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Cie. Auxiliaire
des Chemins de Fer au Brésil (1910-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-1996) |
COXILHA
Município de Coxilha, RS |
Linha Marcelino Ramos-Santa Maria -
km 153,241 (1960) |
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RS-3285 |
Altitude: 696 m |
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Inauguração: 03.05.1910 |
Uso atual: abandonada (2013) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha unindo Marcelino Ramos e Santa Maria foi ideealizada em 1889
juntamente com todo o trecho entrte Itararé, SP, e Santa Maria,
RS, pelo engenheiro Teixeira Soares, visando a ligação
ferroviária do Rio de Janeiro e São Paulo com o sul
do País e também a colonização de boa
parte do percurso, locais ainda virgens. A parte correspondente ao
Estado do Rio Grande do Sul acabou sendo construída separadamente
do restante do trecho (que seria chamado de linha Itararé-Uruguai)
e entregue em 1894 à Cie. Sud Ouest Brésilien, e em
1907 cedida à Cie. Auxiliaire au Brésil. Em 1920, passou
para o Governo, formando-se a Viação Férrea do
Rio Grande do Sul, que, em 1969, teve as operações absorvidas
pela RFFSA. Com parte do trecho desativada em meados dos anos 1990,
em 1996 a ALL recebeu a concessão da linha, bem como de todas
as outras ainda existentes no Estado. Trens de passageiros circularam
até os anos 1980 pela linha. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Coxilha foi inaugurada em 1910.
Os primeiros moradores da região construíram as suas moradas nos altos
das coxilhas. Desta forma, sentiam-se protegidos dos ataques dos índios
Coroados. A localidade, por essa razão, ficou conhecida como região
das fazendas das coxilhas. O município teve um grande desenvolvimento
econômico graças à construção da linha Santa Maria-Marcelino
Ramos. Com a implantação desta, concluída em 1910, começou a se
destacar a exploração, a industrialização e a comercialização da madeira,
especialmente da araucária.
Entre 1910 e 1950 ocorreu a fase áurea da madeira, com a exploração
do pinheiro brasileiro para exportação, e com a mata nativa como instrumento
de alimentação das locomotivas da Viação Férrea e dos locomóveis das
serrarias. Durante as décadas de 1930 e 1940 Coxilha foi o
maior pólo de exportação de madeira, com diversas fábricas de caixas,
aplainados e aduelas. Com a mecanização das lavouras de trigo, Coxilha
destacou-se como grande produtor desta cultura, até meados da década
de 1960.
"Pedro Bertagnolli, que residia em Gaurama, ia de trem até
Coxilha e dali seguia a pé até a fazenda - e os sócios Amandio Sperb
e João Bonilla - resolveram plantar trigo na região numa área aproximada
de 400 hectares. Os trigais prometiam lucros e uma vida melhor, apesar
da distância que separava Gaurama dos campos da Butiá. Não havia infra-estrutura,
o conhecimento era limitado, mas os primeiros resultados foram compensadores,
o que aumentava os sonhos de ganho diante de uma terra que correspondia
às expectativas. Vieram os anos de 1951, 1952 e mais duas boas safras
de trigo da variedade "Fontana". Pedro foi pioneiro do cultivo do
trigo e da lavoura mecanizada no sul do país" (www.cabanhabutia.com.br).
Em 2014, a estação estava servindo como moradia e ainda
passavam autos de linha de vez em quando pelos trilhos.
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1923
AO LADO: A estação
durante o início da revolução de 1923
(O Estado de S. Paulo, 6/2/1923).
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(Fontes: Vitor Hugo Langaro; Elton da Costa
dos Santos; Héber Martins; www.alepolvorine.com.ar; www.siters.com.br/Municipios;
www.cabanhabutia.com.br; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil,
1960; Guias Levi, 1932-84; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 2007. www.alepolvorine.com.ar |
A estação em 2007. www.alepolvorine.com.ar |
A estação em 2013. Foto Elton da Costa dos Santos |
A estação em 02/2014. Foto Vitor Hugo Langaro
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Atualização:
21.01.2018
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