|
|
...
Campo Alegre
Brotas-original
Torrinha
...
ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 2020
...
|
|
|
|
|
Cia. Rio-clarense
(1885-1888)
Rio Claro Railway (1888-1892) |
BROTAS
(ORIGINAL)
Município de Brotas, SP (veja
a cidade) |
Ramal de Jaú - km - |
|
SP-1026 |
Altitude: - |
|
Inauguração: 01.08.1885 |
Uso atual: demolida |
|
sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1885 (já demolido) |
|
|
|
HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Jaú foi construído pela Cia. Rio-clarense entre 1885 e 1887,
ligando a estação original de Visconde do Rio Claro a Jaú. Entre 1929
e 1931, já com a Paulista, esse ramal sofreu uma retificação entre
as estações de Campo Alegre e de Dois Córregos, mantendo apenas a
estação de Torrinha em seu lugar entre os dois extremos da obra. Em
1941, o ramal foi totalmente reformulado e teve a bitola ampliada
e foi eletrificado, além de ter sido juntado com os ramais de Agudos
e de Bauru para formar o tronco oeste da Paulista. Nos anos 1970,
o nome ramal de Jaú ainda persistia nos horários de trens do Guia
Levi, apesar de oficialmente não existir mais a denominação. |
|
A ESTAÇÃO: Já em dezembro de 1879, quando a Cia. Paulista ainda achava que o ramal de Jaú seria construída por ela e não pela Cia. Rioclarense, a equipe técnica da primeira viajou a Brotas para verificar por onde a linha e a estação seriam construídas na cidade (veja caixa de 17/12/1879, mais abaixo). Nos dois anos seguintes, a situação mudou e todo o ramal começou a ser construído pela Rio Claro Railway.
A estação
de Brotas, original, foi inaugurada no primeiro lote de estações
do Ramal de Jaú da E. F. Rioclarense, no início de agosto de 1885 (data segundo a Cia. Paulista, que, na época, ainda não havia sido adquirida pela Rioclarense - veja abaixo a sequência de caixas no ano de 1885 falando sobre a abertura que, então, estava para contecer). Sua localização
era, na época, a cerca de onze quilômetros do centro de Brotas,
no local chamado de Gouveia e junto ao córrego de mesmo nome.
Ainda com respeito à distância da estação do centro da cidade, a estação era também irregular (veja caixas de 1884, 1885 e 1886, abaixo).
Com essa distância, a população reclamava do acesso e pedia por um bonde da estação à cidade (ver caixas abaixo de 1887). O bonde nunca foi construído.
Daí, em julho de 1890, o Governo do Estado obrigou a então Rio Claro Railway, sucessora
da Rioclarense, a modificar o traçado e entrar em Brotas,
num dos pontos mais altos da cidade: "A fim de reparar a injustiça
commetida para com a villa de Brotas, desviando-se della o traçado
do ramal de Jahú, insira-se no contracto clausula pela qual
a Companhia Rio Claro obrigue-se a, no prazo maximo de seis mezes,
estender seus trilhos até aquella villa e a construir ahi uma
estação. Palacio do Governo do Estado de São
Paulo, 12 de Julho de 1890. a) Prudente J. de Moraes Barros" (ver também caixas abaixo de 1890 e 1892).
Como as obras demoravam a ser feitas, em 1892, reza a história
que o Padre Alvim, revoltado com a situação,
reuniu diversos seguidores católicos e foi ao desvio da entrada
da estação original com marretas e picaretas e desativou
a conexão dos trilhos, eliminando o tráfego para o Gouveia
e forçando a empresa a construir e seguir para a nova estação
construída no alto da cidade, mais próxima a ela (O
Progresso, Brotas). Isto aumentou o traçado do ramal
de Jaú em cerca de quatro quilômetros. Uma nova estação, em ponto
diferente, teve de ser construída.
A estação original, então, foi abandonada. O prédio já foi demolido já há muito.
Não consegui fotos.
(Veja também: BROTAS; BROTAS-VELHA)
1879
AO LADO: A Cia. Paulista visita Brotas para avaliar o terreno por onde passaria a linha. Porém, não seria ela a construí-la - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO INTEIRO (A Provincia de S. Paulo, 17/12/1879). |
|
1884
AO LADO: A construção da linha chega até o corrego do Gouveia, em Brotas, e a população reclama da grande distância da cidade (A Provincia de S. Paulo, 15/6/1884). |
|
1884
AO LADO: Tenta-se mudar a construção da estação para mais perto da cidade - mas isto não acontece e deixa uma grande pendência para os anos seguintes (A Provincia de S. Paulo, 28/6/1884). |
|
1885
AO LADO: Na seção de cartas dos leitores, o leitor acha que o Conde do Pinhal quer tirar o traçado da ferrovia de Brotas (CLIQUE SOBRE O ARTIGO PARA VÊ-LO INTEIRO) (A Provincia de S. Paulo, 21/2/1885). |
|
1885
AO LADO: Sequencia de noticias sobre a abertura da estação em Brotas durante o mes de junho (A Provincia de S. Paulo, 10/6/1885). |
|
1885
AO LADO: Sequencia de noticias sobre a abertura da estação em Brotas durante o mes de junho (A Provincia de S. Paulo, 28/6/1885). |
|
1885
AO LADO: Sequencia de noticias sobre a abertura da estação em Brotas durante o mes de junho (A Provincia de S. Paulo, 28/6/1885). |
|
1885
AO LADO: Procura-se homens para construir a linha em Brotas (A Provincia de S. Paulo, 7/8/1885). |
|
1885
AO LADO: Abertura do primeiro trecho do ramal de Jahu. Seria este nome o "Guhu", citado no texto? (A Provincia de S. Paulo, 4/9/1885). |
|
1886
AO LADO: A estação ficava longe da cidade e a população clama por um bonde para a cidade (A Provincia de S. Paulo, 29/5/1886). |
|
1886
AO LADO: Não era apenas distante da cidade a estação: ela era também irregular, de acordo com as plantas da ferrosia (A Provincia de S. Paulo, 30/7/1886). |
|
1887
AO LADO: A população não está satisfeita com a estação longe da vila (A Provincia de S. Paulo, 9/2/1887). |
|
1887
AO LADO: A estação ficava longe da cidade e o hotel oferece troleys para transporte gratuito para a cidade (A Provincia de S. Paulo, 11/5/1887). |
|
1887
AO LADO: A estação ficava longe da cidade, a população pede por um bonde - que nunca existiria (A Provincia de S. Paulo, 4/8/1887). |
|
|
1890
AO LADO: O governador obriga a Rio Clarense a construr uma nova estação em Brotas, desviando a linha do ramal de Jaú para obrigá-la a chegar ao centro de Brotas (na época, limite da zona urbana) (O Estado de S. Paulo,
16/7/1890). |
|
1890
AO LADO: Seis meses depois e a linha e a estação não haviam ainda sido relocadas. Mais três meses de prazo para a obra (O Estado de S. Paulo,
6/11/1890). |
|
1891
AO LADO: Seis meses depois e a linha e a estação não haviam ainda sido relocadas. Mais três meses de prazo para a obra (O Estado de S. Paulo,
27/8/1891). |
|
1891
AO LADO: Houve multa pelo atraso nas obras, mas a Cio Claro Railway tentou não pagá-la (O Estado de S. Paulo,
17/11/1891). |
|
1892
AO LADO: Os três meses se passaram e as novas linha e estação foram entregues com atraso, em 17 de janeiro, um ano depois do prazo estipulado em fins de 1890. O Tesouro do Estado cobra a multa contratual (O Estado de S. Paulo,
04/02/1892). |
|
1892
AO LADO: A Rio Claro Railway recorre do pagamento da multa alegando que ela tambem teve prejuizos com os "sucessos" (no caso, "acontecimentos"). O Tesouro do Estado concedeu, mas impôe condições (O Estado de S. Paulo,
10/03/1892). |
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
O Progresso, Brotas; Exposição do Presidente da Província,
1890) |
|
|
|
|
|
|
|
Atualização:
15.07.2021
|
|