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Carlos de Campos
Vila Matilde
Patriarca
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ram. S. Paulo EFCB-1950
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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E. F. Central do
Brasil (1924-1975)
RFFSA (1975-1983)
CBTU (1983-1992)
CPTM (1992-2000) |
VILA
MATILDE
Município de São Paulo, SP |
Ramal de São Paulo - km
489,574 (1928) |
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SP-0653 |
Altitude: 739 m |
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Inauguração: 15.01.1924 |
Uso atual: abandonada (2017) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: anos 1970? |
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HISTORICO DA LINHA: Em
1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do
Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, do Braz até a saindo
da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até o bairro da Penha. Em
12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica,
encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, atual Central do Brasil, constituída em 1855 e com o ramal,
que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo
Cachoeira no terminal navegável dois anos antes (1875) e com bitola larga
(1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias
se deu em 8/7/1877. As cidades da linha se desenvolveram,
e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"...
O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi
uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba.
Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar
E. F. Central do Brasil, que, em 1892, incorporou a já falida
E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as
2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cachoeira-Taubaté)
e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA.
O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos
anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte,
foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998,
o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado,
com o fim do Trem de Prata, no mesmo ano em que a MRS passou a ser a
concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde
1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e
no trecho da estação D. Pedro II a Japeri, no RJ. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Vila Matilde foi inaugurada em 1924 com plataformas de madeira,
que ainda permaneceram nas extremidades da estação até
sua desativação.
Durante a revolução de julho de 1924, foi usada como
acampamento de tropas do Governo.
Sempre foi basicamente uma "estação de subúrbio". Foi reformada em
1966, quando foi construído um prédio para a bilheteria, com entrada
pelo viaduto sobre a linha. Em 1988, sofreu uma nova reforma, tendo
o prédio sido pintado de amarelo e o
terceiro desvio da estação retirado por causa da nova
estação de metrô.
Foi desativada em 27/5/2000, com a entrada em operação do Expresso
Leste da CPTM.
Em 2007, sua antiga bilheteria, em um "viaduto" sobre a
ferrovia, funcionava como sala de exposições e galeria.
Em 2012, não havia mais nenhum uso definido para a velha e
histórica estação, totalmente abandonada pela
CPTM. Em 2017, a velha plataforma de
madeira já havia sido totalmente erradicada.
Segundo
conta o pesquisador Cleiton Campos, "no início dos
anos 1920 teria acontecido um desastre com um trem da Central,
dentro da Fazenda Gavião, em terras de Dona Escolástica
Melchert da Fonseca. Sensibilizada, ela decidiu doar a área
da tragédia para a construção de uma estação que encurtaria
o trajeto entre as estações Guaiaúna e Itaquera, mas com uma
condição: que a estação ganhasse o nome de sua filha Matilde".
O bairro de Vila Matilde nasceu oficialmente em 1922, antes
da implantação da estação e "quando
a fazenda Gavião se extingue e começa o processo de loteamento
da região, loteada pela sociedade Carvalho & Mascarenhas e no
ato da compra do lote, a família ganhava 5000 tijolos".
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1921/22
AO LADO: Abertura do bairro.
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1924
AO LADO: Anúncio da abertura da parada em 1924.
Esta data (15/4/1924) contraria as datas muitas vezes citada
de 1921 e de 1922 (O Estado de S. Paulo, 11/1/1924).
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ACIMA: Triste imagem: durante a revolução
de julho de 1924, o exército legalista (forças
do Governo Federal) distribuem socorros e alimentos à população
da Vila Matilde na plataforma da estação (Revista da
Semana, 9/8/1924).
ACIMA: Acidente com morte em 1924
na estação (CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER A REPORTAGEM
INTEIRA) (O Estado de S. Paulo, 28/5/1925).
1927
AO LADO: Matança de vacas na estação
(O Estado de S. Paulo, 20/5/1927).
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1931
AO LADO: Elogios ao chefe da estação (O
Estado de S. Paulo, 28/1/1931).
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1933
AO LADO: Os suburbios na estação (O
Estado de S. Paulo, 5/12/1933). |
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1934
AO LADO: Acidente na estação (O
Estado de S. Paulo, 17/3/1934). |
ACIMA: Críticas ao funcionamento da
estação de Vila Matilde em 1939 (O Estado de
S. Paulo, 1/6/1939).
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1939
AO LADO: Quinze dias mais tarde... e mais reclamações
da estação (O Estado de S. Paulo, 15/6/1939).
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1942
AO LADO: Quinze dias mais tarde... e mais reclamações
da estação (O Estado de S. Paulo, 15/7/1942). |
ACIMA: Incêndio e tiros na estação
(Folha da Manhã, 24/1/1950).
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1958
AO LADO: Ameaça de depredação na
estação de Vila Matilde (Folha da Manhã,
23/5/1958).
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ACIMA (à direita):
As agruras dos trens de suburbio da Central do Brasil em 1948
(Folha de S. Paulo, 6/5/1948).
ACIMA: Estação de Vila Matilde em 19/12/1962
(Foto Ivo Justino).
ACIMA: Passagem de nível ao lado
da estação em 12/9/1963 (Autor desconhecido).
ACIMA: Reformas na estação
de Vila Matilde em agosto de 1966 (Diário Popular, 4/8/1966).
ACIMA: Em abril de 1967, uma bomba de fabricação
caseira explodiu durante a madrugada na estação. Destruiu
parte da cabine de controle, da bilheteria e do forro. As investigações
foram feitas com a suspeita de terrorismo, mas não se acharam
os culpados. Notar que o prédio de 1921 ainda existia nessa
época (Folha de S. Paulo, 16/4/1967).
ACIMA: Inauguração do viaduto da Vila
Matilde (Diario Popular, 1967).
ACIMA: Em julho de 1967, do novo viaduto sobre a linha podia-se alcançar a estação por uma escadaria (Diario Popular, 16/7/1967).
ACIMA: Também em julho de 1967, a estação estava sendo chamada de obsoleta - pedia-se uma nova (Diario Popular, 16/7/1967).
ACIMA: Tráfego de trens (CPTM e metrô) ao longo
da velha estação, da qual se vê apenas a construção
verde (Foto Carlos
Roberto de Almeida em 21/1/2017).
ACIMA: Antigos portões de entrada (Foto Carlos
Roberto de Almeida em 21/1/2017).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Carlos Roberto
de Almeida; Vanderlei Zago; Ivo Justino; Paulo Augusto Mendes; Jonilson
Montalvão; Robson Souza; O Estado de S. Paulo, 1924, 1925,
1927, 1939 e 28/05/2000; Folha da Manhã, 1948, 1950 e 1958;
Folha de S. Paulo, 1967; Diário Popular, 1966; Max Vasconcellos:
Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; Revista da Semana,
1924; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Estação de Vila Matilde, em 07/1924, com tropas
legalistas acampadas durante a revolução em São
Paulo. Foto da Revista da Semana, de 09/08/1924 |
Comboio ferroviário e tropas nas proximidades da estação
de Vila Matilde, durante a revolução de julho
de 1924. Foto da Revista da Semana, de 09/08/1924 |
A estação, anos 1980. Acervo Paulo Augusto Mendes |
A bilheteria da estação, em 02/10/1998. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
A plataforma da estação, em 28/05/2000, um dia
após a desativação. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Plataforma da estação, 28/05/2000. Foto de O
Estado de S. Paulo |
A estação, nos últimos dias de funcionamento
em maio de 2000. Foto Vanderlei Zago |
Estação em 2001. Foto Jonilson Montalvão |
Em 03/2007, na desativada estação de Vila Matilde,
sua bilheteria funcionava como sala de exposições.
Foto Robson Souza |
Estrada da estação em 21/2/2017. Foto Carlos Roberto
de Almeida |
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Atualização:
28.04.2020
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