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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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São Gabriel
Santa Brígida
Vacacaí
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Mapa da linha - 1940
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (n/d-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-1996)
SANTA BRÍGIDA
Município de São Gabriel, RS
Linha Cacequi-Maritima - km 710,526 (1960)   RS-0651
  Inauguração: n/d
Uso atual: desconhecido   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
HISTORICO DA LINHA: A linha foi construída em partes: pela Southern Brazilian Rio Grande do Sul Railway Company Limited, sucessora de uma série de concessões anteriores, a Bagé-Marítima, em 1884. De Cacequi a São Gabriel, em meados de 1896 e de São Sebastião a Bagé, no final do mesmo ano, ambos pela pela E. F. Porto Alegre-Uruguaiana. Em 1900, a união São Sebastião-São Gabriel completaria o trecho Bagé-Rio Grande. Era uma linha de grande utilidade pois transportava gado e charque para o porto do Rio Grande, apesar de, no final do século 19, ter baixo movimento por causa dos altos preços do frete, dos maus serviços e da interrupção do serviço dos trens pela Revolução Federalista. Os trens de passageiros partiam de Livramento, em outra linha, chegavam a Cacequi e dali até Bagé. Em Bagé, havia que se trocar de trem para chegar a Rio Grande. Uma série de variantes foi entregue entre 1968 e os anos 1980 - Pedras Altas, Três Estradas, Pedro Osório, Pelotas - que encurtaram e melhoraram seu traçado, eliminando diversas das estações originais. Até 1982 as linhas ainda transportavam passageiros, quando o serviço foi interrompido devido ao desabamento de uma ponte em Pedro Osorio; uma nova linha foi construída logo depois. O transporte de passageiros retornou algum tempo depois mas com trens mistos, que duraram até meados dos anos 1990.
 
A ESTAÇÃO: Em 1889 (ou 1898 - a data está escrita duas vezes na fonte, e de forma diferente), o jornalista Fileto da Cunha Ramos escreveu um artigo sobre as charqueadas de São Gabriel, onde afirmava que "a Charqueada do Trilha possuía uma industrialização diversificada com o aproveitamento do couro”. Em 1912 o proprietário da charqueada, também chamada de Passo do Pinto, Augusto Nogueira, firmou sociedade com Boaventura Ferreira da Silva, desfeita em dois anos. Boaventura manteve a charqueada até 1934, quando admitiu como sócios os seus filhos e denominou-a Boaventura Ferreira da Silva e Cia. Na década de 1940 encerrou suas atividades, com a falência dos proprietários. Boaventura era casado com Brígida Cironi Ferreira da Silva, com seu falecimento, foi dado à charqueada e à estação o nome de Santa Brígida. Em 22/12/1933, a antiga parada do Passo do Pinto (na época, km 194,892) foi elevada a estação de 5a classe e renomeada como Santa Brígida. Hoje, junto ao Frigorífico Marfrig, o bairro à volta da continua com o nome de Santa Brígida. "Eu nasci nessa estação, em 21-06-1938. Só tinha a estação, nenhuma outra casa. Nasci sozinho, às 4 horas da tarde. Nesse horário, chegou o trem de passageiros. Minha mãe 'me ganhou', me colocou ao lado e esperou meu pai vir. Meu pai despachou o trem e veio 'completar' o parto. Na foto (abaixo), meu pai, agente da estação de Santa Brígida" (Wilmar Wilfrid Rübenich, 05/2008). Não sei a situação atual da estação.
(Fontes: Wilmar Wilfrid Rübenich, 2008; Fileto da Cunha Ramos, 1898 (1889); www.saogabriel.rs.gov.br; Relatórios da VFRGS, 1920-1968; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1940-81; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Estação de Santa Brigida, em 1939. Na foto, o chefe da estação, Omar Rübenich. Acervo Wilmar Wilfrid Rübenich
   
     
     
Atualização: 23.07.2009
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.