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Cie. des Chemins
de Fer Sud-Ouest Brésilien (1894-1907)
Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (1907-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CRUZ
ALTA
Município de Cruz Alta, RS (veja
a cidade) |
Linha Marcelino Ramos-Santa Maria -
km 372,954 (1960) |
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RS-2209 |
Altitude: 468 m |
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Inauguração: 20.11.1894 |
Uso atual: em péssimo estado (2023). |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1894 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha unindo Marcelino Ramos e Santa Maria foi idealizada em 1889
juntamente com todo o trecho entrte Itararé, SP, e Santa Maria,
RS, pelo engenheiro Teixeira Soares, visando a ligação
ferroviária do Rio de Janeiro e São Paulo com o sul
do País e também a colonização de boa
parte do percurso, locais ainda virgens. A parte correspondente ao
Estado do Rio Grande do Sul acabou sendo construída separadamente
do restante do trecho (que seria chamado de linha Itararé-Uruguai)
e entregue em 1894 à Cie. Sud Ouest Brésilien, e em
1907 cedida à Cie. Auxiliaire au Brésil. Em 1920, passou
para o Governo, formando-se a Viação Férrea do
Rio Grande do Sul, que, em 1969, teve as operações absorvidas
pela RFFSA. Com parte do trecho desativada em meados dos anos 1990,
em 1996 a ALL recebeu a concessão da linha, bem como de todas
as outras ainda existentes no Estado. Trens de passageiros circularam
até os anos 1980 pela linha. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Cruz Alta foi inaugurada pela Sud Ouest em 1894.
Segundo a ABPF e o Arquivo Histórico Municipal
de Cruz Alta, seu pátio ferroviário também
foi o único a ter AMVs (chaves) elétricos no estado do Rio Grande
do Sul. Apesar deste sistema ter sido desativado há muito tempo, sua
cabine ainda permanece no pátio. Mesmo depois de ter sido incendiada,
vandalizada e saqueada, a cabine elétrica do pátio de
Cruz Alta ainda mantém sua estrutura e nos dá uma idéia de
como era no passado. A cabine usava um tipo de sistema de nome
de nome bloqueio Bertacin, desenvolvido para a E. F. Sorocabana
por um engenheiro de nome Heitor Bertacin, e em 1931 foi introduzido
pela primeira vez em dez das estações da linha-tronco
desta ferrovia, entre elas a de Domingos de Moraes, em São
Paulo. Em 1936, foi introduzido no pátio de Cruz Alta.
Em 2007 era considerada hoje uma das mais importantes da
ALL. Ali funcionava a estação de transbordo para produtos
agrícolas, combustível, cimento e fertilizantes, saindo
dali trens diariamente para o porto de Rio Grande. Havia
oficinas e também uma rotunda (ainda existiam) no pátio.
Em 2015, segundo Vitor Langaro, a fachada do prédio não estava bem cuidada.
Em março de 2023, o estado do prédio era péssimo, segundo Silvio Rizzo. O trens de carga ainda operam. Existia próximo um anexo funcionando como centro administrativo da Rumo. Havia também neste prédio um centro de alistamento militar.
ACIMA: Estação de Cruz Alta
em 1905 (O Malho, 12/11/1905).
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1917
AO LADO: Aumento da cobertura da plataforma na estação de Cruz Alta (O Estado de S. Paulo,
24/3/1917). |
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1923
AO LADO: Explosão na estação. No
mesmo dia, explodiram bombas nas estações de
Porto Alegre e de Santa Maria (O Estado de S. Paulo,
17/5/1923).
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ACIMA: "Novo edifício de alvenaria
para o buffet da Viação Férrea junto à
estação de Cruz Alta. À esquerda, a antiga construção
de madeira em que estava instalado o buffet, e que será demolida".
Entendo que esse seria o restaurante da estação (Texto
e foto de relatório da VFRGS referente a 1926).
ACIMA: A estação de Cruz Alta em outubro de 1930, com as tropas de Getulio Vargas (Acervo Alfredo Roeber).
ACIMA: Trem na plataforma de Cruz Alta, talvez anos 1930 (http://cruzaltino.blogspot.com).
Veja a rotunda do pátio de Cruz Alta clicando sobre
a fotografia acima
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ACIMA: Linhas de Cruz Alta em 2017: o ramal Marcelino Ramos-Santa Maria e o sub-ramal de
Santo Angelo (Google Maps)
ACIMA: Linhas de trens cargueiros de Cruz Alta em 2023 ainda passam nas ruas (Foto Silvio Rizzo em abril de 2023 (Foto Silvvio Rizzo).
ACIMA: A ex-estação de Cruz Alta em 2023 em mau estado ee abandonada (Foto Silvio Rizzo em abril de 2023 (Foto Silvvio Rizzo).
ACIMA: Parte do pátio ferroviário da ex-estação de Cruz Alta em 2023 (Foto Silvio Rizzo em abril de 2023 (Foto Silvvio Rizzo).
ACIMA: Parte das plataformas da ex-estação de Cruz Alta em 2023 (Foto Silvio Rizzo em abril de 2023).
TRENS
- De acordo com os guias de horários, os trens
de passageiros pararam nesta estação de 1894
a 1983*. Ao lado, o trem da linha Marcelino Ramos-Santa Maria
na estação de Cruz Alta, provavelmente nos anos
1960. Veja aqui horários
em 1963 (Guias Levi).
*até 1982, pelo menos, com certeza
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(Fontes: Silvio Rizzo, 2023; Alejandro Tumanoff, 2007; Fabio Moreira dos
Santos, 1997; Vitor Hugo Langaro, 2015; Mário Celso Paixão Pereira, 2006; Alfredo Rodrigues, 1995; Wanderley Duck; Boletim da ABPF
no. 100, junho de 2011; O
Malho, 1905; Arquivo Histórico Municipal de Cruz Alta; http://cruzaltino.blogspot.com;
Diário Catarinense, 2002; IPHAE: Patrimônio Ferroviário
do Rio Grande do Sul, 2002; VFRGS: Relatório, 1926; www.prati.com.br;
Mapa: acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação, talvez anos 1920. Cartão postal.
Site www.prati.com.br |
A estação de Cruz Alta nos anos 1910-20. Foto
de cartão postal, cessão Wanderley Duck |
A fachada da estação em 1995. Foto Alfredo Rodrigues |
A estação em 1997. Foto Fabio Moreira dos Santos |
A estação, c. 2000. Foto do livro Patrimônio
Ferroviário do Rio Grande do Sul, IPHAE, p. 70 |
A estação em 12/2006. Foto Mário Celso
Paixão Pereira |
A estação em 11/2/2007. Foto Alejandro Tumanoff |
A estação em maio de 2015. Foto Vitor Hugo Langaro |
A fachada da estação em abril dE 2023. Foto Silvio Rizzo |
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Atualização:
26.04.2023
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