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Cândido Mota
Assis
Cervinho
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Tronco EFS - 1935
IBGE-1973
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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E. F. Sorocabana
(1915-1971)
FEPASA (1971-1998) |
ASSIS
Município de Assis, SP |
Linha-tronco original - km 614,317
(1924); km 601,411 (1931) (*); km 553,478 (1960) (**) |
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SP-0581 |
Altitude: 562 m |
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Inauguração: 1914 |
Uso atual: Secretaria da Cultura e terminal de ônibus (2023) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1926 |
(*) As quilometragens
foram alteradas em 1928, devido às retificações
feitas entre São Paulo e Iperó neste ano e em 1953,
(**) devido às retificações feitas entre Conchas
e Manduri neste ano.
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Assis foi aberta em 1914 e atendia, além da cidade, ao horto
da Sorocabana que tinha o mesmo nome.
Em 1926, ganhou um novo prédio, tendo sido a estação antiga adaptada
como moradia do pessoal de tráfego, em 1927.
Em 1932, no entanto, as reclamações contra a conservação
do prédio já existiam: "A Sorocabana não
tem dispensado a Assis a omportância que deveria ter, pela sua
posição. Tanto assim que a nossa estação
ferroviária continua com as paredes carcomidas, necessitando
de uma nova caiação, o matagal a lhe tomar os terrenos
laterais e a sua plataforma ainda coberta de zinco" (Folha
da Manhã, 17/1/1932). Acabou sendo reformada em 1938.
Quase 60 anos depois, em janeiro de 1999, o último trem de passageiros
passou por ali, desativado pela Ferroban, que havia então acabado
de tomar o controle da linha da Fepasa, que a entregou alguns dias
antes. A estação fechou.
Os depoimentos abaixo mostravam a situação dois anos depois, em 2001:
"Na segunda-feira (31 de julho), minha namorada foi despachar com
o juiz em Assis e, enquanto ela ficava no Forum, fui passear pelo
páteo da Sorocabana e pela estação. Ela é muito bonita e tem
cobertura extensa. Está bem conservada, mas o pessoal me disse que
quase não passam mais trens. A rede eletrificada foi arrancada. O
que me chamou a atenção foi a enorme quantidade de habitações de ferroviários
construídas em madeira, muito antigas e todas bem conservadas..."
(Rodrigo Cabredo, 2/8/2000).
"O depósito de locomotivas de Assis está praticamente destruído.
Tenho ido ao local com frequência. Até três ou quatro semanas atrás
um vigia permanecia no depósito dia e noite. Agora, tudo está
abandonado. Portas estão sendo rachadas ao meio por pessoas que querem
roubar o pouco de móveis que ainda não foram pilhados. Dá pena. Existem
inúmeros manuais de locomotivas, fusíveis, livros de bordo, números
de séries da Vandeca (se não me engano 2113 e 2215). Muita coisa impressa,
aquilo que os americanos chamam de "memorabilia" e algumas ferramentas,
estas, a meu ver, inutilizadas. O número de armários com placas de
patrimônio da Sorocabana é grande. Coisas que dariam peças lindíssimas.
Só não consigo saber com quem ficou a responsabilidade de vendê-las.
Mas falar em vender é besteira pura. Encostando um picape no local,
leva-se o que quiser, sem nenhuma preocupação. Tem um manual da General
Eletric sobre as 2.100 com umas 400 páginas. O único inconveniente
é a sujeira das pombas na capa" (Paulo Godoy, 18/01/2001).
Em dezembro de 2010, o prédio da estação servia
como centro cultural e museu, depois de haver sido reformado.
Em julho de 2016, nada de museu. A estação estava fechada
e somente do lado funcionava a "casa do artesão"..
As fotos recebidas retratavam o prédio da ex-estação
totalmente pichado e que envergonhava uma cidade.
Em março de 2019, a estação estava reformada, mas com a destruição de grande parte de sua plataforma. A Prefeitura de Assis em uma obra irregular asfaltou o pátio e transformou a estação em um terminal de ônibus (VER FOTO EM CAIXA ABAIXO). O pátio e os trilhos que passam pelo centro de Assis foram quase em toda sua extensão asfaltados. Em muitas PNs os trilhos foram escondidos pela massa de asfalto. As antigas oficinas estão totalmente abandonadas, com roubo de telhas de zinco. O trem parou de passar por aqui em meados de 2015/16. As linhas do triângulo que era usado para virar as locomotivas, foram retirados faz um bom tempo, mas ainda dá pra perceber que por aí passava uma linha (Informações de José Carricondo em 4/3/2019).
Em 2023 a pintura voltou a ser sóbria, sem "arte popular". Abrigava a Secretaria de Cultura e um terminal de ônibus.
OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1918 - A estação e o pátio foram
"fechados" (cercados) para que se conseguisse cobrar
ingressos e acabar com a evasão; 1926 - Remodelação
e extensão dos desvios para 5.900 m; 1934 -
Instalação a gas no depósito; instalação
de gasômetro e motor no depósito; Abastecimento
de água para carros; construção do escritório
da Residencia; da oficina da Residencia; de barracão
para guardar materiais da Residencia; de garage para o auto
da Residencia; de rancho para a turma do patio; pintura e
colocação de vidros no deposito; construção
de deposito para inflamaveis; reparação e pintura
da casa do encarregado do movimento e gerente do armazem do
armazem de abastecimento; pintura da casa do encarregado do
lenheiro |
1925
AO LADO: Problemas com o troco na estação
(O Estado de S. Paulo, 13/5/1925).
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ACIMA: José Giorgi e seus construtores em Assis (sem data)
1926
AO LADO: O anuncio das inaugurações
de melhorias na estação de Assis (O Estado de
S. Paulo, 14/9/1926).
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1926
AO LADO: Inauguração de deposito de locomotivas na estação de Assis em 3 de outubro (O Estado de
S. Paulo, 2/10/1926). |
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1926
AO LADO: Inauguração de oficinas na estação de Assis em 3 de outubro (O Estado de
S. Paulo, 2/10/1926). |
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1933 ACIMA: Assalto na estação de Assis (Correio de
S. Paulo, 11/11/1933).
ACIMA: Mapa da região central de Assis
com o pátio da estação, em julho de 1939 (Acervo
Instituto Geográfico e Cartográfico de São Paulo).
ACIMA: Vista de assis, provavelmente anos 1930. A linha está
abaixo na foto - CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VER EM TAMANHO MAIOR (Acervo Klaus Jürgen Marienholz).
1934
AO LADO: Novos horários para os trens em Assis (O Estado de
S. Paulo, 18/5/1934). |
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1940
AO LADO: Atrasos nos trens para Assis (O Estado de
S. Paulo, 28/1/1940). |
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1946
AO LADO: A renda da estação no ano anterior (1945) (O Estado de
S. Paulo, 22/01/1945). |
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ACIMA: A Sorocabana em 1956, passando por Assis - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VÊ-LA MAIOR (IGG, 1956).
ACIMA: No trem na estação
de Assis, aguardando horário para prosseguir até Presidente Prudente.
Era o trem ES1 (Expresso) no dia 31/12/1992. Foi nesse trem, após
sairmos de Assis, que, conversando com o garçom/cozinheiro, ele se
propôs a fazer um almoço, pois comentei que, de Prudente, iria
embarcar num onibus para Dracena. Então, para ganhar tempo porque
não almoçar no trem? Foi um das últimas refeições que fiz num trem
no estado de São Paulo. Se no trem estava uma maravilha a viagem,
no ônibus foi um terror. Era um daqueles paradores que iam pegando
passageiros até não caber mais. A maior parte das 3 horas de viagem,
gente em pé (Foto e comentários Carlos Roberto de Almeida,
em 31/12/1992).
ACIMA: Casas ferroviárias, oficinas ferroviárias
e armazém (está marcado com uma seta) no pátio
de Assis, em 2002 (Fotos respectivamente: João Baptista Lago,
Rodrigo Santino e Adriano Martins).
ACIMA: A pequena manobreira está razoavelmente
bem-conservada no pátio da estação de Assis,
ainda com o logotipo da Fepasa (Foto Douglas Razaboni, janeiro de 2008).
ACIMA: Estação e pátio - este agora asfaltado) em foto aérea de 4/3/2019 (Foto José Corricondo).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Adalberto Benites; Silvio Rizzo; Rodrigo Cabredo; Klaus
Jürgen Marienholz; Rafael Santino; Paulo Godoy; João
Baptista Lago; Rodrigo Santino; Adriano Martins; Wanderley Duck; Douglas
Razaboni; Carlos R. Almeida; Aline Anhesimi; O
Estado de S. Paulo, 1925 e 1926; Instituto Geográfico e Cartográfico
de São Paulo; E. F. Sorocabana: relatórios anuais,
1900-69; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação original nos primórdios, em 1914.
Foto cedida por Rafael Santino |
Inauguração da nova estação em 1926.
Autor desconhecido |
A estação de Assis, provavelmente anos 1950. Acervo
Wanderley Duck |
Estação de Assis em 1981. Foto Adalberto Benites |
A estação em maio de 1993. Autor desconhecido |
A estação de Assis, em 09/2001. Foto Carlos R.
Almeida |
A estação de Assis, em 09/2001. Foto Carlos R.
Almeida |
A estação de Assis, em 09/2001. Foto Carlos R.
Almeida |
A estação em 2005. Foto Aline Anhesim |
A estação em 28/12/2010. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Escadaria interior da estação em 28/12/2010. Foto
Ralph M. Giesbrecht |
O prédio da estação totalmente pichado
em 26/7/2016. Foto Silvio Rizzo |
A estação em 03/2019. Foto José Carricondo |
Fachada da antiga estação em 13/6/2023. Foto Arnaldo Bernardo. |
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Atualização:
25.08.2023
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