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E. F. Oeste de Minas
(1910-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1965)
V. F. Centro-Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1996) |
LÍDICE
(antiga CAPIVARY e VILA PARADO)
Município de Rio Claro, RJ |
Linha-Tronco - km 45,996 (1960) |
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RJ-0122 |
Altitude: 554 m |
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Inauguração: 02.11.1910 |
Uso atual: moradia e alojamento da FCA (2006) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha-tronco da RMV foi construída originalmente pela E. F. Oeste
de Minas a partir da estação de Ribeirão Vermelho, onde a linha de
bitola de 0,76 chegou em 1888. A partir daí, a EFOM iniciou seu projeto
de ligar o sul de Goiás a Angra dos Reis, passando por Barra Mansa
por bitola métrica: construída em trechos, somente em 1928 a EFOM
chegou a Angra dos Reis, na ponta sul, e no início dos anos 1940 a
Goiandira, em Goiás, na ponta norte, e já agora como Rede Mineira
de Viação. A linha chegou a ser eletrificada entre Barra Mansa e Ribeirão
Vermelho, e transportou passageiros até o início dos anos 1990. Nos
anos 1970, o trecho final norte entre Monte Carmelo e Goiandira foi
erradicado devido à construção de uma represa no rio Paranaíba, e
a linha foi desviada para oeste encontrando Araguari. Hoje (2003)
a linha, já não mais eletrificada, é operada pela concessionária FCA.
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A ESTAÇÃO: A estação
de Capivary foi inaugurada em 1910, tendo sido ponta de linha
até a inauguração da estação de
Alto da Serra, onze anos depois.
Depois teve seu nome alterado para Vila Parado, e nos anos
1940, graças a habitantes revoltados, passou a se chamar Lidice. Em 1956, o distrito de mesmo nome possuía 4.255 habitantes.
O tráfego de passageiros naquele trecho, descendo e subindo
a serra, foi extinto entre 1979 e 1980 (ref.: Guia Levi).
Um trem turístico foi aberto em março de 1992 ligando
a estação de Lídice à de Angra
dos Reis - o chamado Trem da Mata Atlântica, com
seus carros verdes. Enquanto a RFFSA era a dona da linha, até
1996, eles funcionaram. Com a entrada das concessionárias,
eles foram suprimidos.
É, foi uma pena. A subida da serra, descrita por passageiros
desses últimos trens, era muito bonita. O trem subia a partir
da saída do pátio de Angra dos Reis até
a estação do Alto da Serra. Daí descia
até Lídice, onde esses trens geralmente paravam
por um tempo e voltavam. Em Lídice, esses últimos
trens turísticos que vinham de Angra faziam manobras
de carros e locomotivas para voltar a Angra. Enquanto isso,
passageiros desciam na estação - que ficava longe da
cidade - e se divertiam na pequena feirinha de produtos típicos
que por ali havia.
Tudo ao redor da estação, em 2003, já estava
abandonado. Entre 2002 e 2005, a linha esteve sem movimento de cargueiros,
devido a um desabamento em Angra dos Reis. Não deve
ser mais isso em 2017. O prédio estava lá, da mesma
forma como estava em 2014, mas a FCA não passa mais por ali,
não havia sentido em manter nenhum de seus funcionários
na região.
"A bela estação de Lídice está lá, meio descaracterizada,
servindo de moradia e alojamento da FCA, com um corrimão na plataforma.
A estação, o grande pátio, a caixa dágua e o pontilhão formam um belo
conjunto. Dá saudade do tempo em que isso era comum. O sol já estava
oculto pela morraria da região, o que diminui as cores mas melhora
o contraste. O pátio é grande, com seis linhas, talvez o maior entre
Angra e Barra Mansa, deve ter sido muito útil para formar e dividir
composições que chegavam e demandavam a descida da Serra do Mar, que
começa perto daqui. Percebi também um desvio morto. Para que
serviria?" (Eliezer P. Magliano, 02/2006).
ACIMA: Inauguração da estação
de Lídice em 1910. Na foto, ela está descrita como Alto
da Serra; esta, no entanto, somente foi aberta onze anos depois, em
1921. Em 1910, a estação de Lídice se chamava
Capivary. Por que a confusão de nomes? Bom, era realmente o
alto da serra, ali, mas é estranho que o nome correto não
tenha sido mencionado na legenda que a revista pôs na fotografia,
que, aliás, mostra o Presidente da República em final
de mandato, Nilo Peçanha (O Malho, 12/11/1910).
(Fontes: Gutierrez Lhamas Coelho; Eliezer Magliano;
Bruno N. Campos; O Malho, 1910; Mucio Jansen Vaz: Estrada de Ferro
Oeste de Minas - Trabalho Historico-Descriptivo, 1922; Guia Geral
das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Atualização:
06.12.2022
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