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Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1913-1967) |
BALDEAÇÃO
Município de Santa Cruz das Palmeiras,
SP |
Linha-tronco original - km 190,075 (1938)
Ramal de Baldeação - km |
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SP-0875 |
Altitude: 689 m |
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Inauguração: 01.06.1913 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1913 (hoje demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco
da Mogiana teve o primeiro trecho inaugurado em 1875, tendo chegado
até o seu ponto final em 1886, na altura da estação de Entroncamento,
que somente foi aberta ali em 1900. Inúmeras retificações foram feitas
desde então, tornando o leito da linha atual diferente do original
em praticamente toda a sua extensão. Em 1926, 1929, 1951, 1960, 1964,
1971, 1973 e 1979 foram feitas as modificações mais significativas,
que tiraram velhas estações da linha e colocaram novas versões nos
trechos retificados. A partir de 1971 a linha passou a ser parte da
Fepasa. No final de 1997, os trens de passageiros deixaram de circular
pela linha. |
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A ESTAÇÃO: A estação de
Baldeação foi inaugurada em 1913 com o objetivo de resolver
de vez os problemas entre a Mogiana e a Paulista devido às invasões
das zonas privilegiadas uma da outra, numa situação que remontava
ao ano de 1882 e causada principalmente pela estação de Lage,
que segundo a Paulista, estava construída dentro de sua área.
Com a nova estação, as duas ferrovias poderiam trocar de cargas e
passageiros, vindos ou do tronco da Mogiana, ou do ramal de Santa
Veridiana, da Cia. Paulista; um verdadeiro "acordo de paz". A
estação foi construída em conjunto e a sua administração era feita
pela duas companhias. No mesmo "pacote", foram construídas mais duas
estações no baixo rio Mogi: Guatapará e Pontal.
O relatório da Mogiana referente a 1912 dizia: "Em 09/07/1912,
ficaram concluídas as obras da estação de Baldeação, km 194 (quilometragem
da época). Elevação da linha na extensão de 400 m com altura máxima
de 5 m acima dos trilhos e 8 m acima do terreno natural; largura média
50 m. Duas grandes plataformas revestidas com guias de pedra e lagedos
artificiais aparelhados com duas grandes coberturas, fornecidas por
casa Haupt & Cia., uma de 170 m de comprimento por 13 de largura para
abrigar a plataforma de passageiros, fica no centro das duas linhas
e os respectivos trens das linhas-tronco da Mogiana e principal da
Paulista, e outra cobertura com mesma largura, mas com comprimento
de 70 m, somente para a baldeação de mercadorias e com uma parte de
20 m de extensão fechada e assoalhada para armazém de mercadorias.
5 desvios com bitola de 1 m, e, anexo à plataforma, um pavilhão com
duas salas para a instalação do escritório do Chefe da Estação, e
repartição dos telégrafos com postigos para a venda de bilhetes. Seis
casas para pessoal e mais uma casa para a moradia do chefe da estação".
A estação se situava muito próxima à sede da Fazenda
Santa Veridiana, cujo prédio majestoso ainda sobrevive,
em excelente estado, e que chegou a ser a maior fazenda de café do
País.
Até 1932, a estação somente servia mesmo para
baldeações. No final desse ano, ela foi aberta para
o embarque de pessoas da região, o que causou o fechamento
da estação da Lage, muito próxima, e a
abertura de um posto telegráfico com o mesmo nome, um pouco
mais adiante, e que depois se tornou o posto de Brejão.
Com a modificação do tronco da Mogiana, no final dos anos 1950, a
estação passou a ser apenas a ponta de um curto ramal de bitola métrica
que saía da estação de Coronel Corrêa-nova; finalmente,
em 03/01/1967, a estação e o ramal foram desativados.
De localização difícil, o que existia dela em 2000: sem a sua enorme
cobertura metálica, e sem o pequeno postigo no fim da plataforma,
relatado na narrativa acima, que até havia poucos anos ainda sobrevivia
de pé, quase nada mais restava no local, aliás muito bonito, a não
ser a grande plataforma já desgastada pelo tempo e coberta de mato,
e uma casinha na outra ponta da plataforma, que era provavelmente
a casa do telegrafista.
(Veja também LAGE, SANTA VERIDIANA e BREJÃO
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1913
AO LADO: A Mogiana anuncia
a abertura da estação de Baldeação
(O Estado de S. Paulo, 23/5/1913).
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1913
AO LADO: A CP adapta suas
linhas para atender à estação de Baldeação
(O Estado de S. Paulo, 23/5/1913).
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ACIMA: Ramal de Baldeação e as linhas-tronco da Mogiana na região (antiga e atual) - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA AMPLIAR (IBGE, anos 1970).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Luiz Affonso Mendes
Jr.; Mogiana: album, 1913; Mogiana: relatórios anuais, 1900-69;
O Eswtado de S. Paulo, 23/5/1913). |
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Em 1913, a estação ainda em construção.
Do álbum da Mogiana, Museu de Jundiaí |
Em 1913, a estação já pronta, com a grande
cobertura da plataforma. Bem ao fundo, o postigo para
venda de bilhetes. Do álbum da Mogiana, Museu de Jundiaí |
O postigo da foto anterior, ampliado (1913). Álbum da
Mogiana, Museu de Jundiaí |
Em foto de 1993, o mesmo postigo, ainda de pé.
Foto de Luiz Affonso Mendes Jr. |
Em 1993, detalhe do postigo. Foto de Luiz Affonso Mendes Jr. |
Em 07/10/2000, foto Ralph M. Giesbrecht, nada mais resta, a
não ser a plataforma e uma casinha. O postigo já
foi derrubado. |
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Atualização:
13.12.2019
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