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VXY Mogiana em MG
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Itu
Salto
Pimenta
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ramal de Campinas-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2020
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Cia. Ytuana (1873-1892)
Cia. União Sorocabana e Ytuana (1892-1907)
Sorocabana Railway (1907-1919)
E. F. Sorocabana (1919-1971)
FEPASA (1971-1985)
SALTO
Município de Salto, SP
Ramal de Campinas - km 129,119   SP-0543
Altitude: 520 m   Inauguração: 02.04.1873
Uso atual: Parada para o trem Republicano (2020)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1898
 
 
HISTORICO DA LINHA: Em 1873, foi entregue pela Ituana a sua linha-tronco ligando a estação de Jundiaí da SPR a Itu, com bitola de 96 cm. A anexação da Ituana pela Sorocabana em 1892 alterou todo a história. O trecho foi prolongado até Mairinque, a bitola foi ampliada para 1 metro e o trecho entre Mairinque e Francisco Quirino foi prolongado até Campinas, dando origem ao ramal de Campinas. Em 1924, o ramal foi unido à partida da ex-Funilense, na nova estação da Sorocabana em Campinas. O ramal transportou passageiros até 1976. O ramal transportou passageiros até 1976. O ramal foi abandonado e entre 1991 e 1995 nele funcionou (na parte urbana de Campinas) o VLT, hoje extinto. Os trilhos foram arrancados na primeira década dos anos 2000. Já os do trecho além da área urbana de Campinas sumiram bem antes.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Salto foi inaugurada em 1873, alguns dias antes que a estação de Itu, como uma das estações pioneiras da então linha-tronco da Ituana, que vinha de Jundiaí em direção a Itu. A cidade contava então com menos de mil habitantes e cerca de duzentas casas.

Era também necessário atravessar o rio Jundiaí com balsa para ir da cidade à estação. Isto até 1898, quando foi inaugurada uma ponte de madeira no que hoje é o final da rua Monsenhor Couto, construída às expensas de um industrial da época, o Dr. Barros Júnior.

A partir de 1914, passou a servir ao ramal de Campinas. Em 1959, a estação - já com um edifício novo desde 1898 - tinha cinco desvios particulares: da pedreira da Ponte; da pedreira de João Dias; da Brasital - com quase 2 km de extensão; da Eucatex e da EMAS, que consumia bauxita. Outras indústrias, como a Têxtil
Assad Abdala e a Fábrica Picchi e o comércio em geral recebiam mercadorias e matérias-primas que chegavam pela ferrovia: celulose, fardos de algodão, cimento, madeira, soda cáustica, bobinas de aço, botijões de gás etc. Também por ela, saíam café em grãos, paralelepípedos, pedra britada, areia dos rios Jundiaí e Tietê, vinho das vinícolas Milioni e Donalísio, óxido de alumínio da EMAS, em média 10 vagões por dia de chapas da Eucatex e artigos de couro do Cortume Telesi, entre outros.

Foi desativada em 1985. Está situada na saída de Salto para Jundiaí. Foi uma escola, depois sede da COOCISA - uma cooperativa - e em 2020 estava restaurada, tendo sido aberta como parada para passageiros no Trem Republicano (turistico - linha Itu-Salto) no dia 19 de dezembro.

(veja também SALTO-NOVA)

1881
AO LADO:
Sobre a cidade de Salto e seu trem no (http://leituraspossiveis. blogspot.com - Elton Frias Zanoni).

As Festas do Salto, existentes desde os primeiros anos do século XVIII, motivaram, a partir de 1876, uma iniciativa que se tornou praxe das empresas que operavam a ferrovia: correr trens entre Salto e Itu, nos dias 7 e 8 de setembro de cada ano, a curtos intervalos de tempo. Isso se mostrava interessante já que havia um numeroso contingente de ituanos interessados em vir para cá, justamente para participar dos tradicionais festejos na data da Padroeira do Salto. O aviso extraído do jornal Imprensa Ytuana, de 4 de setembro de 1881, dá o tom do movimento nesses dias: "No dia 8 de Setembro p. futuro correrão os trens extraordinários como de costume. Na véspera, 7 de Setembro haverá um trem especial que partindo de Ytu as 5 horas da tarde, regressando do Salto de noite, 15 minutos depois de um prolongado apito da machina"

1889
AO LADO: Inauguração da fabrica de papel - todo mundo foi de trem e desceu na estação da cidade - CLIQUE SOBRE O ARTIGO PARA VÊ-LO INTEIRO) (A Provincia de S. Paulo, da Manhã, 17/9/1889).

1891
AO LADO: Acidente mata burros de carga nos trilhos (O Estado de S. Paulo, da Manhã, 7/8/1891).
ACIMA: Estação de Salto, provavelmente anos 1940 (leituraspossiveis.blogspot.com - Prof. Elton Frias Zanoni ).






1947-1949
AO LADO: Movimento na estação de Salto no ano de 1947 (Folha da Manhã, 1/2/1948).
ACIMA: Problemas com o horário dos trens da Sorocabana em 1949 (Folha da Manhã, 11/1/1948).

ACIMA: Composição cargueira parada na estação de Salto, em 1982 (O Estado de S. Paulo, 10/12/1982 - acervo Carlos R. Almeida).

ACIMA: Na estação de Salto em 1985. Às vésperas da desativação, já havia 9 anos que trens de passageiros não mais passavam por ali (Foto Orandir Pannucci).


ACIMA: Bela foto da estação em 1985, com os trilhos que hoje já não existem mais (Foto Orandir Pannucci).

ACIMA: A estação reformada em 2020, esperando que um dia o projetado trem turistico Salto-Itu saia do papel (Foto Luis Carlos Eden).

(Fontes: Ralph Mennucci Giesbrecht, pesquisa local; Salto em 4/2/2022. Silvio Rizzo;, 2002; Orandir Pannucci; Christian Duch; Carlos R. Almeida; Alberto del Bianco; Edilson Luiz de Santis; Adriano Martins; Ricardo Koracsony; Elton Frias Zanoni; http://leituraspossiveis.blogspot.com; O Estado de S. Paulo, 1982; Folha da Manhã, 1948-1949; Cia. Ytuana, relatórios anuais, 1872-92; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1892-1969; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Estação de Salto, ainda ativa em 1982. Foto Alberto del Bianco

A estação de Salto (7/3/1998). Foto Ralph M. Giesbrecht

Em 7/3/1998, a estação funciona como escola. Foto Ralph M. Giesbrecht

Estação de Salto, lado da plataforma, em 2001. Foto Adriano Martins

Fachada da estação, azul e reformada, em 11/2002. Foto Ricardo Koracsony

A estação em 17/1/2010. Foto Edilson Luiz de Santis

A estação em 17/1/2010. Foto Edilson Luiz de Santis

A estação em 17/1/2010. Foto Edilson Luiz de Santis

A estação em restauro (????) em 25/12/2013. Foto Ismael Marques

A estação de Salto em 4/2/2022. Foto Silvio Rizzo

   
     
Atualização: 07.02.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.