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Silvânia
Toriba
Quilômetro 11
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ramal de Tabatinga - 1950
IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2003
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E. F. Araraquara
(1911-1966) |
TORIBA
Município de Matão, SP |
Ramal de Tabatinga - km 5,712 (1938) |
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SP-2920 |
Altitude: |
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Inauguração: 08.01.1911 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal que
saía de Silvânia era o único ramal da E. F. Araraquara, e começou
a ser construído em 1908. O primeiro trecho entregue o foi em 1911,
tendo ele chegado em Tabatinga, na E. F. Dourado, em 1916, que era
uma estação administrada em conjunto com esta ferrovia. O ramal permaneceu
com bitola métrica mesmo após o alargamento da bitola da EFA nos anos
50, e foi finalmente extinto em 1966. |
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A ESTAÇÃO: A estação de
Toriba foi inaugurada em 1911. Dela saía um ramal com 16 km,
dos quais 9 km pertenciam à Cia. Agrícola Fazendas Paulistas,
de Matão, e 7 km ao sr. Carlos Neche, de Araraquara,
e que transportava lenha.
Em 1965, a estação foi desativada juntamente
com o ramal. A estação foi posteriormente demolida.
"Conversando
com dois antigos moradores do lugar, eles me contaram sobre o ramal
de Tabatinga. Eles disseram que o ramal servia basicamente a "fábrica dos ingleses". Eu perguntei que
fábrica era, e eles disseram que a fábrica produzia óleo de
amendoim e algodão, além de perfume de raiz de bentevi, uma planta-arbusto
que tinha uma raiz muito cheirosa. Além disso, o ramal passava quase
todo ele dentro da fazenda Cambuí, que também era do tal grupo inglês.
Segundo eles, o grupo se chamava "Companhia Agrícola Fazendas Reunidas"
ou algo assim, eles não se lembram exatamente. A fábrica ficava junto
à estação de Toriba, no ramal, hoje demolida. O prédio da fábrica
ainda existe, mas está hoje alugado para vários galpões e parte abandonada.
A fazenda não pertence mais aos ingleses há anos e foi
subdividida em vários lotes. A linha passava dentro dessa fazenda,
de Toriba a Curupá, esta a última estação antes de Tabatinga. Os ingleses
venderam a fazenda lá pelos anos 60, antes de acabar o ramal (que
acabou em 1966). Segundo eles, o ramal acabou porque a fazenda depois
de vendida (para os Moreira Salles, segundo eles) despediu muita gente
e a fábrica fechou. "Bons tempos aqueles", diziam eles, "tudo aqui
girava em torno da fazenda e da fábrica, que davam emprego para todo
mundo". Bem, a história deve ser em grande parte real. Mas a triste
conclusão é que o ser humano, hoje, é ultrapassado. Ele está a mais
na história. O dinheiro e a produtividade valem mais que a mão-de-obra.
O homem é supérfluo. Triste, mas real" (Ralph M. Giesbrecht,
08/2002).
Em 2003, um pouco antes do local onde ficava a estação, para
quem vem de Matão, sobravam quatro casas, muito
parecidas entre si, com estilo inglês. Pertenciam à
fábrica. Uma delas estava abandonada, outras estavam
bem cuidadas. Havia pequenas inscrições na parede frontal dessas
casinhas, onde se lia: 1934, em uma,
e 1950, em outra. Construção e reforma? Após a vila, podia-se
seguir de carro pelo antigo leito ferroviário, onde se cruzava a atual rodovia Washington Luiz no km 296.
ACIMA e ABAIXO: Acidente com trem lenheiro ocorrido no desvio
da Companhia Agrícola Fazendas Paulista (possivelmente um dos
que são vistos nas fotos mais abaixo entrando na empresa) em
12 de dezembro de 1929. O acidente deu-se na descida para o vale do
rio Itaquerê (Acervo Arquivo Público Rodolfo Telarolli).
ACIMA: A fábrica de óleo de Toriba, ainda
funcionando, foto sem data. Notar os desvios ferroviários.
A estação não aparece, mas estaria à esquerda,
mais à frente (Foto do livro Memórias da Fazenda,
de Luiz Marques Bueno).
ACIMA: a fábrica de óleo, fechada,
mas conservada e sem os desvios (Foto Ana Maria Giesbrecht, em 16/08/2003).
Em 10 de novembro de 1976, o jornal Folha
de S. Paulo publicou uma reportagem sobre o leilão
de "terrenos e velhas estações" pela
FEPASA. Um deles era Toriba: "Na zona rural do município
de Matão, encontra-se à venda um trecho de faixa
e área de terreno da esplanada e benfeitorias da antiga
estação de Toriba, com área total de
43.160 m2". Supõe-se que nessa época, então,
tudo tenha sido arrematado por terceiros.
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(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; Ana Maria Giesbrecht; Amarildo Cristiano Neri; Ettore M. Gaspar;
José Figueira; Acervo Arquivo Público Rodolfo Telarolli,
Araraquara; Folha de S. Paulo, 1976; Diário de S. Paulo, 15/12/1929;
Luiz Marques Bueno: Memórias da Fazenda, 2001; E. F.
Araraquara: listagem oficial de estações, 1938; Mapa
- acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Toriba nos anos 1930. Acervo Amarildo
Cristiano Neri |
Composição parada à frente da estação
de Toriba, sem data. Foto cedida por Ettore M. Gaspar, do acervo
de José Figueira |
Detalhe da foto anterior mostrando a estação de
Toriba. Foto cedida por Ettore M. Gaspar, do acervo de José
Figueira |
Estação de Toriba (à esquerda, aparece
parcialmente) e prédios da fábrica de óleo,
sem data. Foto cedida por Ettore M. Gaspar, do acervo de José
Figueira |
Casa da vila ferroviária de Toriba, em 18/04/2001. Foto
Ralph M. Giesbrecht
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Atualização:
25.02.2021
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