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Parnaso
Tupã
Universo
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Tronco oeste CP - 1970
IBGE-1973 - ced. Elly Jr.
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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Cia. Paulista de
Estradas de Ferro (1941-1971)
FEPASA (1971-1998) |
TUPÃ
Município de Tupã, SP |
tronco oeste - km 541,811 (1957) |
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SP-2933 |
Altitude: 511,190 m |
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Inauguração: 15.11.1941 |
Uso atual: restaurada para ser Museu da Fotografia (2019) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1941, ampliado em 1968 |
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HISTORICO DA LINHA: O chamado
tronco oeste da Paulista, um enorme ramal que parte de Itirapina até
o rio Paraná, foi constituído em 1941 a partir da retificação das
linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú (originalmente
construído pela Cia. Rio-clarense e depois por pouco tempo de propriedade
da Rio Claro Railway, comprada pela Paulista em 1892), de Agudos e
de Bauru. A partir desse ano, a linha, que chegava somente até Tupã,
foi prolongada progressivamente até Panorama, na beira do rio Paraná,
onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica pela larga também
foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da linha, que
alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976,
já com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e
Garça que passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado,
suprimindo-se uma série de estações e deixando-se a eletrificação
até Bauru somente. Trens de passageiros, a partir de novembro de 1998
operados pela Ferroban, seguiram trafegando pela linha precariamente
até 15 de março de 2001, quando foram suprimidos. |
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A ESTAÇÃO: Aberta em 1941,
a estação de Tupã (no início também
foi Tupan) permaneceu como ponta de linha por muitos anos,
até 1949.
Em 1948, ainda como ponta de linha e como consequência disto,
a estação ferroviária era a segunda em arrecadação
de todas as estações da Companhia Paulista, superada
apenas pela de Campinas. Com a perda dessa condição,
em 1949, a arrecadação caiu.
A estação de Tupã sofreu uma grande reforma em 1969/70
- em 1962, já se orçava o custo para essa ampliação
(Folha de S. Paulo, 18/6/1962). Até aí, era um
prédio menor, mais típico das estações
da Alta Paulista, que, aliás, havia substituído a primeira
estação de madeira na cidade.
"Conta a minha avó que no dia da
inauguração da bitola larga em Tupã - 10 de dezembro
de 1958 - ela ouviu o som de fogos de artifício e logo em seguida
viu o trem de passageiros, tracionado por locomotiva Diesel-elétrica,
provavelmente uma RSC-3 ou uma PA, talvez até uma duplex de G12,
partir para São Paulo"
(Hermes
Y. Hinuy, 13/1/2010).
Em 1986, o relatório de G12, partir para São
instalações fixas da FEPASA considerava o estado da estação
como "perfeita".
Em 1968, a estação ferroviária original de
Guatapará, bem longe dali, foi desativada
por causa de uma mudança nas linhas na cidade devido à
construção de uma nova ponte sobre o rio Mogi. A sua
enorme cobertura foi desmontada e trazida para Tupã,
onde foi montada sobre a estação que estava sendo reformada.
Em 2008, a situação já era bem diferente, estando a estação
no mesmo abandono de outras pelo Estado afora.
Apesar disso, depois de anos sem tráfego, em janeiro de 2007
o primeiro trem para carregar açúcar no CEAGESP de Tupã
passara a circular diariamente, depois de limpa a linha. "Acompanhei
a história desse trem de Tupã. Na
volta em Bauru um vagão tombou. Aquela
região até a barranca do rio vai ser um grande polo sucroalcooleiro.
Muitas usinas estão sendo formadas ou já foram nestes 2 últimos anos
em Junqueirópolis, Inúbia, Dracena, Flórida... É isso que aquela região
precisa, não de presídios! Nas últimas vezes que percorri o trecho
em 1993 (a linda Adamantina ainda estava lá tinindo!) percebi que
o trem ainda era fundamental para eles. Era possível caminhar
pelo trem, conversar com o pessoal da antiga e até paquerar umas gatinhas.
As estradas eram perigosas e não confiáveis. Bom, como estamos carecas
de saber as 'forças ocultas' foram mais fortes e em 10 anos (até menos)
tudo desapareceu" (Rodrigo Cabredo, 01/2007).
Em 2010, a estação e os outros prédios à
sua volta continuavam totalmente depredados. "Tupã tem cerca
de 65 mil habitantes, e parece que não vai muito longe disso, estando
"empacada" nesse número há tempos. Com relação à estação de trem,
finalmente a prefeitura municipal conseguiu a cessão do prédio e do
barracão junto ao governo federal. A idéia é implantar ali o "Museu
do Tropeiro", tendo até uma "arte" prévia de como o prédio ficará
após a mudança e restauração. O problema é que para isso precisa de
verba federal, e esta, aliás, não tem previsão de liberação,
então a estação deve ficar abandonada ainda por um bom tempo. E trem
por aqui, desde fevereiro do ano passado não passa mais nada, nem
mesmo o trem de capina química da ALL, que neste ano, mesmo com potencial
de cargas na região que, se bem trabalhado, chegaria a uns 2 milhões
de toneladas entre açúcar e óleo das cidades e usinas das redondezas,
disse "não ter interesse" em fornecer transporte de trem"
(Adriano A. Moreno, 30/12/2010). Em 2010, o trem de açúcar
já não passava.
"Tenho saudades da ferrovia dos velhos tempos. Sinceramente não consigo aceitar o descaso com o transporte ferroviário. Fui criado em Tupã, nasci em Herculândia, cidade vizinha. Cheguei a ver, quando criança, as antigas máquinas a vapor da Paulista. Quando fui trabalhar em Pacaembu, em 1974, viajava muito de trem, uma hora mais rápido naquele percurso de 92 km porque os ônibus adentravam as cidades, não muito próximas da rodovia. Muita saudade também sinto dos tempos da faculdade e do Trem dos Estudantes, uma composição de apenas dois vagões que fazia o trecho Panorama/Tupã porque a antiga composição Panorama/São Paulo frequentemente atrasava na volta de São Paulo e ficávamos um tempão esperando a composição para voltarmos. Como foi dito, aterros e pontes estão no traçado e dormentes e trilhos abandonados. Que concessão foi esta? (Zanoni, abril de 2022)".
Depois de anos de abandono, a estação foi restaurada e, em 2019, o prédio da estação já estava pronto, mas para um uso completamente diferente do qual fora construído em 1941.
VEJA: UM
DIA O TREM PASSOU POR TUPÃ!
(Veja TUPÃ
e os TRENS DA CIA. PAULISTA EM 1959)
ACIMA: A estação anunciada
no dia de sua inauguração (Folha da Manhã, 15/11/1941).
ACIMA: No início ainda era Tupan (Autor
desconhecido, anos 1940 ou 50).
ACIMA: PA-2 em Tupã: a estação
ainda é a antiga. Anos 1950 ou 60 (Autor desconhecido).
ACIMA: Primeira diesel chega a Tupã
em 10/12/1958 (Acervo Stenio Gimenez, autor desconhecido).
ACIMA: Com os novos trens diesel, os novos horários dos trens em Tupã em 1958
(Acervo Museu India Vanuire, cessão Hermes Y. Hinuy).
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1963
AO LADO: A estação já estava pequena
para a cidade (Folha de S. Paulo, 23/5/1963). |
ACIMA: Pátio, estação
e linha em Tupã em 1969 - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VÊ-LA
EM TAMANHO MAIOR (Autor desconhecido).
ACIMA: Em junho de 1982, trem de passageiros
da FEPASA na plataforma de Tupã (Foto Artur Silva).
ACIMA: Na plataforma de Tupã, em dezembro de 1986 (Foto Israel Vieira
da Silva).
ACIMA: A estação
de Tupã em muito bom estado ainda (Foto Carlos Ferreira Damião.
Data desconhecida).
ACIMA: Linha do desvio para o CEAGESP em Tupã
e entrada do desvio no armazém do CEAGESP (Fotos Hermes Y.
Hinuy, 02/2008).
ACIMA: A velha estação em 13/6/2013 (Foto Hermes Hinuy).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; Adriano de Avance Moreno; Hermes Y. Hinuy; Carlos Ferreira
Damião; Rodrigo Cabredo; Israel Vieira da Silva;
Eduardo Dantas; Artur Silva; Stenio Gimenez; Elly Jr.; Folha da Manhã,
1941 e 18/4/1948; Folha de S. Paulo, 1962-63; Folha do Povo, Tupã;
Acervo Museu India Vanuire; Cia. Paulista: relatórios anuais,
1930-70; IBGE, 1973; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht) |
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O primeiro trem chega a Tupã (1941). Foto cedida pelo
jornal "Folha do Povo", de Tupã
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A segunda estação de Tupã, nos anos 1940.
Acervo Museu India Vanuire - reprodução Hermes
Y. Hinuy |
Vista aérea da atual (terceira) estação
de Tupã, c. 1980. Foto de cartão postal, cedida
por Hermes Y. Hinuy |
A estação em janeiro de 1992, ainda ativa. Foto
Hermes Y. Hinuy |
Foto de Tupã em 31/12/1995. Autor: Hermes Y. Hinuy |
A estação em 13/07/2000, já abandonada.
Foto Hermes Y. Hinuy |
Plataforma da estação de Tupã, totalmente
depredada, em 11/2005. Foto Eduardo Dantas |
Interior da estação de Tupã, totalmente
depredada, em 11/2005. Foto Eduardo Dantas |
Armazém de estação de Tupã, ao lado
da estação, totalmente depredado, em 11/2005.
Foto Eduardo Dantas |
Estação de Tupã em 20/12/2008. Foto Hermes
Hinuy |
Estação de Tupã em 20/12/2008. Foto Hermes
Hinuy |
Escondida pelo mato, a estação não pode
ser vista ao lado da cobertura metálica. Foto Ralph M.
Giesbrecht em 28/12/2010 |
Fachada da estação em 09/2013. Foto Mario Favaretto |
A cobertura que veio de Guatapará em Tupã, 23/4/2016.
Foto Hermes Y. Hinuy |
A estação de Tupã, 23/4/2016. Foto Hermes
Y. Hinuy |
Estação de Tupã restaurada em 2019. Foto Hermes Hinuy |
Estação de Tupã restaurada em 2019. Foto Hermes Hinuy |
Estação de Tupã restaurada em 2019. Foto Hermes Hinuy |
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Atualização:
11.04.2022
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