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E. F. Porto Alegre
a Uruguaiana (1885-1898)
Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (1898-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-1973) |
FERREIRA
Município de Cachoeira do Sul, RS |
Linha Porto Alegre-Uruguaiana - km 617,155
(1960) |
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RS-2807 |
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Inauguração: 13.10.1885 |
Uso atual: abandonada |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1885 |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Porto
Alegre-Uruguaiana foi aberta como empresa federal em 1883, ligando
Santo Amaro (Amarópolis) a Cachoeira (Cachoeira do Sul). Para
se ir de Santo Amaro a Porto Alegre utilizava-se a navegação
fluvial no rio Jacuí. Em 1898 foi encampada pela Cie. Auxilaire,
empresa belga, e em 1905 passou a ser a linha-tronco da VFRGS, ainda
administrada pelos belgas. Em 1907, os trilhos atingiram finalmente
Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Somente em 1911, a construção
da linha Santo Amaro-Barreto-Montenegro possibilitou a ligação
da longa linha com a Capital, utilizando-se parte da antiga linha
Porto Alegre-Novo Hamburgo. Em 1920, a linha tornou-se estatal novamente.
Em 1957 foi encampada pela RFFSA. Durante os seus anos de operação
foram construídas algumas variantes, para encurtar tempos e
distâncias, eliminando algumas estações de sua
linha original. Em 1938, a variante Diretor-Pestana-Barreto diminuiu
a linha em 50 km. Em 2 de fevereiro de 1996, deixaram de rodar os
trens de passageiros pela linha, que, hoje transporta os trens cargueiros
da concessionária ALL desde esse mesmo ano. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Ferreira foi inaugurada em 1885 no local denominado Passo
D'Areia pela E. F. Porto Alegre-Uruguaiana, no seu segundo trecho
construído, o Cachoeira-Santa Maria. Seu nome vem do
arroio Ferreira, tributário do rio Jacuí, ao lado do
qual
"A
Estação do Ferreira tinha 12 funcionários, fora os carregadores
de pedras, de arroz, de telhas e de tijolos. Havia os agentes-chefes
Mota e Dalmolim, o guarda-chaves e os telegrafistas. Como sempre
acontecia nas estações férreas, a população do local fazia rapaduras
e sonhos e vendia a cada parada dos trens noturnos e diurnos.
A Ferreira possuía um clube, um armazém de secos e molhados,
do Seu Pedro Ache, muitas casas, uma curva e uma ponte, o trem,
que passava por uma ponte seca em direção ao S. Lourenço e uma
linha morta onde dormiam os vagões, que era a alma do local.
Na enchente de 1941, a água chegou até a gare, cobriu os trilhos
e levou as ramas de arroz colhidas nas várzeas rio abaixo. Ferreira
era forte e rica, mais forte que as colônias e que os povoados
do sul, mas aos poucos foi diminuindo o movimento, as pessoas
foram embora, os engenhos fecharam, o trem mudou seu rumo numa
variante, a Olaria São Lourenço perdeu-se no tempo e poucos
resistem para lembrar daqueles dias em que havia alguma esperança
de que um trem fantasma ainda possa de novo passar por lá"
(Eduardo Florence, 2007).
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a estação está
situada. Em 1973 a estação foi desativada com
a abertura da variante Ildefonso Fontoura-Pertile.
Os trilhos foram retirados posteriormente. Sediou uma unidade
sanitária da Prefeitura, mas hoje está abandonada.
"A estação de Ferreira, em Cachoeira do Sul, fora
do ramal atual e abandonada, foi tombada pelo município agora
em fevereiro. Nossa entidade de defesa do patrimônio (sou
presidente licenciado), a Defender, vai começar um processo
visando a sua restauração e, quem sabe, a volta dos trilhos,
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que estão a menos de um quilômetro dela. Em minha propriedade
rural, distante 5 km da cidade, ainda existe um pontilhão sobre o
Arroio Ferreira, logo antes da estação, onde está bem conservado o
Brasão do Império, em alvenaria. Ali, antigamente, havia uma "turma"
que morava em três casas. Os trens saíam de Cachoeira, colocavam água
lá (o local se chama Caixa D'água) e daí paravam em Ferreira. Durante
a 2a Guerra, meus tipos e pai iam veranear em nossa chácara descendo
no meio do campo. Mesmo assim tinham que usar salvo-condutos, que
conservo até hoje" (Eduardo Minssen, 03/2009).
(Fontes: Eduardo Minssen; Renato Thomsen; Eduardo Florence;
Renate Elisabeth Schmidt Aguiar; IPHAE: Patrimônio Ferroviário
do Rio Grande do Sul, 2002; Eng. Ariosto Borges Fortes: VFRGS, suas
estações e paradas, 1962; Guia Geral das Estradas de
Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1940-81; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
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Atualização:
21.04.2012
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