A B C D E
F G H I JK
L M N O P
Q R S T U
VXY Mogiana em MG
...
Moreira César
Roseira
Aparecida
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ram. S. Paulo EFCB-1950
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2001
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E. F. do Norte (1877-1890)
E. F. Central do Brasil (1890-1975)
RFFSA (1975-1998)
ROSEIRA
Município de Roseira, SP
Ramal de São Paulo - km 308,430   SP-2269
Altitude: 544 m   Inauguração: 27.03.1877
Uso atual: MRS (2015)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: Em 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em 12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga (1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as 2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cacheoira-Taubaté) e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA. O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde 1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Roseira foi inaugurada em 1877 pela E. F. do Norte.

A estação deveria ter sido construída onde era a vila na época, um bairro do município de Guaratinguetá. O proprietário do local, então, exigiu um pagamento por parte da ferrovia para a desapropriação das suas terras para a construção dos prédios e da linha. Com isso, a ferrovia acabou aceitando a oferta sem ônus de um outro fazendeiro, mas que tinha suas terras afastadas da vila. A estação foi construída ali e ao redor da estação um novo aldeamento se formou.

Houve protestos contra a distância muito grande entre uma e outra (ver caixa de 1878 abaixo).

Esta (Roseira Nova) cresceu muito mais que o local original (Roseira Velha) e acabou se tornando a sede do distrito e mais tarde do município de Roseira.

Marco Giffoni
conta: "A estação foi construída em terras doadas pelo Major Vitoriano Pereira de Barros, fazendeiro, proprietário de muitas terras em Roseira, Oficial do Estado Maior da Guarda Nacional do Município de Guaratinguetá, político e um dos chefes do Partido Conservador sendo, portanto, adepto ao regime monárquico então vigente. Nomeado inspetor das estradas pelo governo provincial, o Major Vitoriano promoveu o progresso no Distrito de Guaratinguetá, município do qual faziam parte as atuais cidades de Aparecida e Roseira. Em 1874, quando o projeto da ferrovia na região ainda encontrava-se em estudos, o Major Vitoriano, prevendo a série de benefícios que o empreendimento traria para Roseira, concentrou seus esforços para que fosse construída uma estação na localidade. Conta a tradição que ele trocou a honraria de um título de barão que lhe fora oferecido pelo Conde D´Eu pela construção da estação. Não se sabe ao certo se a negociação realmente ocorreu desta maneira mas, de qualquer forma, quando a Estrada de Ferro São Paulo-Rio de Janeiro foi oficialmente inaugurada, diversos títulos de nobreza foram outorgados aos fazendeiros valeparaibanos que haviam contribuído para que a ferrovia tornasse realidade e o nome do Major Vitoriano Pereira de Barros, que havia doado terras para a construção da estação e suas dependências, além de um terreno para a construção da igreja próxima a ela, não estava entre eles. A construção da estação acabou dando origem a um novo núcleo, o de Roseira Nova, que logo superou a sede original da localidade".

É sabido que no ano de 1879 (dois anos depois) fazendeiros de Guaratinguetá fizeram uma representação ao governo provincial pedindo uma nova estação em Roseira: o Presidente da Provincia autorizou, então, "sob certas condições, a construcção de uma nova estacção e chave na Rozeira". Há de se notar, também, que claramente o prédio da estação atual é uma construção mais recente (século XX, com certeza), mas ainda não consegui identificar a data de sua edificação.

Trens de passageiros passaram por ali até 1991, quando o trem Santa Cruz (São Paulo-Rio) foi descontinuado; depois, o Trem de Prata ainda passou ali de 1994 a 1998. Paradas em Roseira, no entanto, não existiam mais desde o início dos anos 1980. Em 2015, a estação servia como base para a MRS. Tinha bastante movimento em seus pátios. Estava, no entanto, bastante descaracterizada por reformas e nem tinha mais o logotipo da EFCB.

1877
AO LADO: O anúncio da inauguração da estação de Roseira foi esta nota curta e o horário da caixa abaixo
(
O Estado de S. Paulo, 28/3/1877).

1877
AO LADO: O novo horário dos trens, publicado nos jornais no mesmo dia de uma lacônica reportagem sobre ela mostrada no caixa acima, é a "prova" da inauguração da estação de Roseira (O Estado de S. Paulo, 28/3/1877).

1877
AO LADO: Os descontentes de Roseira protestam quanto à localização da estação - mas não adiantou nada - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER TODA A NOTICIA (A Provincia de S. Paulo, 24/06/1877).

1878
AO LADO: Faltavam vagões em Roseira (A Provincia de S. Paulo, 03/03/1878).

1878
AO LADO: Os protestos de fazendeiros quanto ao fato de a estação ter sido construída fora da vila de Roseira estação - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO NA ÍNTEGRA) (O Estado de S. Paulo, 26/10/1878).

1923
AO LADO: Mais trens devem parar na estação (O Estado de S. Paulo, 26/5/1923).





1932
AO LADO: Desastre trem x caminhão próximo a Roseira (O Estado de S. Paulo, 25/6/1932).





1932
AO LADO: Descarrilamento na estação (O Estado de S. Paulo, 26/11/1932).

ACIMA: Estação de Roseira, antes de ser derrubada e construída uma nova - a atual - em seu local. Data desconhecida, provavelmente anos 1930 ou 40 (Autor desconhecido). ABAIXO: Um Budd da MRS, carro administração na verdade, está parado em janeiro de 2007 no pátio da estação. Isto não ocorre freqüentemente, somente quando a MRS, concessionária da linha desde 1996, faz viagens com seu pessoal com objetivos internos. Resta a saudade de quem usou muito a estação até o início dos anos 1980 e ali podia embarcar ou desembarcar (Foto Osvaldo Galvanese, 01/2007).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Manoel Monachesi; Marco Giffoni; Nelson Correa; Osvaldo Galvanese; O Estado de S. Paulo, 1923; Relatório do Presidente da Província para 1879, 1880; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação e o trem de passageiros, c. 1990. Foto Manoel Monachesi

Um guindaste da MRS estacionado em um dos desvios, junto ao que deve ter sido um dia a casa do chefe da estação, ao lado desta (04/08/2001). Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 2002. Foto Nelson Correa

A estação de Roseira em 04/08/2001. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 2002. Foto Nelson Correa

A estação de Roseira em 01/2005. Foto Marco Giffoni

A estação de Roseira em 01/2005. Foto Marco Giffoni

A estação em 2015. Foto Marco Giffoni
 
     
Atualização: 24.06.2021
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.