo Cabredo |
A estação em 26/09/2001. Foto Rodrigo Cabredo
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No pátio da estação, o trem da Ferronorte,
em 26/09/2001. Foto Rodrigo Cabredo |
A estação em 02/2005. Foto Edmilson R. Marques |
A estação em 17/02/2009. Foto Amarildo Cristiano
Neri |
A estação em 17/02/2009. Foto Amarildo Cristiano
Neri |
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Atualização:
15.04.2023
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